segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

4 receitas para deixar a ceia de Natal mais saudável

4 receitas para deixar a ceia de Natal mais saudávelNão é preciso abrir mão dos pratos tradicionais dessa época. Basta investir em ingredientes mais leves e nutritivos.
 
As festas de fim de ano sempre geram grande expectativa, já que unem boa parte da família, e, quase sempre, oferecem um senhor banquete. Mas esse pacote costuma incluir alguns quilos extras depois, não é? É aí que nasce o dilema: preparar todos aqueles tão aguardados pratos na ceia ou investir em refeições mais leves? Pois saiba que é possível juntar as duas coisas. É o que ensinamos a vocês logo abaixo. Sugestões gostosas e bem mais saudáveis para a mesa de Natal.  Entrada
Sabia que dá pra deixar o famoso salpicão um tanto quanto mais suave e recheado de nutrientes? Sim, é possível fazer uma receita deliciosa sem maionese e batatas. No lugar da maionese, aposte no iogurte. Para enriquecer o prato, você pode optar pela ameixa, que ajuda a regular o funcionamento do intestino. Ela é rica em fibras, principalmente a pectina, que tem outra função não menos importante: a de baixar os níveis do mau colesterol. Provar seu sabor adocicado ainda rende boas doses das vitaminas A, B6 e C. Confira a receita:


Salpicão de ameixa e abacaxi
Rende 6 porções



Ingredientes
  • 2 colheres de sopa de açúcar
  • 1 xícara de chá de ameixa seca sem caroço
  • 1 xícara de chá de abacaxi picado
  • 1 xícara de chá de peito de peru defumado picado
  • 1 xícara de chá de talo de salsão picado
  • 6 colheres de sopa de iogurte light
  • 1 maço de alface americana picada ou cortada em tiras
  • 1 colher de sopa de molho de mostarda
  • Sal a gosto
  • Suco de 1 limão
Modo de preparo
 
Aqueça água em uma panela. Ponha o açúcar e a ameixa. Deixe ferver por cinco minutos. Retire do fogo, espere amornar e pique a ameixa. Misture-a com o abacaxi, o peito de peru, o salsão e o iogurte. Mexa bem para a mistura ficar homogênea. Distribua a alface em pratos de entrada individuais e derrame por cima um molho feito com o suco de limão e a mostarda, temperando com sal. Sobre cada porção coloque um pouco do salpicão. Deixe na geladeira por meia hora antes de servir.

Prato principal
Entre as carnes protagonistas desse momento do ano, o peru desponta como uma das melhores escolhas. Isso porque é uma fonte de proteína magra e lotada de zinco, um mineral que espanta os radicais livres. Para ficar melhor ainda, invista num tempero caseiro -- os que já vêm temperados saem de fábrica com muitos aditivos químicos. Para acompanhar o peru, nada melhor que um arroz com amêndoas. Prefira a versão integral desse grão, porque ela reúne mais fibras e micronutrientes, como magnésio, vitaminas do complexo B e fitoquímicos. Isso torna esse tipo de arroz um aliado contra o ganho de peso e o diabete.  


Assado de peru com mandioquinha
Rende 6 porções


Ingredientes
  • 1 litro de leite desnatado
  • 1 quilo de mandioquinha descascada e cortada em pedaços
  • Sal a gosto
  • 1 cebola ralada
  • 2 dentes de alho amassados
  • 2 colheres de sopa de azeite de oliva, mais um pouco para untar
  • 3 xícaras de chá de carne de peru assada e desfiada
  • 1 lata de milho escorrido
  • 1/2 xícara de chá de molho de tomate
  • 4 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
Modo de preparo
 
Ponha a mandioquinha para cozinhar no leite com um pouco de sal até que fique bem macia. Reserve o leite que restar na panela e passe a mandioquinha pelo espremedor. Em outra panela, aqueça o azeite e doure o alho e a cebola. Refogue o peru desfiado por um minuto e, então, junte o milho, o molho de tomate e o leite reservado. Tempere com sal, se achar necessário. Cozinhe por 15 minutos, mexendo de vez em quando, até o molho se encorpar. Unte um refratário com azeite e esparrame o refogado de peru. Cubra tudo com o purê de mandioquinha e salpique o queijo ralado. Leve ao forno pré-aquecido por 20 minutos ou até ficar dourado. Sirva em seguida.


Arroz integral com amêndoas
6 porções


Ingredientes
  • 3 xícaras de arroz lavado e escorrido
  • 3 colheres de sopa de óleo
  • 2 dentes de alho amassados
  • 6 xícaras de caldo de galinha
  • 1 xícara de amêndoas torradas e sem casca picadas
Modo de preparo
 
Frite o alho no óleo quente até dourar. Ponha o arroz na panela e refogue por 3 minutos, mexendo de vez em quando. Junte o caldo de galinha (se ele não estiver suficientemente salgado, acrescente uma pitada de sal). Ao ferver, abaixe o fogo e tampe. Espere até metade do caldo se evaporar para acrescentar as amêndoas, dando uma boa mexida. Continue o cozimento com a panela semitampa-da, até o arroz ficar macio e soltinho.

Sobremesa
A famosa rabanada não tem que ficar de fora da festa. E, para deixá-la mais light, não é tão complicado. Na hora de preparar, pegue leve na quantidade de açúcar. E aposte no leite desnatado, uma vez que ele oferta menos gordura saturada -- esse ingrediente pede moderação porque, em excesso, eleva o risco cardiovascular. No momento do grand finale, em vez de fritar, basta levar ao forno. Uma bela economia nas calorias. 


Rabanada de forno

Ingredientes
 
1 pão de rabanada ou 5 pães franceses
500 ml de leite
1 lata de leite condensado diet
2 ovos batidos
Açúcar com canela misturados a gosto


Modo de preparo
 
Retire a casca do pão de rabanada (ou dos pães franceses) deixando apenas na parte de baixo de cada pão. Corte em fatias. Reserve. Em uma tigela, coloque o leite, o leite condensado e os ovos batidos. Misture bem. Mergulhe as fatias de pão, molhando bem, mas mantendo-as firmes. Coloque as fatias numa assadeira untada com manteiga e levemente polvilhada com açúcar e canela misturados a gosto. Leve ao forno médio pré-aquecido a 180 °C por 30 minutos. Vire as rabanadas e volte novamente ao forno por 10 minutos. Retire do forno e passe as rabanadas no açúcar com canela. Sirva em seguida.


Fonte: Revista Saúde

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O guia dos enlatados

Eles salvam a pátria quando o tempo está curto ou a geladeira vazia. Então é bom saber: quando a lata é realmente parceira de uma alimentação saudável
 
O guia dos enlatados
 
Durante anos os enlatados foram ícones de uma despensa prática, mas fora de sintonia com a saúde. Ainda assim, as vendas no Brasil continuam em alta. Cresceram 22% no ano passado em relação a 2013, segundo a empresa de pesquisa Nielsen - e, pela estimativa da consultoria McKinsey & Company, o consumo vai dobrar até 2020.
Saiba, porém, que isso não é uma má notícia para quem preza um cardápio balanceado. Aquele papo de que a lata é um poço de conservantes não procede em boa parte dos produtos. Às vezes o enlatado leva até vantagens sobre a versão in natura. Caso dos peixes. "Na lata dá pra conservá-los cinco anos mantendo suas características nutricionais intactas", afirma o médico José Alves Lara, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. É que o aço, matéria-prima da embalagem, veda a entrada de luz, ar, umidade... "Com essa proteção, é possível recorrer a menos aditivos", diz a engenheira de alimentos Beatriz Soares, do Instituto de Tecnologia de Alimentos, em Campinas (SP). 
Alguns itens, aliás, são cozidos dentro da lata. Se isso coíbe micróbios, por outro lado elimina vitaminas - como acontece em legumes. Sim, como você verá a seguir, existem prós e contras nessa história.

SARDINHA

A versão enlatada pode deixar a fresca a ver navios em matéria de nutrientes. Como o peixe vai com espinha e algumas vísceras para o recipiente, oferta uma quantidade bem maior de ômega-3, gordura proveitosa para o organismo. Além disso, passa a oferecer muito cálcio. Bate até o leite: um copo de 200 ml tem 246 mg do mineral dos ossos fortes, enquanto 100 g da sardinha em lata tem 550 mg. "A enlatada ainda conserva melhor as proteínas e as vitaminas A e B do que o peixe guardado na geladeira", compara Lara. A desvantagem recai sobre o desfalque das vitaminas C e B1, perdidas no processo industrial, e no expressivo ganho de sódio para dar sabor.

Ômega-3
Lata - 1,8 g
Fresca - 1,5 g

Cálcio
Lata - 550,2 mg
Fresca - 167,3 mg

Sódio
Lata - 666 mg
Fresca - 60,4 mg


ATUM

Tem para todos os gostos: no azeite, na água, no molho de tomate, em pedaços, ralado. E ainda versões com pouco sódio. No quesito ômega-3, o campeão é o atum no azeite - ele tem o dobro em relação ao peixe fresco. A parte chata é que a lata não garante que o alimento fique livre de contaminantes. Em um estudo publicado na revista Food Control, constatou-se maior presença de histamina, substância ligada a alergias, nas latas, sobretudo na de molho de tomate. O pescado fresco tinha níveis mais baixos.

Ômega-3
Lata (com óleo) - 1 g
Fresco - 0,5 g

Cálcio
Lata (com óleo) - 7 mg
Fresco - 7 mg

Sódio
Lata (com óleo) - 362 mg
Fresco - 30 mg


SALMÃO

"Grande parte do salmão comercializado no Brasil é de cativeiro", já informa a nutricionista Cláudia Krüger, da Universidade Federal do Paraná. Isso vale tanto para as postas vendidas na feira como para os filés em conserva. "A questão é que eles não apresentam os mesmos teores de ômega-3 do salmão selvagem", nota Cláudia. Uma forma de compensar esse déficit é dar rações que aumentam a cota do nutriente. No duelo entre o peixe na lata e na feira, o último tende a levar a melhor nos índices de gordura, proteína e sódio.

Ômega-3
Lata - 1,1 g
Fresco - até 2,4 g

Proteína
Lata - 14 g
Fresco - 20,4 g

Sódio
Lata - 460 mg
Fresco - 59 mg


MILHO

Acredite: o grão da lata costuma ser ligeiramente menos calórico que o da espiga. "Ao cozinhar na panela, os carboidratos da espiga são parcialmente transferidos para o milho", explica Mariana Natividade, nutricionista da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais. A versão enlatada também carrega maior dose de luteína e zeaxantina, dupla que protege os olhos. "Mas isso se deve à variedade do milho utilizada na produção", diz a engenheira de alimentos Giovanna Pisanelli, do Senai de São Paulo. A lata tropeça em alguns pontos. O cozimento lá dentro gera perda de vitaminas e minerais. O aporte de sódio também requer atenção, embora muita gente jogue o saleiro na espiga.

Potássio
Lata - 138 mg
Fresco cozido - 218 mg

Vitamina A
Lata - 2 mcg
Fresco cozido - 13 mcg

Sódio
Lata - 186 mg
Fresco cozido - 1 mg


ERVILHA

"A enlatada não tem nenhuma vantagem em relação à versão fresca", dispara a nutróloga Marcela Vóris, de Santos, no litoral paulista. Além da cor mais desbotada, a leguminosa da lata perde fibras, vitaminas, minerais e sabor, além de receber um banho de sódio. E olha que não adianta lavar para se livrar totalmente dele. Quer praticidade? "A versão congelada é mais indicada", sugere Marcela. Nesse caso, o grão não é mantido na salmoura, e o gostinho e a textura são mais bem preservados.

Fibras
Lata - 5,1 g
Fresca - 9,7 g

Potássio
Lata - 106 mg
Fresca cozida - 271 mg

Sódio
Lata - 273 mg
Fresca cozida - 3 mg


MOLHO DE TOMATE

Sem dúvida os molhos prontos são uma mão na roda, mas a conveniência tem seu preço. Além de conservantes, o nível de sódio decola. "A quantidade quase supre um quarto do limite diário de sódio recomendado pela OMS", avisa Mariana. Só que justiça seja feita: o molho enlatado é rico em licopeno, antioxidante que ajuda a afastar câncer e doenças cardiovasculares. "Ali há três vezes mais da substância que na versão in natura", compara Thais Fagury, diretora da Associação Brasileira da Embalagem de Aço (Abeaço). Uma opção nas gôndolas é o tomate pelado em lata, que não tem sal e conservantes, e rende um molho mais equilibrado.

Licopeno
Lata - 11,2 mg
In natura - 3 mg

Vitamina C
Lata - 7 mg
In natura - 13,7mg

Sódio
Lata - 524 mg
In natura - 5 mg


AZEITE DE OLIVA

Diferenças nutricionais entre o enlatado e o do vidro não há. "Mas a lata preserva melhor os nutrientes porque os protege totalmente da luz", aponta o químico Cleiton Antônio Nunes, professor da Universidade Federal de Lavras. Apesar de conservar melhor o óleo, só 40% do azeite disponível no mercado brasileiro vem nessa embalagem. Uma pena, já que, segundo uma pesquisa recente da Universidade Estadual de Campinas, os antioxidantes começariam a se perder no segundo mês de prateleira.
Gorduras
Lata - 13,5 g
Vidro - 13,5 g

Vitamina E
Lata - 1,94 mg
Vidro - 1,94 mg

Vitamina K
Lata - 8,1 mcg
Vidro - 8,1 mcg


PÊSSEGO

Além da inegável mudança na textura e no sabor, a fruta perde muito em valor nutricional. Isso porque ela é cozida na lata, a 100 °C, e muitas substâncias bem-vindas não resistem à alta temperatura. "Menos da metade da vitamina C permanece no fruto", exemplifica a nutróloga Marcela Vóris. Também há uma queda expressiva no potássio, mineral importante para o controle da pressão. O ganho (que para a saúde nem é ganho) é só na quantidade de carboidrato: 20% da calda é puro açúcar. Daí por que é melhor não regá-la sobre o pratinho de sobremesa. "Ela deveria ser descartada sempre", opina Marcela.

Vitamina C
Lata - 2,4 mg
In natura - 6,6 mg

Potássio
Lata - 95 mg
In natura - 124 mg

Açúcar
Lata - 16,9 g
In natura - 9,3 g


ABACAXI

   
O raciocínio é semelhante ao do caso do pêssego. Com o cozimento na lata, lá se vão vitaminas e minerais. A fruta enlatada ainda perde bromelina, uma enzima presente na versão in natura que dá uma ajuda na digestão - por isso o abacaxi cai tão bem em um churrasco. Mas o calcanhar de aquiles da lata permanece sendo o açúcar. "A calda do abacaxi geralmente é mais grossa do que a do pêssego", observa Mariana. "Há um aumento de 210% na quantidade de carboidrato nessa versão", calcula.

Vitamina C
Lata - 7,4 mg
In natura - 34,6 mg

Potássio
Lata - 104 mg
In natura - 131 mg

Açúcar
Lata - 37 g
In natura - 12 g







Fonte: Revista saúde

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Corra da asma

Corra da asmaQuem disse que pessoas com o problema não podem suar a camisa? Uma pesquisa mostra que, pelo contrário, os exercícios ajudam a contornar as crises.

Não se espante se você tem asma e seu médico começar a prescrever caminhadas, corridas ou pedaladas toda semana. É que a rotina de quem é refém dessa inflamação crônica nas vias aéreas está recebendo uma sacudida. Antes a orientação geral era ficar quietinho para não perder o fôlego. Agora a regra é se mexer. Praticar atividade física, especialmente exercícios aeróbicos, auxilia inclusive a controlar a condição, como revela um estudo conduzido na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

O trabalho contou com a participação de 58 pessoas, com a forma moderada ou grave da doença, na faixa dos 30 aos 50 anos. Elas foram convidadas a caminhar em ritmo acelerado na esteira por 30 minutos, duas vezes por semana. Ao final de três meses, os pesquisadores observaram uma redução nos sintomas e na gravidade do quadro – ou seja, os asmáticos ficaram mais dias livres de episódios de falta de ar. Além disso, os voluntários se tornaram mais tolerantes a fatores que irritam o sistema respiratório, como ácaro e fumaça. Uma notícia e tanto se pensarmos que às vezes um mínimo contato já dispara o maior sufoco.
O educador físico e fisioterapeuta Celso Carvalho, coordenador da pesquisa, explica que, antes da rotina de exercícios, todos os participantes estavam em tratamento com os remédios mais eficientes e, ainda assim, penavam com as manifestações do problema. “Como eles receberam a medicação durante o estudo, a melhora não pode ser atribuída aos fármacos”, analisa. Sim, a atividade física fez toda a diferença. Carvalho, que é professor da FMUSP, ressalta que os bons resultados na esteira não autorizam largar o tratamento farmatológico. É a sinergia entre as abordagens que parece estar por trás de um controle mais efetivo.
De acordo com o médico Roberto Ranzini, da Sociedade Brasileira de Medicina do Exército e do Esporte, botar o corpo para se movimentar aumenta a captação de oxigênio e tende a diminuir, com o tempo, os desconfortos provocados pelas crises. Mas adverte que alguns asmáticos podem sofrer broncoespasmos, um estreitamento das vias aéreas induzido pelo esforço físico. Essa é uma situação que pede acompanhamento especial a fim de evitar sustos. Ter a bombinha (o broncodilatador) sempre por perto e fazer um aquecimento antes de partir para atividades vigorosas são medidas que garantem mais segurança durante o treino. Pois é, os pulmões vão agradecer pelo suor da camisa.

 Fonte: Revista saúde

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Ministério da Saúde confirma relação entre o vírus zika e os casos de microcefalia

Mosquito Aedes aegyptA conclusão veio após exames detectarem o agente infeccioso no sangue e em outros tecidos do organismo de um bebê que nasceu com a malformação.
 
 Neste sábado (28), a teoria que liga o crescente número de casos de microcefalia no Nordeste ao vírus zika foi confirmada. A comprovação veio após o Instituto Evandro Chagas (órgão do ministério localizado em Belém, no Pará) divulgar os resultados de exames realizados em um bebê que nasceu com a malformação cerebral no Ceará. Em amostras de sangue e outros tecidos, foi detectada a presença do agente infeccioso, que é transmitido pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito que carrega o vírus da dengue. "Essa é uma situação inédita na pesquisa científica mundial", diz o Ministério da Saúde (MS), em nota.

Nas últimas semanas, o elo entre o zika e os casos de microcefalia tem chamado a atenção de médicos e cientistas do mundo todo. Os últimos dados do boletim epidemiológico do MS apontam que, até o dia 28 de novembro, foram identificados 1 248 casos da malformação em bebês, sendo 646 só em Pernambuco. Para efeito de comparação, o número total de notificações no país em 2014 foi de 147. 

O ministério propõe que as investigações continuem a fim de esclarecer questões como a transmissão do vírus, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Até agora, sabe-se que o risco é maior quando a mulher é infectada no primeiro trimestre da gravidez.

Prevenção

É aconselhável que as gestantes se protejam usando repelentes e vestindo calças compridas e roupas de mangas longas, por exemplo. No entanto, a melhor forma de se prevenir contra o zika é combatendo o mosquito transmissor. As medidas implicam acabar com focos de acúmulo de água, que são propícios para a criação do inseto. Isso inclui não juntar água em locais como latas, embalagens, pneus velhos, vasos de plantas, caixas d’água e lixeiras.

Fonte: Revista saúde
 

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A verdade sobre os óleos

Canola, milho, girassol, soja, palma, coco e azeite de oliva. Que tal desfazer certos mitos e aprender a usá-los da melhor maneira possível?

A verdade sobre os óleos

Canola
Esqueça o burburinho de que esse óleo é uma fraude porque não existe uma planta chamada canola. De fato, ela foi criada artificialmente a partir de outra matéria-prima vegetal. Daí a dizer que faz mal são outros quinhentos. “A história começou com a busca de um óleo rico em ômega-3, para o qual foi utilizada uma planta, a colza”, contextualizada o endocrinologista Bruno Halpern, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. A questão é que a tal da colza tem ácio erúcico. “E ele é tóxico”, diz o químico Renato Grimaldi, da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp. Para eliminá-lo, houve uma modificação genética e, aí, a composição da nova planta (batizada de canola) ficou positiva: cheia de ômega-3, gordura protetora do peito, e quantidades irrisórias do ácido erúcico. Só que o fato de ser um grão transgênico ainda assusta muita gente. “Se fosse perigoso, não teria a aprovação de vários órgãos internacionais nem estaria no mercado há anos”, tranquiliza Grimaldi.

Coco
Ainda que o óleo esbanje gordura saturada, essa é de cadeia média. Isso faria, segundo os defensores do produto, toda a diferença. É que, em tese, ela seria absorvida mais rapidamente pelo corpo e ajudaria a emagrecer. Mas uma pesquisa feita na Universidade Federal do Rio de janeiro em parceria com o Instituto Nacional de Cardiologia (INC) revela que, na prática, as coisas não são bem assim. Durante três meses, 113 pacientes com doença cardíaca receberam 13 mililitros (cerca de uma colher de sopa) de óleo de coco. Ao final do experimento, a circunferência abdominal deles diminui discretamente. Já o colesterol bom, o HDL, subiu um pouquinho. Excelente não? “O problema é que o colesterol ruim, o LDL, também aumentou”, relata a nutricionista Annie Bello, uma das orientadoras do trabalho. “Não é que esse óleo seja ruim, mas também não faz milagres. Pode, inclusive, acarretar prejuízos”, completa. O nutricionista Dennys Cintra, professor da Unicamp, dá outro alerta: o ingrediente pode ativar, lá para as bandas do intestino, um processo inflamatório que traria danos em longo prazo. “Por isso, não recomendo tomá-lo de colher ou em forma de cápsula. O ideal seria usar às vezes, em receitar”, instrui.


Milho
Segundo a nutricionista Gisele Raymundo, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), ele é rico em vitamina E, um superantioxidante – significa que combate radicais livres capazes de danificar as células. Além disso, concentra fitosteróis, substâncias que auxiliam na redução do colesterol. Inclusive, em uma pesquisa Provident Clinical Research, nos Estados Unidos, o óleo de milho foi mais eficiente do que o azeite de oliva nessa quesito. “Só é preciso ter em mente que o trabalho foi patrocinado por uma empresa produtora de óleo de milho”, ressalva Gisele. Tem mais um motivo para ficar esperto. Cintra lembra que o produto tem muito mais ômega-6 do que 3. “O desequilíbrio dos ômegas pode predispor à inflamação e ameaçar as artérias”, afirma.


Girassol
Sua situação é parecida com a do óleo de milho: o girassol é abastecido principalmente de ômega-6. Em doses modestas, essa gordura poli-insaturadas só faz bem. A questão é que, atualmente, exageramos nela e esquecemos o ômega-3. E há indícios de que tal desproporção elevaria o risco de placas se formarem nos vasos sanguíneos. Para evitar isso, recomenda-se que o óleo de girassol não seja a estrela da cozinha. “Na verdade, em vez de eleger um único tipo, o ideal seria variar as opções”, diz a nutricionista Cibele Gonsalves, diretora cientifica do Departamento de Nutrição da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).


Soja
É o óleo campeão de consumo no Brasil – compreensível, já que estamos entre os maiores produtores mundiais dessa leguminosa. De acordo com Cintra, da Unicamp, ele merece outro título: “É um dos mais saudáveis, devido ao equilíbrio entre os ômegas 3 e 6”. Sorte que sua compra não pesa tanto no bolso do consumir. Uma embalagem de quase 1 litro custa cerca de 3 reais. Mas atenção: esses predicados não autorizam exageros (dele e de nenhum outro). “Para uma família de quatro pessoas que faz as refeições em casa, 1 litro de óleo deveria durar o mês inteiro”, calcula Annie Bello, do INC.


Palma
A maior parte desse óleo, também conhecido como azeite de dendê, é formada por gordura saturada. “Ela é menos vulnerável à oxidação. Por isso, o óleo de palma é o mais usado na fritura industrial”, conta a farmacêutica Renata Basso, professora do Centro Universitário São Camilo, na capital paulista. Hora de colocar os pingos nos is: ser mais estável não é sinônimo de vantagens à saúde. Só quer dizer que esse óleo aguenta altíssimas temperaturas e pode ser utilizado repetidas vezes, sem mudanças de sabor e cheiro – características essenciais para a índustria de alimentos. No que diz respeito ao organismo, o tantão de gordura saturada pode colocar o coração na corda bamba.


Azeite
“Sou fã dele”, admite a nutricionista Cibele, da Socesp. Ela lista as razões: “O azeite tem bastante gordura monoinsaturadas e pouca saturadas, o que favorece o controle do colesterol. Além disso apresenta polifenóis, que são potentes antioxidantes”. Mas tem um rumor que vira e mexe atormenta quem aprecia esse óleo: o de que ele não deve ir ao fogo porque sua gordura deixaria de ser boa. “Só que isso não acontece”, assegura Grimaldi, da Unicamp. Na realidade, alguns dos seus elementos proveitosos, como os próprios polifenóis, são degradados em altas temperaturas. “Logo, esquentar o azeite é um desperdício”, conclui o químico. Aliás, essa questão da quentura rende pano para a manga. É que, com exceção do óleo de palma, os demais são sensíveis à oxidação. E, por isso, deixá-los no fogo pode gerar, fora um sabor rançoso, componentes potencialmente perigosos – a exemplo dos aldeídos, associados a danos nas artérias. “Mas, em casa, dificilmente esses óleos ficam sob altíssimas temperaturas por um tempo tão longo e capaz de formar um monte dessas substâncias”, acalma Renata. 


Fonte: Revista saúde

terça-feira, 17 de novembro de 2015

7 coisas que você precisa saber sobre herpes

Mulher boca herpes
Houve avanços importantes no controle desse vírus que adora dar as caras no calo.
 
 
Verão é tempo de sol, praia, piscina... e aumento nas crises de herpes labial. A exposição solar reduz a imunidade da pele. Então, o vírus do herpes, encontrado em 90% da população, pode partir para o ataque. O lábio começa a formigar, coçar, depois é tomado por vesículas (bolhinhas cheias de líquido), que se rompem criando feridas. Além de arderem, abalam a autoestima: todo mundo repara, não tem como esconder. O tratamento se limitava a reduzir a duração das crises. Depois que os cientistas descobriram como se dá o ataque, surgiram estratégias mais eficazes de prevenção e meios de identificar quem está mais sujeito a episódios graves e muito repetitivos – 10% da população têm até seis por ano, o que é um tormento! A seguir, outras informações sobre herpes que você precisa conhecer.

1. Não é uma infecção bobinha

O herpes é altamente contagioso. Transmitido pelo beijo ou contato com saliva de quem está com o vírus ativo, na maioria das vezes produz sintomas restritos aos lábios, mas pode se alastrar, atingindo os olhos, o nariz, a boca e outras regiões da face, avisa o dermatologista Walmar Roncalli de Oliveira, professor da Faculdade de Medicina da USP. Os quadros mais extensos e graves ocorrem em pessoas com imunidade baixa. 

2. Pode haver predisposição genética

Estudos recentes mostram que não se trata apenas de uma doença infecciosa; a resposta ao vírus também decorre de sensibilidade relacionada ao gene MBL, situado no cromossomo 10, que pode vir em 10 formas diferentes. “Quem herda a forma 2 é mais vulnerável a surtos graves e frequentes, o que pode ser detectado por um teste genético”, afirma o dermatologista Omar Lupi, da Academia Nacional de Medicina.

3. A primeira crise costuma ser mais grave

Em 72% dos casos, o contato com o vírus se dá antes dos 20 anos de idade. Na primeira vez, como o sistema de defesa interno não o reconhece, os estragos são maiores: “surgem aftas na boca e na faringe, que impedem o paciente de se alimentar, gânglios inchados, dor de cabeça, febre e mal-estar geral”, explica Lupi. As crises posteriores em geral são mais brandas. Em torno de 40% dos portadores manifestam sintomas.

4. Os medicamentos não matam o vírus

Eles impedem a sua replicação, isto é, que continue produzindo cópias de si mesmo e infectando os tecidos. O primeiro foi o aciclovir, sintetizado em 1974; depois vieram derivados, como o valaciclovir e o fanciclovir, com menos efeitos colaterais e custo mais alto. Os três são administrados por via oral e, nos casos mais graves, endovenosa, para abreviar a crise e reduzir sua intensidade. As pomadas à base dessas substâncias não têm a mesma ação, apenas evitam que o vírus se dissemine para outras regiões. Debelado o surto, ele fica inativo até uma nova queda na imunidade, que nem precisa ser de grandes proporções. Gripe, diarreia, estresse físico ou psicológico, cansaço, exposição solar e tratamentos dentários podem desencadear o ataque. Muitas mulheres sofrem com herpes na TPM.

5. Tratar por conta própria é um perigo

Cerca de 80% das pessoas praticam a automedicação, segundo pesquisa que ouviu 100 brasileiros, divulgada em setembro. O achado preocupa porque o uso indiscriminado está tornando o vírus resistente aos medicamentos. “Em geral as pessoas usam sem critério, numa dose insuficiente e por tempo menor do que o necessário”, informa Lupi.

6. Dá para prevenir

Antes, a orientação era usar protetor solar labial e cuidar bem da saúde para manter a resistência em dia e o vírus inativo. Até que foram resgatados estudos da década de 1950 sobre a lisina, um aminoácido essencial (não é produzido pelo corpo, deve ser fornecido pela dieta). “Ela consegue entrar na célula infectada e inibir a replicação do vírus, portanto previne crises”, explica Oliveira. Novos trabalhos encontraram resultado tão promissor (diminuição da frequência dos surtos em 84% dos casos) que os dermatologistas começaram a receitar a lisina manipulada. Até o lançamento do primeiro medicamento à base dela, apresentado aos dermatologistas em setembro.

7. A dieta pode fazer diferença

Os cientistas descobriram que enquanto a lisina dificulta o ataque, outro aminoácido favorece a agressão, a arginina. Portanto, para se proteger contra o herpes ponha na mesa mais alimentos ricos em lisina (carne vermelha, peixe, frango, laticínios, levedo de cerveja) e restrinja as fontes de arginina (chocolate, amendoim, castanha, pistache, abacaxi).

Fonte: Revista saúde
 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Tem que lavar o nariz

Tem que lavar o narizLançar mão de soluções salinas é regra básica para controlar a rinite alérgica. Mas não adianta fazer isso só durante as crises.
 
 
Para quem convive com espirros, coriza e sensação de nariz entupido, dar um banho nas fossas nasais é tão importante quanto escovar os dentes. Achou exagerado? Não é, não. Adotar soluções salinas para higienizar o nariz faz toda a diferença no contra-ataque à rinite alérgica, inflamação da mucosa nasal desencadeada por elementos como ácaro e que chegar a abalar a produtividade no dia a dia. Segundo João Ferreira de Mello Júnior, professor de otorrinolaringologia da Universidade de São Paulo, é comum que a congestão nasal e outros sintomas atrapalhem até o sono. “Aí, sem dormir direito, a pessoa não consegue se concentrar na escola ou no trabalho”, observa.
O antídoto contra essas chateações é simples, mas exige compromisso na agenda: a lavagem diária. Uma revisão de trabalhos científicos realizada por médicos do Hospital Municipal de Karlsruhe e da Universidade de Colônia, na Alemanha, constatou que a limpeza da cavidade nasal minimiza as manifestações da rinite, aumenta a qualidade de vida e permite diminuir em cerca de 60% a necessidade de remédios mais fortes.

“Ela melhora os mecanismo de defesa do nariz, hidrata a mucosa e torna mais fluida a secreção produzida em excesso em resposta aos agentes alérgenos”, explica Talita Poli Biason, gerente médica da unidade de medicamentos isentos de prescrição do Laboratório Aché. Só que, para colher todos esses benefícios, o recomendado é recorrer ao procedimento pelo menos duas vezes ao dias – e todo santo dia. Isso mesmo quando o nariz está numa boa. Afinal, a lavagem é um método preventivo. Ainda assim, se a crise se instalar, a tática pode ser aplicada à vontade, porque otimiza a recuperação e não apresenta riscos à saúde.

A solução salina de que tanto falamos tem como ingrediente o cloreto de sódio a 0,9%. É a base do soro fisiológico e de produtos específicos para o nariz, sendo que alguns deles contam com a adição de um conservante. Essa porcentagem na fórmula indica que a solução é isotônica, ou seja, não há possibilidade de ela desidratar a mucosa nasal. Os produtos são facilmente encontrados em farmácias, mas vale ter em mente que certos indivíduos podem ser sensíveis ao conservante no líquido. 

Também é preciso ficara tento para não confundir soluções salinas com medicamentosas, que possuem corticoides, por exemplo. “Esse tipo de tratamento está mais moderno e hoje oferece pouco risco, mas só deve ser usado com orientações médica”, avisa o otorrino Fabrizio Romano, membro da diretoria da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial. Já alguns descongestionantes, à base de substâncias vasoconstritoras, até aliviam a jato, só que podem viciar e não eliminam a rinite.

Agora, pensando em lavagem mesmo, não funcionaria juntar água filtrada e sal por conta própria numa receita caseira? Essa é uma questão que divide opiniões. Poder fazer em casa até pode. Porém, existe o risco de errar a mão na quantidade ou contaminar os ingredientes, o que irritará ainda mais as narinas. “O problema é que as pessoas têm dificuldade para entender medidas, e isso pode comprometer o efeito da solução”, nota Mello.

Outra opção que aparece na farmácia é o irrigador nasal, apetrecho de plástico ou cerâmica cujo formato lembra uma lâmpada de gênio. Essa ferramenta, por assim dizer, envolve um processo mais complexo que a lavagem em si, uma vez que a solução salina chega até os seios da face. “Ela é mais recomendada para quem tem sinusite crônica. Sem indicação médica, pode ser uma técnica agressiva”, explica Talita. Por falar no especialista, a rinite alérgica pede acompanhamento inclusive para identificar o gatilho das crises e traçar o melhor plano terapêutico. Saiba, no entanto, que o paciente sairá do consultório com uma tarefa diária a cumprir: lavar o nariz.

Fonte: Revista saúde
 

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Proteínas que baixam a pressão

Proteínas que baixam a pressãoCientistas descobrem que alimentos ricos em certos aminoácidos (as moléculas que formam as proteínas) podem ser parceiros das artérias.
 
O achado vem da Universidade East Anglia, no Reino Unido, onde cerca de 2 mil mulheres foram acompanhadas. "Encontramos fortes evidências de que aquelas que consumiam quantidades mais elevadas de sete aminoácidos específicos exibiam menores níveis de pressão arterial e rigidez dos vasos", conta a professora de nutrição Aeden Cassidy, principal autora da pesquisa. Segundo ela, essas partículas ajudam a liberar óxido nítrico, substância que dilata as artérias, facilitando o fluxo sanguíneo. 
Outra revelação interessante é que a origem desses aminoácidos parece modular sua atuação no sistema circulatório. Quando eles vêm de vegetais, o resultado é menor pressão nos vasos. Se forem provenientes de animais, deixam as artérias mais flexíveis. 
Mas e a carne? Apesar de abastecida de proteína, ela sempre é citada como inimiga do peito por causa da gordura. E aí? "O ideal é preferir os cortes magros", orienta Aeden. Ela ainda lembra que os tais aminoácidos podem vir de outros alimentos.

Onde estão os aminoácidos do bem:

Nos vegetais
As sete moléculas estudadas pelos britânicos (arginina, cisteína, ácido glutâmico, glicina, histidina, leucina e tirosina) estão em alimentos como feijão, arroz integral, abacate e amêndoas.


Nos animais
Três desses aminoácidos analisados - ácido glutâmico, leucina e tirosina - também podem ser incorporados à dieta por meio de carne vermelha, pescados e lácteos.


Fonte: Revista saúde
 

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Como controlar os perigosos triglicérides

TriglicéridesEssa gordura está por trás de infartos e outras ameaças. 
 
Embora menos conhecida que o colesterol, é mais controlável com ajustes no estilo de vida, como maneirar em pães e massas. Chegou a hora de mudar esse panorama.
 
Os triglicérides estão e, ao mesmo tempo, não estão na boca do povo. Por um lado, abusamos de alimentos que, junto a outros hábitos pouco saudáveis, aumentam a concentração dessa gordura nos vasos. Tanto que um em cada quatro americanos apresenta um índice acima de 150 mg/dl, o limite ideal — no Brasil não há números confiáveis, mas se acredita que seguimos a mesma toada. Por outro lado, ainda perdura um desconhecimento da população sobre o tema.

O colesterol (que nem gordura é; quimicamente falamos de um álcool complexo) ganhou os holofotes por ser reconhecidamente um fator de risco direto para panes no sistema circulatório. Pesquisas comprovam que o uso de remédios para baixá-lo reduz em até 40% os desfechos cardiovasculares e também aplaca a mortalidade. Já os triglicérides entraram numa certa penumbra, porque alguns estudos insinuaram que as drogas voltadas ao seu controle não evitam óbitos, embora diminuam em 13% o risco de infarto, AVC e afins.
O fato é que, quando se encontra numa quantidade elevada, os triglicérides instigam o surgimento de radicais livres e processos inflamatórios, dois perigos aos vasos. Fora isso, estimulam a fabricação exagerada de VLDL no fígado e de quilomícrons no intestino. "Essas duas lipoproteínas são quebradas, então, nas chamadas partículas remanescentes, que contribuem diretamente para o entupimento das artérias", ensina Michael Miller, epidemiologista da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.

Miller atualizou um artigo de 2011 que avalia a influência dos hábitos no equilíbrio dos triglicérides. O novo texto diz: "Mudanças no estilo de vida podem reduzir as taxas em 50% ou mais". Fernando Flexa Ribeiro Filho, presidente do Departamento de Dislipidemia e Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, compara: "Quando se fala em colesterol, esse número não supera 30%". Uma das principais medidas para conter os triglicérides é moderar no pão branco, no macarrão, no açúcar...
Segundo a revisão de Michael Miller, se você trocar 10% das calorias provenientes do carboidrato – nutriente que sobra em macarrão e outras massas – pelas originárias de gorduras poli ou monoinsaturadas, diminui de 10 a 20% a quantidade de triglicérides. Vamos recorrer à matemática: um pão francês possui aproximadamente 112 calorias vindas de carboidratos, o que, em uma dieta tradicional de 2 mil calorias, representa 5,6% do total. Logo, ao riscar um pãozinho da conta diária, há uma potencial subtração de 11,2% na taxa que será exibida pelos exames. 

Entretanto, para fechar esse cálculo do bem, é importante adicionar gorduras insaturadas ao menu. Entre as opções, vale destacar o ômega-3, encontrado principalmente nos peixes marinhos. "Descobertas recentes apontam que ele inibe a síntese de triglicérides no fígado", conta Cintra. "Tanto que suplementos com essa substância já são prescritos para alguns pacientes com triglicérides descontrolados", arremata. Incrementar sua ingestão em 1 grama por dia acarreta uma queda de 5 a 10% na concentração do inimigo da vez.

Causas diversas

Veja o que financia a subida dos triglicérides – e pode passar batido
Remédios: diuréticos, corticoides, antipsicóticos, estrogênio oral... Todos podem conspirar a favor da síndrome metabólica, conjunto de disfunções marcado pelo ganho de barriga e o aumento dos triglicérides.

Hipotireoidismo: a tireoide é uma glândula responsável pelo ritmo de funcionamento do corpo inteiro. Logo, se a sua produção de hormônios é deficiente, há uma lentificação na atividade da enzima que quebra os triglicérides no fígado.

Insuficiência renal: quando os rins não funcionam corretamente, fica faltando uma proteína que também participa do processo de desintegração das moléculas gordurosas. A partir daí, elas passam a aparecer em larga escala nos vasos sanguíneos.

Diabete tipo 2: a doença está bastante ligada à obesidade. E a dupla, junta, intensifica a chamada resistência à ação da insulina. Essa condição, por sua vez, desregula as taxas de triglicérides e colesterol. Desarmonia nociva para o coração.

Consequências

Conheça males deflagrados pela alta dos triglicérides

Pancreatite aguda: é como se ocorresse uma obstrução na glândula que produz insulina. Explicamos: as partículas que carregam os triglicérides são grandes e, em excesso, podem bloquear dutos do pâncreas. A dor é intensa e o quadro inevitavelmente leva à hospitalização.
Esteatose hepática: a obesidade, e o consequente aumento dos triglicérides no organismo, desencadeia uma infiltração de gordura no fígado. A condição costuma ser silenciosa no início - entre os eventuais sintomas estão cansaço e perda de apetite.

Diabete tipo 2: além de causa, ele pode ser uma sequela do boom de triglicérides. É que os ácidos graxos, constituintes dessa gordura, prejudicam a ação da insulina, hormônio que libera o açúcar para as células. E isso, claro, faz a glicemia disparar.

Câncer: um estudo realizado na Universidade Duke, nos Estados Unidos, relacionou altos níveis de triglicéride e colesterol com um maior risco de tumores de próstata. Apesar de ser uma evidência inicial, vale a pena ficar atento para escapar de mais esse problemão.

Fonte: Revista saúde

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

7 maneiras de exercitar seu cérebro

exercício cérebroUse o tempo livre (em vez de curti-lo todo no sofá) para fazer a cabeça borbulhar de boas ideias e mantê-la jovem e saudável por mais tempo.
 
De todo os planos que você provavelmente tem para as próximas semanas - terminar de assistir à terceira temporada da série Orange Is the New Black e planejar o próximo a viagem do feriado -, é quase certo que exercitar sua massa cinzenta não faz parte deles. Mas deveria. Por quê? Você pode achar cedo para começar a pensar nisso, mas perder o domínio da capacidade mental é inevitável. "O processo de evolução da doença de Alzheimer e da demência começa de duas a três décadas antes dos primeiros sintomas se manifestarem", diz o professor Perminder Sachdev, codiretor do Centro de Envelhecimento Cerebral Saudável, da University of New South Wales, na Austrália. "Isso sugere que existe uma grande janela de tempo para atuar na prevenção e no adiamento do início da doença."

Assim como malhar e comer bem mantém seu corpo em forma, isso faz o mesmo por sua cuca. "Estudos observaram que um modo de vida saudável - com atividade física, alimentação equilibrada, controle do stress e outros fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e diabetes - está ligado ao risco menor de desenvolver Alzheimer", observa o neurologista Fabio Shiba, da Fluyr Saudável Clínica de Combate à Dor, em São Paulo.

O que rola na sua cachola

Seu cérebro é uma máquina maravilhosa - ou, digamos, a empresa mais bem gerenciada que existe. Dentro do prédio (seu crânio), existem diferentes departamentos encarregados de funções específicas, como emoções, fala, memória, movimentos e sistemas involuntários, como digestão e respiração. Para manter cada seção funcionando adequadamente, seu cérebro é alimentado com oxigênio e nutrientes por meio de uma rede complexa de artérias, veias e vasos. Todos os setores são mediados pelas sinapses, as conexões entre as células do cérebro (neurônios). Você tem cerca de 100 bilhões dessas belezinhas (pense em 100 bilhões de funcionários exemplares, cumprindo prazos e tendo ideias brilhantes).
Num cérebro saudável, eles se encarregam de enviar sinais e mensagens entre os departamentos dia a noite, que são guardadas por um receptor antes de serem passadas adiante. Essa prova de corrida cerebral acontece milhões de vezes por segundo e fazem com que as memórias fiquem armazenadas, os hábitos sejam aprendidos e a nossa personalidade comece a ganhar forma, com certos padrões sendo fortalecidos enquanto outros vão sendo esquecidos.

Conforme envelhecemos, nosso corpo muda tanto do lado de fora quanto por dentro, onde placas amiloides e emaranhados neurofibrilares se formam entre as células do cérebro, causados pelo acúmulo de proteína. Essas placas podem interromper a função celular, enquanto os emaranhados matam os neurônios.

Resultado? Um cérebro encolhido. As informações guardadas em cada departamento começam a desaparecer, geralmente começando pelas memórias mais recentes. À medida que a doença se espalha pelo cérebro, até a memória antiga é afetada, além de habilidades como planejamento, aprendizado e equilíbrio, o que faz com que as pessoas afetadas pela doença passem, de uma hora para a outra, a não reconhecer mais os membros da família. A boa notícia é que pesquisas recentes mostram que os hábitos de vida são essenciais para prevenir e adiar o aparecimento de doenças no cérebro. E, quanto mais jovem você começar a obedecer os mandamentos a seguir, melhor.

As sete maneiras de malhar o cérebro

1. Respirare fundo

Se você é do time das nervosinhas, aprenda a reservar tempo para alguma atividade relaxante, como ouvir e cantar em voz alta as músicas preferidas e respirar calma e profundamente. O stress crônico faz seu cérebro pagar um preço alto, pois leva ao encolhimento do hipocampo (região ligada à memória verbal) e afeta o crescimento de células nervosas. Pior: o stress também prejudica seu coração. Um estudo publicado no periódico internacional Brain, Behavior and Immunity sugere que meditar (que costuma trabalhar também técnicas de respiração) não só diminui o sentimento de solidão como também preserva a integridade e as funções cerebrais.

2. Vá ao happy hour

Difícil quem saiba lidar bem com a solidão. Nosso cérebro, por exemplo, não sabe. Manter laços sociais fortalece esse órgão - e adultos que mantêm uma vida social ativa são menos propensos a desenvolver a demência. Reservar uma noite na semana para encontrar as amigas vez em quando pode ser mágico. "Manter-se em contato com outras pessoas trabalha o cérebro", diz Maree. E nada de se sentir intimidada por entrar em assuntos polêmicos: debater ideias estimula os neurônios a formar novas ligações, que é exatamente o que você precisa. Pesquisas não apontaram se as relações via redes sociais oferecem os mesmos benefícios.

3. Durma como um anjo

Um sono bom é necessário para manter seu cérebro afiado. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, descobriram que dormir pouco ou mal está ligado a níveis mais altos de beta-amiloide no cérebro, uma proteína que forma placas associadas ao mal de Alzheimer. O que fazer: descanse em um quarto escuro e ventilado, desligue o celular (ou coloque no silencioso) e evite olhar para ele uma hora antes de ir para a cama. 

4. Ame seu coração

"Todos os fatores de risco para as doenças cardíacas - pressão alta, diabetes, síndrome metabólica, fumo, colesterol alto, obesidade e sedentarismo - são também perigosos para a demência", diz Sachdev. Lembra-se daquela rede complexa de vasos sanguíneos abastecendo seu cérebro com nutrientes e energia? Se o seu sistema cardiovascular estiver comprometido, essa rede também pode entrar em colapso.

5. Coma alimentos frescos

Não se sabe exatamente como a alimentação impacta a demência e o mal de Alzheimer, mas pesquisadores enxergam uma ligação. Um estudo recente publicado na revista científica Alzheimer´s & Dementia afirma que a dieta mediterrânea está associada a um risco menor de desenvolver doenças do cérebro. Encha o carrinho com folhas verdes, vegetais frescos, frutas vermelhas, peixe, aves, castanhas, azeite, grãos integrais e feijão. O que cortar da lista de compras: Margarina, carboidratos e açúcar refinados e alimentos industrializados, fontes de sódio e gorduras trans.

6. Transpirarás sempre

Precisa de mais motivação para encarar a aula de spinning? Um estudo do ano passado realizado pela University of British Columbia, no Canadá, descobriu que uma rotina regular de exercícios aeróbicos parece aumentar a área cerebral do hipocampo. Treinos de resistência, equilíbrio e tonificação muscular não mostraram os mesmos resultados.

7. Estude mais

Quanto mais você usa o cérebro, mais forte ele fica, pois os neurônios são obrigados a fazer novas conexões. Que tal escolher um curso diferente ou assistir a palestras e debates de temas que curte? A música também é ótima para turbinar a inteligência. "Tocar um instrumento e cantar ativa o funcionamento simultâneo de várias áreas cerebrais", diz Fabio Shiba. "Além disso, é sabido que a capacidade musical em portadores de demência se mantém por muito mais tempo depois que outras habilidades foram perdidas." 
Mais: Esportes coletivos, aulas de circo e até escalada são esportes que não só exigem de você esforço físico como muito trabalho cerebral. Você irá aprender novas regras e estratégias vai acelerar o cérebro enquanto você aumenta os limites do corpo. 

Fonte: Revista saúde