terça-feira, 24 de junho de 2014

Conheça as diferenças entre as principais inflamações que ocorrem na garganta e saiba o que fazer se a dor chegar

 Faringite

O que é: inflamação na faringe - parede localizada no final da boca. Normalmente é provocada por vírus e pode evoluir para uma amigdalite bacteriana. Sinusite e refluxo são outros culpados pela inflamação.
Sintomas: dor para engolir, falar e bocejar, e mal-estar; vermelhidão na parede no fundo da boca e furinhos vermelhos chamados aftas. Quando é infecção bacteriana, há também formação de placas de pus.

Tratamento:
com analgésico e antitérmico (dipirona ou paracetamol). Se não houver melhora após um dia tomando o medicamento, procure um médico, pois a infecção pode ser bacteriana e você precisará de antibiótico.

Amigdalite

O que é: inflamação nas amígdalas - tecidos arredondados que ficam um de cada lado na parede lateral da garganta; o mais comum é acontecer uma infecção viral, mas infecções por bactéria também são frequentes.

Sintomas:
dor intensa, principalmente para engolir, febre, mal-estar e indisposição. Se as amígdalas estiverem inchadas e a região bem vermelha, a infecção é viral, e pequenas feridas vermelhas podem aparecer. Quando houver placas de pus, uma bactéria foi a causadora da infecção.

Tratamento:
se parecer viral, siga as mesmas indicações dadas para faringite. Mas se você enxergar pus, procure o médico imediatamente.

Laringite

O que é: pode ser confundida com faringite, mas a infecção acontece na laringe e frequentemente é provocada por vírus. A laringe fica mais abaixo no pescoço, na região do pomo de Adão, onde a voz é produzida - não é possível vê-la sem ajuda de aparelhos médicos.

Sintomas:
primeiro, aparece dor local na região da laringe. Em seguida, vem a rouquidão e, por último, surge uma tosse seca e irritativa.

Tratamento:
siga o mesmo indicado para faringite. E caso a rouquidão dure por mais de uma semana, vá o médico - ainda mais se você beber e fumar muito. Esse ato pode diagnosticar ou prevenir câncer na laringe!

Diga ah!

Abra a boca e veja onde dói. Se consegue enxergar a região, é mesmo uma dor de garganta

Tire suas dúvidas sobre as inflamações

Há prevenção para a dor de garganta?


Sim. "O principal é não respirar pela boca, o que resseca a mucosa e facilita o alojamento de bactérias", diz o otorrinolaringologista Fernando Pochini. Além disso, coma bem e evite entrar em contato com fatores que desencadeiem reações alérgicas em você.


O que é irritação na garganta?


É uma inflamação, normalmente causada por refluxo, nariz entupido ou poeira que entrou na garganta. Os sintomas são coceira, secura e sensação de que algo arranha. Para não virar infecção, desobstrua o nariz, lave-o com soro fisiológico e beba bastante água.


Qual a duração de cada caso infeccioso?


Quando é viral, permanece entre três e quatro dias. Já a infecção bacteriana dura mais - e é o uso de antibiótico que diminui o ciclo.


Posso usar pastilhas?


A maioria das pastilhas tem anestésico na fórmula, o que ameniza a dor. Entretanto, "ela não mata o vírus ou a bactéria. Portanto, o melhor é tratar com medicamentos", explica o otorrinolaringologista Ronaldo Frizzarini.


Quando é preciso retirar as amígdalas?


Quando se tem de cinco a sete infecções bacterianas em um ano. Outro motivo acontece quando o pus formado na amigdalite fica represado na amígdala, permitindo que as bactérias se desenvolvam. "Vale lembrar que quem retira amígdala não está livre de ter faringite", diz Ronaldo Frizzarini.  

Mitos e verdades sobre a dor de garganta

 Ela pode evoluir para conjuntivite?

Verdade. Os micro-organismos que atacam a faringe não têm preconceito: eles afetam qualquer mucosa, inclusive a dos olhos. Por isso, quando estiver doente, não ponha as mãos na boca e, depois, perto das pálpebras.


Tomar sorvete causa dor?


Mito. No máximo, alimentos e bebidas geladas constringem os vasos, dificultando a chegada de células de defesa. Isso, todavia, não gera irritação por si só.


Beber água ajuda a prevenir e a tratar o desconforto?


Verdade. O tal muco é composto de 95% de H20. Na falta de líquido, essa barreira natural se torna espessa e, portanto, menos eficaz. Está aí outro argumento para não ficar com sede.


Gargarejo com água morna, sal e vinagre combate os micro-organismos?


Mito. Misturas como essa alteram o pH da garganta. Como é sensível à acidez, ela pode até se irritar com o enxágue, o que só serve para piorar a infecção.


Sair de um ambiente quente para outro frio e seco sem se agasalhar gera mais dor?


Verdade. Essa troca resseca o muco protetor. Desidratado, ele não intercepta as partículas nocivas, que passam a agredir o local. Um casaco atenua a mudança brusca de clima.


Dor de garganta não é contagiosa?


Mito. Como geralmente decorre de vírus ou bactéris, que transitam de uma pessoa a outra pelo ar ou por um aperto de mãos, ela pode passar, sim.

Receitas caseiras para se livrar da dor de garganta

Maçã com mel
Quem está com a garganta inflamada deve evitar consumir líquidos gelados ou muito quentes, pois as temperaturas extremas causam irritação instantânea e pioram o incômodo. Para aliviar a dor, fatie uma maçã, cubra com mel e deixe descansando por três minutos. A fruta reduz a inflamação local enquanto o mel tem ação lubrificante e calmante. Coma cerca de duas unidades por dia.

Gengibre


Trata gripe, dor de garganta e má digestão. Ajuda a aliviar amigdalite, gripes, resfriados, gases, cólicas e dores musculares. Deve ser preparado como chá por infusão. Beba de manhã, à tarde e à noite Atenção: não é indicado para mulheres com menos de três meses de gravidez.


Limão


Faça gargarejo várias vezes ao dia com água morna, suco de limão e uma pitada de sal.


Fonte: Revista saude

terça-feira, 17 de junho de 2014

Refrigerante zero: entenda como ele pode sabotar a dieta e a saúde

A suspeita é que essas bebidas financiam o ganho de peso ao enganar um órgão-chave para o sucesso da dieta: o cérebro.

 

Recentemente, a Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, descobriu, ao analisar dados de mais de 23 mil pessoas, que a parcela acima do peso e obesa tomava mais refrigerante diet e zero do que os voluntários em forma. O grupo também engolia mais alimentos sólidos - e, ao que tudo indica, existe um elo entre a comilança e a ingestão desse tipo de refresco. "As evidências sugerem que os adoçantes, muito presentes nessas bebidas, desajustam o sistema de recompensa do cérebro, deixando-o sem uma medida confiável de quanta energia consumiu e de quanta precisa ingerir", analisa Sara Bleich, especialista em saúde pública e uma das autoras do trabalho.
O que acontece no organismo
Isso ocorre porque esse sistema é regulado pelo neurotransmissor dopamina - molécula intimamente ligada a estímulos prazerosos - e seus receptores. Quando comemos um alimento açucarado, por exemplo, o nível de dopamina vai às alturas, trazendo a sensação agradável que nos incentiva a comer mais. Ocorre que o adoçante gera uma reação similar sem oferecer a tão buscada energia. "A substância criaria uma expectativa por calorias no cérebro. Só que, como esse aporte não vem de fato, ele incitaria a busca por outros alimentos", esclarece Ivan de Araújo, neurocientista da Universidade Yale, nos Estados Unidos. Ou seja, abusar das latinhas pode abrir o apetite e, no fim das contas, somar quilos na balança.
Para complicar, já se sabe que os adoçantes são capazes de potencializar o armazenamento das calorias vindas das refeições. É que, ao sentir o sabor deles, a língua manda um sinal à cabeça, que prepara nossas células para receber energia. "Se ela não vem, tendemos a absorver mais as calorias dos alimentos que ingerimos junto com a bebida", detalha Thaianna Sant’Anna, nutricionista da clínica carioca Valéria Pascoal.


Diet, zero ou light?

Na prática, quase nada muda entre as três versões magras do refri.
Diet
Criada para aqueles que possuem restrições a determinado nutriente, a bebida deve conter menos de 0,5% dele em sua composição. No caso dos refrigerantes, a molécula retirada é o açúcar.


Zero

Embora mais empregado para itens livres de caloria, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reconhece o termo como um sinônimo de diet. Seu uso, portanto, está mais relacionado ao apelo comercial.


Light

Segundo a legislação, todo produto light apresenta uma redução de ao menos 25% de algum nutriente em relação ao original. Nas latas, o alvo é, de novo, o açúcar. Na maioria das vezes, ele é totalmente subtraído.


Fonte: Revista saude

terça-feira, 10 de junho de 2014

Como os problemas de tireoide afetam o corpo?

Essa glândula fabrica hormônios que regem o funcionamento de todas as nossas células. Veja o que pode acontecer quando, por algum defeito, ela fica lenta ou acelerada demais.

Hipotireoidismo x hipertireoidismo

Hipotireoidismo: essa é a disfunção de tireoide mais comum. Nela, a produção dos seus hormônios, o T3 e o T4, cai drasticamente. Na maioria desses casos, é o próprio organismo que passa a reconhecer a glândula como um elemento estranho e envia anticorpos para atacá-la. Essa situação é conhecida entre os médicos como tireoidite de Hashimoto.

O tratamento é a reposição de hormônios por meio de versões sintéticas pelo resto da vida. Os comprimidos são ingeridos diariamente, logo de manhã.


Hipertireoidismo: como o nome sugere, aqui a fabricação dos hormônios dispara além da conta. O gatilho para o distúrbio pode ser uma ofensiva do próprio sistema de defesa, que estimula a tireoide a trabalhar loucamente. Os experts chamam essa condição de doença de Graves. Outra causa do distúrbio é o excesso de iodo - matéria-prima do T3 e do T4.

Há três opções de tratamento: remédios que diminuem o ritmo da tireoide; cirurgia para remover a glândula; ou iodo radioativo, que destrói parte dela. Só o especialista, claro, poderá definir a melhor estratégia.


Veja a seguir os efeitos de cada um desses distúrbios em cada parte do corpo. 


Cérebro

Hipotireoidismo: a carência dos hormônios prejudica a ação de neurotransmissores, moléculas que asseguram a conexão entre os neurônios. Aí surgem lapsos de memória, sonolência e até depressão.


Hipertireoidismo: a sobrecarga hormonal resulta numa maior ativação dos receptores cerebrais de adrenalina, o que deixa a cabeça nos 220. Assim, ansiedade, insônia e nervosismo se tornam frequentes. 


Olhos

Hipotireoidismo: o corpo passa a reter mais líquido em algumas regiões específicas. Caso da área ao redor do olho, principalmente as pálpebras, que acabam inchadas.


Hipertireoidismo: os mesmos anticorpos que atacam a tireoide agridem os músculos da parte de trás do olho, empurrando o globo ocular para a frente. É a chamada exoftalmia. 


Cabelos

Hipotireoidismo: o processo de renovação de todas as células ocorre em marcha lenta. Nem o penteado escapa: secos e grossos, os fios caem em maior quantidade.


Hipertireoidismo: como a reposição celular é pra lá de rápida, as madeixas afinam, ficam oleosas e quebradiças e se soltam do couro cabeludo fácil, fácil. 


Tireoide

Hipotireoidismo: com a menor secreção de hormônios, a glândula definha e diminui de tamanho. Em situações extremas, chega a desaparecer.


Hipertireoidismo: o trabalho para alavancar a produção de T3 e T4 faz a tireoide crescer literalmente. Nos casos mais sérios da doença de Graves, ocorre o bócio, um aumento de volume considerável na região do pescoço. 


Coração

Hipotireoidismo: os dois hormônios da tireoide regulam a velocidade dos batimentos cardíacos. Se eles estão em falta, o ritmo do bombeamento cai. E, se nada é feito, isso pode evoluir para uma insuficiência cardíaca.


Hipertireoidismo: o batimento acelera, seja pela grande oferta de hormônios, seja pela sensibilidade aumentada dos receptores de adrenalina no cérebro - que também ajudam a coordenar as contrações do coração. 


Peso

Hipotireoidismo: moroso, o organismo retém líquido, o que ocasiona acréscimos na balança. Mas o indivíduo engorda, no máximo, mais 10% do seu peso original.


Hipertireoidismo: para conservar o metabolismo em ritmo acelerado, é preciso muita, muita energia. A queima de gordura (e até músculo) leva ao emagrecimento. 


Intestino

Hipotireoidismo: a constipação é outro sinal de que algo não vai bem pelos lados da tireoide. Com o intestino trabalhando a passo de tartaruga, as idas ao banheiro rareiam.


Hipertireoidismo: mal o alimento chega ao intestino, já é despachado: o processo de digestão acontece na velocidade de um foguete, o que contribui para diarreias. 


Reprodução

Hipotireoidismo: o T3 e o T4 também ditam o ritmo dos ciclos menstruais. No hipotireoidismo, então, eles ficam inconstantes e isso dificulta inclusive as chances de engravidar.


Hipertireoidismo: a perda de peso e a digestão atrapalhada podem comprometer a captação de nutrientes, o que, por sua vez, interfere na frequência da menstruação. 


Colesterol

Hipotireoidismo: a quantidade dessas moléculas gordurosas viajando pelos vasos sanguíneos aumenta, já que o organismo não é capaz de quebrá-las com rapidez.


Hipertireoidismo: o ritmo alucinado e a caça de energia fazem o colesterol virar combustível e ser absorvido rapidamente. Logo, os níveis da partícula no sangue baixam.


Músculos

Hipotireoidismo: a retenção de líquido ainda repercute nos músculos, que sofrem com um maior número de cãibras e formigamentos ao longo do dia.


Hipertireodismo: quando se soma ao nervosismo, a alta velocidade dos processos metabólicos pode provocar tremores involuntários, dores musculares e até fadiga. 


Pele

Hipotireoidismo: a renovação celular vagarosa torna a pele ressecada e propensa à descamação. Além do aspecto envelhecido, ela também pode ficar mais gelada.


Hipertireodismo: a temperatura corporal tende a subir acima da média e esse calorão tem impacto sobre as glândulas sudoríparas e sebáceas. O suor excessivo vem junto da pele oleosa.


Fontes: Gisah Amaral de Carvalho, professora da Universidade Federal do Paraná, vice-presidente do departamento de tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia; Luciano Giacaglia, endocrinologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo; Alex Leite, endocrinologista do Hospital São Luiz, unidades Itaim e Morumbi, em São Paulo; Tania Weber Furlanetto, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

terça-feira, 3 de junho de 2014

O que você deve saber sobre a boca seca

woman drinking water

Problema de boca seca

Sente a boca seca e pegajosa quando acorda de manhã? Sente a necessidade de beber grande quantidade de água? A boca seca pode dificultar as ações de engolir, mastigar o alimento ou falar com clareza. Com a boca seca, aparecem cáries rapidamente e em certas ocasiões não há signos de advertência para esta condição patológica. A boca seca não tratada também pode contribuir ao mau hálito e em certas ocasiões os outros notarão mau cheiro.
A boca seca é um problema diário que causa incômodo ao deglutir, comer ou falar. É uma condição patológica na qual não se produz suficiente saliva para manter a sensação de boca úmida. Os médicos e enfermeiras nem sempre informam sobre a boca seca como efeito secundário quando indicam uma prescrição médica, mas a boca seca pode ser causada por medicamentos que você toma. De todos os modos, não interrompa o medicamento, mas mencione a boca seca para a enfermeira assim que puder. A boca seca também pode ser um signo de enfermidade e outras condições patológicas tais como diabete; portanto, lembre-se de informar à enfermeira ou higienista dental sobre a boca seca, se representa um problema para você.

Sintomas de boca seca

  • Sensação seca ou pegajosa na boca, como se estivesse cheia de pedaços de algodão.
  • Sensação queimante na boca ou na língua; em ocasiões, a língua fica como se fosse couro.
  • Dificuldade ou incômodo ao mastigar, engolir ou falar.
  • Lábios e garganta secos, ou lesões na boca.

Você tem a boca seca?

Faça as seguintes preguntas.
  1. Toma um ou mais medicamentos de prescrição diariamente?
  2. Sente a boca pegajosa e seca quando acorda de manhã?
  3. Tem dificuldade para engolir ou falar?
  4. Bebe muita água para evitar a sensação de boca seca?
  5. Sente a garganta seca e, em ocasiões, que a boca queima?
  6. Sente queimação na língua ou esta mudou para uma cor vermelha mais escura?
  7. Em ocasiões sente a língua tão seca como se fosse couro?
  8. Em ocasiões tem lesões na boca ou na língua que não desaparecem?

Conselhos para melhorar a boca seca

Conselhos para melhorar a boca seca
  • Beba água a temperatura ambiente durante o dia e a noite e tenha sempre a mão uma garrafa de água.
  • Evite tomar grande quantidade de água à temperatura extrema (muito quente ou muito frio).
  • Beba só bebidas sem açúcar e evite as bebidas gaseificadas.
  • Inclua nas comidas uma bebida, por exemplo, água. Beba água antes, durante e depois da comida.
  • Mastigue chiclete sem açúcar ou chupe balas sem açúcar, para estimular o fluxo de saliva.
  • Evite fumar e tomar álcool. As bebidas alcoólicas e o hábito de fumar ressecam a boca e o fazem mais susceptível às enfermidades das gengivas e ao câncer oral.
  • Selecione um enxague bucal sem álcool se acostuma usar um enxague bucal. Leia o rótulo e assegure-se de que não figure álcool na lista de ingredientes.
  • Tente usar um umidificador noturno para umedecer o ar do quarto.
Fonte: Oral B