quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Chá gelado, picolé, açaí… 8 alimentos para refrescar o calor

O chá gelado é uma das opções para refrescar seu verão.Eles prometem hidratá-lo mesmo nos dias mais quentes. Conheça as vantagens de cada um — e como aproveitá-los — para curtir o verão com saúde

 

Vem chegando o verão e, com ele, a necessidade de se hidratar mais. E é bom caprichar mesmo porque a temperatura promete subir muito em janeiro e fevereiro. Uma pesquisa realizada pela agência meteorológica do Reino Unido mostra que 2017 será um dos anos mais quentes de que se tem notícia. A razão para isso é a combinação entre os efeitos do El Niño — fenômeno atmosférico que aquece águas dos oceanos e altera o clima global — e os gases do efeito estufa.

Para ajudá-lo a encarar o sol e a praia que estão a caminho, selecionamos uma lista de bebidas e alimentos que hidratam, refrescam e espantam o calor. Você vai conhecer prós e contras de cada para fazer as suas escolhas.

Águas aromatizadas ou saborizadas

Elas chegaram com tudo. Estão na moda e marcam presença em restaurantes e bares, sendo apreciadas principalmente por quem acha a água sem graça. Mas são saudáveis? As versões naturais, que você prepara em casa, sim.
“Especiarias como a canela conferem um sabor delicioso à água”, aponta Ana Ceregatti, nutricionista especializada em alimentação natural e vegetariana. Ela destaca que uma excelente opção é adicionar galhos de hortelã limpos e frescos e um pedaço pequeno de gengibre à bebida. Se esses itens forem orgânicos, melhor ainda.

A hortelã favorece a digestão e o gengibre contém o ativo gingerol, um antisséptico e anti-inflamatório natural. “Quem gosta de ervas e especiarias pode fazer as próprias combinações”, afirma Ana. Cuidado mesmo exigem as frutas cítricas, que oxidam em temperatura ambiente e, aí, deixam a água com sabor amargo, além de perderem suas propriedades nutricionais.

As industrializadas, ao contrário, abusam dos corantes artificiais, conservantes e acidulantes (usados para intensificar o sabor dos alimentos e bebidas). Algumas têm ainda adoçante e sódio.

Além das versões saborizadas artificialmente, o mercado possui agora farta oferta de uma bebida vendida com vitaminas, minerais e energéticos em cápsulas – cujo conteúdo deve ser adicionados ao líquido da garrafa. É mais um desses modismos de academia. “Parece água, mas não é. A promessa é de que esses produtos aumentem a energia ou acalmem”, descreve Cynthia Antonaccio, da Consultoria Equilibrium, de São Paulo.

Essas bebidas contêm princípios ativos e extratos que até podem ser uma opção interessante. Porém, é imprescindível contemplar a presença de açúcar em sua composição e o preço (que chega a 100 reais a unidade) antes de optar por qualquer uma.

Chá gelado

Não dá para negar que um chá geladinho ajuda a driblar a sede. Mas, diante da variedade de produtos disponíveis, qual escolher? “A melhor opção será sempre a natural, sem açúcar e à base de ervas, flores e especiarias, como erva-mate, hibisco, camomila e gengibre”, explica Fernanda Gabriel, nutricionista da RG Nutri, consultoria de São Paulo.

Preparado com água e um ingrediente principal, esse tipo de bebida preserva antioxidantes e substâncias anti-inflamatórias. Cuidado apenas com a procedência da erva e com a quantidade de chá ingerida. Compre esses produtos em estabelecimentos de confiança, verifique se não estão mofados e se não apresentam sujidade.

“Essas ervas possuem princípios ativos que, se consumidos com frequência e em grande quantidade, podem fazer mal aos mais sensíveis. A dica é variar”, ensina Mariana Del Bosco, nutricionista e mestre em Ciências pela disciplina de Endocrinologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Já os chás industrializados, disponíveis em saquinhos, garrafas e até latas, são sem dúvida práticos. Porém, também são mais pobres do ponto de vista nutricional. A maioria tem pouca quantidade de polifenóis –compostos encontrados nos alimentos e que varrem as toxinas do organismo, por exemplo.

Tais compostos se perdem durante o processo de produção dessas bebidas, que têm sabor alterado com a adição de açúcar ou adoçantes. “Alguns chás industrializados contêm conservantes e corantes. Por isso, sempre indico os que são feitos com as ervas e, na ausência deles, os de saquinho”, receita Ana Ceregatti.

Caso você não deseje carregar por aí uma garrafinha com seu chá feito em casa, a nutricionista Cynthia Antonaccio dá uma dica importante: “Ao comprar as versões industrializadas, escolha pelo menos as que têm menos açúcar ou são light”.

Vale lembrar que a ingestão desse carboidrato não deve ultrapassar 10% do valor calórico total do dia, como recomendado pela Organização Mundial de Saúde. “Um adulto que consome em torno de 2 mil calorias ao dia pode ingerir, no máximo, 200 calorias provenientes do açúcar, que é algo em torno de 50 gramas”, exemplifica Fernanda Gabriel.

O perigo da garrafa
 De nada vale tomar todos os cuidados para escolher um chá natural e colocá-lo em uma garrafa qualquer de plástico. Certifique-se de que sua garrafa está livre de BPA, ou Bisfenol-A – composto presente na confecção de alguns tipos de policarbonato. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estudos preliminares mostram que esse composto pode causar problemas hormonais.

Água de coco

Um das deliciosas vantagens do verão é aproveitar praias, parques e praças — e se lambuzar com uma refrescante água de coco. Fernanda Gabriel, da RG Nutri, confirma que o líquido é naturalmente rico em água e minerais que auxiliam na hidratação. “Além da água da fruta, podemos consumir a carne do coco. Ela é gostosa e carrega fibras e gorduras que garantem a saciedade por mais tempo”, fala.

Em um copo de 200 mililitros dessa bebida há 93% de água. O restante é composto por açúcar, proteínas, sais minerais e fibras. Por isso, Ceregatti endossa o consumo do líquido in natura. Ela explica que o produto em caixinha contém frutose – adicionada na maioria dos industrializados (sucos etc) para destacar o sabor da bebida.

“É melhor comprar o coco fresco, abri-lo e fazer cubos de gelo com sua água”, diz. Esses cubos servirão para preparar sucos naturais e até smoothies, preservando as propriedades da fruta.

Fernanda Gabriel até admite o consumo da água em caixinha como alternativa para os dias de pressa e para quem não encontra a fruta com facilidade. Mesmo assim, a ingestão deve ser moderada – justamente pela presença de açúcar e conservantes nessa versão.

Sucos naturais e industrializados

Mais uma vez, as nutricionistas preferem os naturais ou a versão integral em caixinha. “Por serem feitos com ingredientes frescos, eles mantêm os nutrientes”, ensina Fernanda. Ela reforça que, entre os industrializados, é bom ficar de olho na presença de açúcar e evitar os néctares e refrescos, que apresentam um percentual pequeno de fruta na composição.

Para ser considerada um suco, a bebida precisa ter pelo menos 50% de polpa da fruta e água (sem nenhuma substância estranha). Já o néctar deve conter até 30% de fruta, açúcar e aditivos químicos, como corantes. Nesse balaio, não dá pra negligenciar os refrescos (com 8% de fruta e muito açúcar) e o suco concentrado (ele tem menos açúcar que o néctar, é mais barato e leva corantes, aromatizantes e conservantes). Já o produto integral não carrega conservantes nem é adoçado artificialmente.

No entanto, se no momento de escolha você só tiver o néctar, não precisa se martirizar. E uma dica da nutricionista Cynthia Antonaccio: “Ao optar pelo néctar, escolha aqueles que seriam iguais ao que você prepara em casa”, diz. Como assim? “Por exemplo: dificilmente você fará um suco puro de maracujá ou de limão. Então, não tenha medo se, às vezes, recorrer a esses produtos. Mas analise para ver se vale a pena”, explica.

Picolé e sorvete de massa

Por mais tentadores que sejam, cabe lembrar que os sorvetes de massa possuem um monte de açúcar e, em boa parte dos potes, a famigerada gordura trans, criada pela indústria para melhorar o sabor e a durabilidade dos alimentos na gôndola. Acontece que estudos científicos comprovaram que essa molécula é muito prejudicial à saúde.

Por isso, a opção das nutricionistas é o picolé — em geral, preparado com suco da fruta e açúcar. “Se tiver que escolher, opte por um de frutas, mas não pense nele como lanche”, ensina Ceregatti. Nas refeições intermediárias, coma o vegetal in natura mesmo para matar a fome.

A nutricionista Cynthia Antonaccio admite a ingestão de sorvete de massa como uma indulgência à qual você recorre vez ou outra. “Sem peso ou culpa, mas consciente do que está ingerindo”, arremata.

Açaí na tigela

Não abre mão dessa delícia originária da Amazônia e está no grupo dos que precisam controlar a ingestão de açúcares? Então fique de olhos abertos: a maioria das versões vendidas nas ruas têm adição de xarope de milho, como esclarece Ana Ceregatti.
“Arriscaria que 99% dos que são vendidos têm esse ingrediente. Ele é pior que o açúcar refinado, porque sobrecarrega o organismo de forma geral”, explica. De acordo com ela, é importante checar o rótulo para adquirir os que contenham a polpa de açaí.

Fernanda Gabriel diz que nem por isso a fruta deve sair do cardápio. “Ela é rica em antioxidantes e proporciona saciedade. Mas a polpa congelada, na maioria das vezes, é adoçada. Assim, é melhor escolher acompanhamentos como frutas, coco ralado e opções sem açúcar”.

Garantimos: não é necessário adicionar xaropes como o de guaraná na tigela. As frutas e os cereais já dão um gosto especial. Mas se está sentindo falta de um docinho, considere o açúcar mascavo ou mesmo o de coco.

Raspadinha

A procedência da água usada para fazer essa guloseima praiana é comumente negligenciada. Mas é aí que mora o perigo. Se não for potável, ela pode ser veículo de transmissão de várias doenças, ocasionando de diarreia à hepatite A.

“Também é importante saber que tipo de suco foi usado para prepará-la e se foi adicionado algum xarope”, acrescenta Ceregatti. A nutricionista explica que um suco natural é o ingrediente perfeito para uma raspadinha deliciosa. “Bata água de coco com suco de uva no liquidificador. Ponha em um saco e leve ao freezer até endurecer. Se preferir, use suco de maçã concentrado”, ensina.

Para os que não abrem mão das versões vendidas nas areias e ruas brasileiras, vale ficar atento às calorias. Isso porque ingredientes como leite condensado tornam essa opção bastante calórica. “Se forem feitas com esses produtos, as raspadinhas devem ser incluídas na alimentação com moderação”, pondera Fernanda Gabriel.

Água mineral

“A água deve ser ingerida pura e estar sempre disponível. Ela é a nossa principal fonte de hidratação”, atesta Del Bosco. “Uma dica para saber se você está bebendo a quantidade ideal é observar a cor da urina, que deve ser clara”, conclui.

Nas ruas, o principal cuidado é comprar uma água mineral de fonte ou empresa reconhecida. “Sempre a adquira em um comércio formal, que forneça nota fiscal. Nesses locais, o risco de levar um produto adulterado é menor”, afirma Antonaccio. Como as águas são extraídas de fontes naturais, pegue as que você já está acostumado — mais por uma questão de sabor do que por qualquer outro detalhe.

O sódio encontrado nas versões minerais é natural das fontes das quais ela são extraídas. Sua quantidade é muito pequena frente às recomendações diárias (um copo de água há 0,15% da indicação de consumo). “Sendo assim, não vai prejudicar o funcionamento do corpo”, afirma Fernanda Gabriel.

O consumo frequente de água mineral, ao contrário do que se fala, não causa danos ao organismo em pessoas saudáveis. Evite apenas ingeri-la durante as refeições.
Vale lembrar que nosso corpo precisa de aproximadamente 2 litros de água por dia para regular a temperatura, transportar minerais e vitaminas e por aí vai. E uma ótima notícia: o consumo adequado ajuda até a acabar com aquela falsa sensação de fome. Portanto, hidrate-se!

 Fonte: Revista Saúde

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Aspirina contra o câncer

A aspirina vem sendo estudada contra diversos problemas, entre eles o câncerCom mais de 100 anos de história, o popular comprimido que afina o sangue também reduziria o risco de as pessoas sofrerem com câncer.

  

Já consagrado na proteção contra doenças cardiovasculares, o uso diário do ácido acetilsalicílico está ganhando uma nova indicação. Agora, ele também pode ser receitado como uma medida extra na prevenção do câncer de intestino.
O U.S. Preventive Services Task Force, entidade que faz recomendações de políticas de saúde pública para o governo americano, atualizou suas diretrizes sobre o assunto e passou a sugerir a prescrição do fármaco para todas as pessoas com 50 a 59 anos de idade, com uma expectativa de vida superior a uma década e que não apresentem alto risco de sofrer hemorragias — quem não se encaixa no perfil não se beneficiaria.
“Tomar esse remédio regularmente baixa em quase 25% o risco de desenvolver esse tipo de tumor no longo prazo”, relata a oncologista Maria Del Pilar Estevez Diz, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Porém, antes de correr para a drogaria e comprar um estoque dos comprimidos brancos, é importante buscar a orientação do médico e não deixar de realizar os exames de rastreamento, caso da colonoscopia.

Esperança frente a tumores cerebrais

Em experimento na Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, cientistas aplicaram uma versão líquida do ácido acetilsalicílico junto com outras duas drogas em células de glioblastoma, um dos cânceres de cérebro mais comuns e devastadores.
E a nova formulação foi dez vezes mais efetiva do que qualquer combinação de quimioterápicos disponível atualmente. “Nós não esperávamos resultados tão surpreendentes. Estamos conduzindo novos estudos para comprovar os achados iniciais”, conta o oncologista Geoffrey Pilkington, líder da investigação. Velhos remédios, novíssimos usos.

Qual a proeza do ácido acetilsalicílico?

Os especialistas não decifraram totalmente o mecanismo de ação da aspirina na prevenção dos tumores que atingem o intestino grosso e o reto. “Ela diminuiria a ocorrência de pólipos, pequenas formações que podem anteceder uma lesão maligna”, informa Maria Del Pilar. Ainda é incerto se o medicamento teria o mesmo efeito em outros tipos de câncer.

 Fonte: Revista saúde

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Um mini-dispositivo contra a apneia

O Airing promete mais conforto. Será?Com 5 centímetros e 25 gramas, o novo aparelho, chamado de Airing, quer mudar o jeito de tratar o distúrbio por trás dos roncos.

 

Criado por uma startup americana, o aparelhinho se encaixa nas narinas e joga um jato de ar constante na garganta, o que impede as interrupções na respiração típicas da apneia. “Ele se vale da nanotecnologia e de microventiladores para manter a faringe aberta de noite”, descreve a neurologista Dalva Poyares, presidente da Associação Brasileira de Medicina do Sono.

O sonho é substituir o CPAP, considerado a principal forma de controlar a doença atualmente — nesse caso, é necessário usar uma máscara para obter o mesmo efeito. “Mas ainda é preciso iniciar uma série de testes antes da aprovação do produto”, afirma Dalva. Os inventores buscam dinheiro em sites de financiamento coletivo para continuar o aprimoramento do Airing. Em três meses, a campanha já superou a meta de arrecadação em 896%!

Compare o CPAP com o Airing

Cpap: no método padrão-ouro, a máscara cobre o nariz e a boca e joga um fluxo de oxigênio na garganta. Apesar de ser mais confortável hoje, muita gente acha incômodo e até desiste de usá-la ao dormir.
Airing: seu objetivo é igual ao do CPAP. Inserido no nariz, ele trabalha por oito horas seguidas e deve ser descartado após o uso. A expectativa é que a unidade custe menos de 3 dólares.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Adolescentes obesos mastigam diferente

Estudo brasileiro associa o excesso de gordura corporal a uma mastigação inadequada - o que poderia inclusive contribuir para o ganho de peso.

 Mastigação

Um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) teve o objetivo de avaliar a forma como os adolescentes acima do peso mastigam a comida. Para isso, os cientistas recrutaram 230 voluntários com idade entre 14 e 17, sendo 115 meninos e meninas com peso normal e o restante com sobrepeso ou obesidade. Todos estavam livres de cáries ou outras condições que afetassem a saúde bucal.

Para conseguir identificar alguma diferença entre os grupos, foram feitas gravações em vídeo dos adolescentes enquanto eles mastigavam. A partir da análise de uma fonoaudióloga, descobriu-se que a turma com quilinhos a mais tinha maior dificuldade para triturar os alimentos, além de alteração na musculatura da mandíbula.

Nas meninas acima do peso, foi observada uma tendência a mastigar de um lado só. Isso pode levar, entre outros problemas, a alterações estruturais de um dos lados do arco dentário, e também a perdas nutricionais. Já os meninos fora de forma mastigam mais rápido do que o normal. Uma pena: quando demoramos mais tempo com o alimento na boca, o cérebro libera hormônios responsáveis pela saciedade, o que pode reduzir a ingestão de comida.

Adolescentes com sobrepeso ou obesidade apresentaram ainda hábitos que podem prejudicar a digestão, como adicionar muito molho à comida ou beber líquidos junto com o alimento. Ambas as atitudes fazem com que se mastigue menos e que a comida seja engolida antes do tempo. Diante disso, o desconforto estomacal é um sintoma corriqueiro.

Os experts não sabem se todas essas alterações estão relacionadas às causas da obesidade ou aos seus efeitos. Ou seja, será que a obesidade de alguma forma altera o padrão de mastigação ou é essa forma de morder a comida que contribui para o acúmulo de gordura corporal? Mesmo sem a resposta para essa questão, os cientistas reforçam a importância de observar a maneira como o jovem mastiga para, se for o caso, sugerir uma ou outra correção – nem que seja só comer com mais calma.

 Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Manter-se em boa forma física ajuda a proteger o coração?

Resultado de imagem para coração saúdeCom certeza! A obesidade e o sedentarismo estão entre os principais fatores de risco para problemas cardíacos.

 

Não deixar que o sobrepeso e a obesidade tomem conta do pedaço é uma meta que vai muito além da vaidade. Já está comprovado que existe uma relação direta entre o excesso de peso e o surgimento de males como hipertensão, diabete, taxas altas de triglicérides e baixas de HDL, o colesterol bom.
Se por si só essas condições contribuem para o aparecimento das doenças cardiovasculares, quando se aliam ao sedentarismo, então, o perigo dispara. E no Brasil, veja só, tanto o peso de sobra como a inatividade física são a realidade para mais da metade da população

Ninguém aqui vai discordar que a correria do dia a dia tem a ver com esses dados preocupantes. É difícil mesmo resistir à praticidade do combo hambúrguer, batata frita e refrigerante no almoço quando a agenda está apertada. E o que dizer de achar tempo para malhar? Quando a gente se dá conta, os quilos se acumulam e vem aquela falta de ar até pra subir alguns degraus — é o coração se esforçando cada vez mais para bombear o sangue.

Não é para sair por aí fazendo loucuras para emagrecer de qualquer jeito, claro. Os ganhos em saúde e bem-estar dependem de adaptações muitas vezes simples e prazerosas. A prática de exercícios físicos é uma delas. E nem estamos falando necessariamente de se matricular numa academia. Basta incluir uma caminhada em algum momento do dia. Da mesma forma, fazer escolhas saudáveis à mesa não é nenhum bicho de sete cabeças. Com o tempo, acredite, você estará celebrando os benefícios: perda de peso, menos ansiedade, ganho de fôlego, melhora no padrão do sono…

 Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O que o espinafre tem de melhor

A hortaliça ajuda na saúde ocular e dá força para os exercícios, e ainda combate a anemia.

Espinafre

Relatos apontam que, no final do século 19, pesquisadores erraram a vírgula ao quantificar o teor de ferro do espinafre. O vegetal passou décadas com a fama de esbanjar o mineral e por isso foi, inclusive, o eleito para dar forças ao intrépido marinheiro Popeye. Tempos depois ficou comprovado que suas folhas não são as melhores fontes do nutriente. Entretanto, elas concentram excelentes teores de ácido fólico, uma vitamina que também atua contra a anemia. Portanto, apesar do equívoco técnico, ele merece prestígio no embate contra o desânimo e a falta de força.

Para completar, a hortaliça garante energia de sobra para os músculos. O efeito tem relação com uma substância conhecida como nitrato e que no nosso organismo se transforma em óxido nítrico, favorecendo uma melhor utilização do oxigênio pelas células musculares. Trata-se de um grande serviço para os praticantes de atividade física, particularmente.

E, graças aos carotenoides, o alimento é um paladino da saúde ocular. Ao menos três integrantes desse clã de pigmentos aparecem ali. Há o betacaroteno, precursor da vitamina A e que afasta a catarata, e, ainda, a luteína e a zeaxantina,relacionadas ao menor risco de degeneração macular, outra causa importante de cegueira. Sim, Popeye tinha uma baita visão.

UM CONSELHO
Para quem não gosta do sabor in natura, que tem um toque amargo, ou não aprova a textura das folhas, que podem ser difíceis de mastigar, vale incluir o espinafre na receita de cremes, panquecas e massas. Outra sugestão é refogá-lo junto de cebola e alho, numa mistura que é rica em componentes protetores.

 Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Refrigerante zero traz mesmo risco de diabete do que o normal

Refrigerante e diabeteConsumir só 400 ml de bebidas adoçadas, diet ou ou zero por dia dobra o risco de desenvolver diabete.

 

Consumir menos de meio litro de bebidas açucaradas por dia é o suficiente para dobrar o risco de se desenvolver diabete, mostra um estudo publicado pela European Society of Endocrinology. E, ao contrário do que pode parecer, quem opta pelas versões diet ou zero não sai ileso a esse risco.

Os resultados foram obtidos após a análise dos hábitos alimentares de mais de 2 800 pessoas. A pesquisa mostra que a ingestão diária de 400 mililitros (ml) de produtos como refrigerantes ou néctares (refresco que não é composto exclusivamente por suco integral) aumenta em duas vezes o risco de diabete.

As versões adoçadas artificialmente, conhecidas como zero ou diet, apresentaram resultados semelhantes às convencionais. Segundo o estudo, tal relação pode ser explicada, entre outros fatores, por um efeito estimulante ao apetite provocado por elas. Ou seja, o sujeito compensaria a ingestão de uma bebida zero com refeições fartas na sequência.

Além do diabete tipo 2, a pesquisa analisou também uma variedade mais rara da doença, a LADA – que é autoimune, assim como a tipo 1, e geralmente ocorre em adultos. Nos dois casos, constatou-se o risco em dobro como consequência do consumo de duas doses diárias, cada uma de 200 ml.

Também foi analisada a ingestão de mais de um litro das bebidas por dia; nesse caso, o risco de desenvolver diabete tipo 2 chegou a ser dez vezes maior do que entre os que não consomem nenhuma quantidade. Por conta da baixa frequência com que esse hábito foi relatado, o estudo destaca que esse resultado é menos expressivo.

A relação do diabete tipo 2 com as bebidas açucaradas já tem sido evidenciada em trabalhos anteriores. Os riscos em relação à LADA, por outro lado, não são tão evidentes e foram o principal foco do estudo. Segundo os pesquisadores, ainda são necessárias novas investigações para avaliar o elo das bebidas com a LADA e, também, para esclarecer os efeitos das bebidas adoçadas artificialmente.

Fonte: Exame.com

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Vacina para rinite funciona mesmo

Vacina contra riniteEstudo brasileiro comprova que tratar o problema de fundo alérgico com imunizantes faz os sintomas darem trégua por um bom tempo.

Há 30 anos, o otorrinolaringologista Edmir Américo Lourenço, da Faculdade de Medicina de Jundiaí, no interior paulista, deu início à aplicação de vacinas terapêuticas feitas por ele mesmo em indivíduos com rinite alérgica. Chamada de imunoterapia, a técnica surtia efeitos impressionantes. Mas como provar sua eficácia? Em 2005, ele começou a recrutar pacientes e submetê-los a um protocolo-padrão, como mandam as boas práticas da ciência. Dez anos depois, os resultados demonstram o que Lourenço suspeitava: 79% dos voluntários viram as crises de espirro, coriza e coceira sumirem de vez.

Para o estudo, publicado no periódico International Archives of Otorhinolaryngology, o médico selecionou 281 pacientes entre 3 e 69 anos – além de rinite alérgica, alguns sofriam de asma. Primeiro, submeteu essa gente a um teste de pele que identifica a quais componentes o indivíduo é sensível. Foram testados ácaro, fungo, pelo de animais, pólen e penas. A partir dos laudos, o médico elaborou uma vacina para cada paciente. Está aí um conceito-chave da imunoterapia: o tratamento é personalizado, baseado em alérgenos específicos. “A ideia é dessensibilizar o paciente até ele ficar sem sintomas”, explica Lourenço.

Durante 14 meses, os voluntários receberam mais de 30 aplicações da vacina. As primeiras doses continham uma quantidade pequena dos alérgenos. A segunda, uma concentração média; a terceira, mais forte; e a quarta e última dose, extraforte. Os pacientes eram monitorados até 30 minutos após a picada – em caso de reação, os remédios podiam entrar em cena tranquilamente. Logo após as primeiras sessões, os pacientes relataram estar com o nariz desobstruído. Um ganho e tanto para quem vira e mexe se vê com a respiração travada.

Só tem um porém na história: o preço do procedimento. Alguns hospitais públicos até fornecem a imunoterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas a maior oferta se encontra em clínicas particulares. “O tratamento chega a custar entre 6 mil e 12 mil reais por ano”, diz o otorrinolaringologista Olavo Mion, professor da Universidade de São Paulo. Na experiência de Lourenço, as aplicações duraram um ano e dois meses. Mas esse tempo pode se estender até cinco anos.

A imunoterapia que combate a rinite alérgica não é uma técnica nova. Pelo contrário: trata-se de um método centenário. Em 1911, o cientista inglês Leonard Noon (1877-1913) publicou o primeiro artigo defendendo a eficácia das vacinas terapêuticas contra essa condição crônica – hoje, ela afeta quase um terço da população. “Mas desde 1835 havia relatos de que era uma alternativa promissora”, conta o médico José Carlos Perini, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.

Desde então, centenas de pesquisas fortaleceram as evidências de que expor o organismo a microdoses dos alergênicos é uma maneira eficiente de ensinar as próprias defesas a tolerá-los melhor. No final da década de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou até a reconhecer a imunoterapia como único procedimento médico capaz de alterar o curso de uma doença alérgica.

Acontece que ela não é para todo mundo. Médicos costumam prescrevê-la a indivíduos que, durante uma crise, formam anticorpos de uma classe de proteínas batizada de imunoglobulina (famosa pela sigla IgE). Trata-se de uma das manifestações mais comuns da rinite, mas não a única. Além disso, as vacinas dão mais certo em quem é sensível a poucos alérgenos. “E os melhores resultados são contra os ácaros, uma das alergias mais frequentes”, completa Mion, também presidente da Academia Brasileira de Rinologia.

São tantos detalhes que, para ter sucesso no tratamento, o jeito é procurar um alergista com experiência na área – e que faça as aplicações em uma clínica ou hospital com estrutura para atender eventuais reações às doses. “Embora não haja relatos de mortes há mais de 30 anos, a imunoterapia pode ter consequências fatais”, alerta Perini.

Também é bom frisar que falar em sucesso não tem nada a ver com cura – essa ainda não existe. A grande sacada da imunoterapia é deixar o indivíduo livre de crises por bons anos depois do ciclo de injeções. “Os outros tratamentos contra a rinite duram o tempo de ação do medicamento. Se o indivíduo para de tomar, o efeito acaba”, esclarece o médico Edmir Lourenço. “Com a imunoterapia, a proteção se mantém”, assegura.

Ainda assim não dá para relaxar 100%. “Se você tem 3 milhões de anticorpos e vai para uma casa de praia úmida e suja e entra em contato com 5 milhões de ácaros, as crises vão voltar”, ilustra Lourenço. É como entrar em um campo de batalha com milhares de soldados a menos: as perspectivas não são nada favoráveis. Por isso, certos cuidados permanecem imprescindíveis após as vacinas. “Lave sempre o nariz com soro fisiológico, mantenha a casa limpa e evite entrar em contato com o causador da alergia”, exemplifica a imunologista Mariana Jobim, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Quando o receio é a agulha

As picadas frequentes fazem você torcer o nariz para a imunoterapia? Então escuta essa: uma versão sublingual não deve demorar muito para virar realidade. Em um trabalho americano publicado recentemente na revista Allergy & Asthma Proceedings, foram revisados experimentos feitos até hoje com as duas técnicas. E ambas se mostraram eficazes contra a rinite e a asma. “Mas a sublingual só funciona nas pessoas que seguem as prescrições médicas à risca”, observa Mariana. Isso porque o paciente tem que tomar religiosamente as doses no período indicado para desfrutar dos benefícios.

Fora o custo e as agulhas, tem a questão do tempo de acompanhamento: por ser longo, eleva o risco de desistência no meio do caminho. Mas os cientistas também estão pesquisando maneiras de resolver esse entrave. Entre as soluções estão emplastros contendo baixas doses de alérgenos e esquemas com número reduzido de injeções. Como se vê, a centenária imunoterapia ganhará novas roupagens. Sinal de que, atualmente, é a grande aposta para garantir um clima de paz entre o alérgico e seu nariz.

Diagnóstico mais preciso

Além do teste cutâneo que flagra os causadores de alergia e a dosagem do anticorpo IgE, os exames de sangue evoluíram muito nos últimos anos. Um deles, o 3gAllergy, da Siemens Healthineers, faz o diagnóstico em 65 minutos e tem alta sensibilidade para detectar múltiplos alérgenos. “Como seu resultado é quantitativo, serve também para avaliar se o tratamento está dando certo”, destaca Gisela Bozzo, gerente de produto da marca. Outra opção é o ISAC, sigla para Immuno Solid-phase Allergen Chip, que detecta reações contra 112 alérgenos de 51 fontes diferentes. É indicado para pessoas com suspeita de serem sensíveis a muitos fatores ao mesmo tempo.

Qual rinite é a sua?

Existem vários tipos do problema. Descubra qual o seu

Persistente
Dura ao menos de quatro dias a quatro semanas consecutivas. Facilita o desenvolvimento de resfriados, gripes e sinusite. Está mais associada a pelos de animais, ácaros e alimentos.

Intermitente
Manifesta-se por no máximo quatro dias ou menos de quatro semanas seguidas. É conhecida como rinite sazonal, porque costuma estar atrelada à mudança das estações. Por trás das crises geralmente estão mofo e pólen.

Leve
A crise é tão branda que não chega a afetar as atividades diárias ou o sono.

Moderada
Os sintomas começam a incomodar, abalando o repouso e a rotina.

Grave
As crises prejudicam seriamente o descanso e a qualidade de vida.

Os principais alérgenos

– Pólen
– Ácaros
– Fungos
– Pelos de animais
– Penas

Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Abacate: pode comer sem culpa

abacateEle não está entre frutas mais magras. Mas isso definitivamente não é motivo para ignorá-lo. Muito pelo contrário: sua gordura é uma de suas principais virtudes.
  
Eis um alimento que durante anos foi visto com maus olhos por causa do seu conteúdo gorduroso. Só que, de pesquisa em pesquisa, o fruto não só foi absolvido como passou a ser recomendado pelos experts em nutrição. Ele não é magrinho, é verdade. Um dos seus trunfos, porém, está justamente no seu abastecimento de gordura. Isso porque ele é do tipo monoinsaturado. Estudos apontam que, no organismo, esse ácido graxo (o nome de batismo químico das gorduras do cardápio) ajuda a baixar as taxas de LDL, o colesterol ruim, e eleva a concentração de HDL, a fração do bem. Graças a esse equilíbrio, fica menor o risco de placas entupirem as artérias.
O fruto do abacateiro tem outra virtude para o coração: uma substância chamada beta-sitosterol. Ela faz parte de um grupo especial, o dos fitosteróis, cuja estrutura química é semelhante à do colesterol. Ao chegarem lá no intestino, esses compostos são absorvidos no lugar das moléculas que, em excesso, ameaçam os vasos. Para completar, a polpa verdinha é a principal fonte alimentar de glutationa, um antioxidante de primeira. Ele debela os radicais livres sem dó nem piedade, prevenindo danos às células que culminam em várias doenças. Para tirar proveito desse combo, fique à vontade para comer um quarto da fruta, de duas a três vezes por semana.

Um conselho
Se no Brasil o abacate é sinônimo de sobremesa, em países como México e Estados Unidos ele é usado em receitas salgadas. E fica ótimo assim. Para tirar a prova, experimente o tradicional guacamole. É só misturar um abacate amassado com o suco de um limão, um tomate picado (sem pele e sementes), uma colher de sopa de cebola ralada, molho de pimenta e sal.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Suplementos de cálcio ameaçam o coração

Suplementos de cálcio ameaçam o coraçãoNão é de hoje que se fala do elo entre as cápsulas desse mineral e problemas cardíacos. E nova pesquisa reforça o sinal do alerta.
  
A fama do cálcio em fortalecer os ossos é notória – e, diga-se, real. Mas, segundo estudos que têm pipocado por aí, a melhor forma de garantir boas doses do nutriente é por meio da comida. É que as cápsulas, que seduzem pela praticidade, andam em baixa entre os cientistas. Em muitos trabalhos, elas se mostram perigosas para o coração.

A pesquisa mais recente nessa seara foi feita por uma equipe da Johns Hopkins Medicine, nos Estados Unidos, e publicada no Jornal da Associação Americana do Coração. Depois de analisar exames feitos em 10 anos por mais de 2 700 pessoas, os experts concluíram que ingerir o cálcio por meio de suplementos pode elevar o risco de formação de placas nas artérias e, portanto, culminar em danos ao coração. Em material divulgado pela instituição, eles frisam que essa relação não foi observada quando o nutriente entrava no corpo por meio dos alimentos — vale lembrar que leite e derivados são os grandes fornecedores de cálcio na dieta.

Apesar de os cientistas ressaltarem que o trabalho apenas registra uma associação entre o uso dessas cápsulas e maior risco de aterosclerose (ou seja, não chega a cravar uma relação de causa e efeito), eles afirmam que um número cada vez maior de evidências aponta para o potencial perigo desses produtos. Por isso, pedem que as pessoas consultem um médico antes de investir nas cápsulas — como se sabe, elas podem ser compradas sem prescrição em farmácias. 

Os motivos por trás da desconfiança

Segundo o coautor do trabalho, o nutricionista John Anderson, professor da americana UNC Gillings School of Global Public Heatlh, estudos anteriores haviam demonstrado que, especialmente em pessoas mais velhas, o cálcio dos suplementos não chega completamente até o esqueleto nem é eliminado pela urina. “Então, ele provavelmente estava se acumulando nos tecidos moles do corpo”, raciocinou o especialista. Os cientistas também já sabiam que, à medida que envelhecemos, as placas à base de cálcio tendem a se acumular na aorta e em outras artérias, impedindo o fluxo sanguíneo — o que aumenta o risco de um evento cardíaco. 

O cálcio não pode sobrar, mas também não é para faltar

Dentro das quantidades indicadas (em geral, 1 000 miligramas por dia para adultos), o cálcio continua imprescindível para o organismo. Além de proteger o esqueleto, ele tem se mostrado essencial à musculatura, à transmissão de impulsos nervosos e até à perda de peso. O grande problema dos suplementos é que eles fornecem uma quantidade exagerada da substância — e de uma tacada só. Por meio da dieta, no entanto, o mineral é absorvido de maneira mais fracionada. Fora que os alimentos ofertam tantos outros nutrientes.

Onde encontrar o bendito cálcio

Um copo de 200 mililitros de leite oferta 250 miligramas, o que equivale a ¼ das recomendações diárias. Se quiser apostar no queijo minas, 100 gramas têm 685 miligramas do mineral. Outros derivados do leite, como o iogurte, são igualmente bem-vindos. Brócolis, espinafre e cereais também contêm doses apreciáveis. 
 
Fonte: Revista saúde

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Inclua os alimentos integrais no dia a dia

alimentos integrais



Como podemos definir os alimentos integrais?

Os alimentos integrais, por definição, contêm todos os seus elementos: a casca ou camada externa, parte interna, sementes, etc., dependendo de sua categoria botânica dentro dos vegetais (frutas e hortaliças) e dos cereais.

Atenção especial é dada hoje à necessidade do consumo de cereais integrais. Os especialistas em nutrição sugerem que devemos consumir pelo menos três porções de alimentos contendo cereais integrais por dia. As Diretrizes Dietéticas dos EUA (US Dietary Guidelines), que são baseadas nas informações médicas e científicas mais recentes, recomendam o consumo de três ou mais porções de alimentos contendo cereais integrais por dia, e que a metade de nossa ingestão diária deve ser de cereais integrais.

Quando os cereais são refinados, o farelo e o gérmen são removidos, deixando só o endosperma.

A maior parte do valor nutricional do cereal se perde porque, das três camadas, o farelo e o gérmen têm a maior concentração de nutrientes.

Como o nome sugere, cereais integrais contêm todos os elementos do cereal. Veja abaixo.

A camada externa, rica em fibra: o farelo

A camada externa do cereal tem quantidades concentradas de vários nutrientes:
Fibras
Vitaminas B
Minerais
Proteínas
Fitonutrientes (substâncias encontradas naturalmente nas plantas que fazem bem para a saúde)

A parte intermediária, rica em carboidratos: o endosperma

A camada intermediária (e maior) serve como o principal depósito de energia da planta. Ela contém:
Carboidratos
Proteínas
Pequenas quantidades de vitaminas B

A parte interna, rica em nutrientes, minerais e vitaminas: o gérmen

Embora seja a menor parte do cereal, o gérmen é rico em nutrientes. O gérmen se transforma em uma nova planta e, portanto, contém ricas reservas de importantes nutrientes:
Minerais
Vitaminas B
Vitamina E
Fitonutrientes (substâncias encontradas naturalmente nas plantas que fazem bem para a saúde)

Em que o consumo de alimentos integrais pode beneficiar a saúde?

Algumas pessoas se confundem, pensando que os cereais integrais são apenas uma boa fonte de fibra. Os cereais integrais fornecem muitos outros benefícios. Cada parte do cereal integral contém seus próprios tesouros nutricionais, mas é a combinação de todas as partes que traz esses benefícios.

O cereal integral é fundamental como fonte de fibras porque alguns estudos têm demonstrado que 85% da população brasileira apresenta uma deficiência muito grande no consumo da quantidade recomendada. Mas, além das fibras, os cereais integrais contêm vitaminas, minerais e fitonutrientes que foram extraídos no processo de refino. Podemos dizer que alimentos contendo cereais integrais são como um quebra-cabeça. Cada pedaço isolado do cereal, ou quebra-cabeça, é um nutriente diferente com um importante benefício para a saúde. Porém, é só quando junta-se todos os pedaços que se obtém o pacote nutricional completo e, portanto, o quebra-cabeça completo dos benefícios para a saúde.

Cereais integrais cuidam do coração, podem ajudar a manter níveis saudáveis de açúcar no sangue, ajudam a controlar o peso corpóreo e promovem a saúde digestiva.

Com a grande variedade de cereais disponíveis, pode-se ficar surpreso em ver como é fácil consumir várias porções de alimentos contendo cereais integrais por dia. Por exemplo:

O modo mais fácil de ingerir os cereais integrais necessários é através de um cereal matinal integral, porque todos eles contêm no mínimo 50% de flocos de aveia,

Trocar pão branco por pão integral,

Experimentar um pão árabe integral, um bolinho integral ou pão preto integral (confira o rótulo para ter certeza de que é feito com farinha de centeio integral),

Prefira arroz integral ou massa (de macarrão) integral,

Consuma barras de cereais (confira se tem maior quantidade de aveia ou outros cereais integrais).

Faça experiências com cereais integrais para desenvolver novas e gostosas receitas:

Acrescente trigo-mouro a sopas para obter um sabor de nozes,
Experimente tabule, um popular prato feito com trigo-mouro,
Use cevadinha como um gostoso ingrediente em cozidos e refogados,
Acrescente aveias a receitas de biscoito e coberturas,
Experimente substituir parte da farinha branca por farinha integral.

Qual alimento é o maior representante dos integrais?

São os cereais. Sobre os demais vegetais (frutas e hortaliças) não existem históricos ou estudos epidemiológicos quanto ao consumo de algumas cascas ou folhas e, por esse motivo, não é possível afirmar sobre a segurança alimentar. Além do mais é preciso estudar caso a caso, devido à grande variedade de vegetais.

Quanto aos cereais ocorreu o processo inverso, porque o costume de refino (separação do farelo e gérmen) de cereais para obtenção das farinhas brancas ou do arroz branco veio depois e nós perdemos a qualidade nutricional dos cereais, que, além de serem a base de nossa alimentação, são a nossa principal fonte de fibras.

Dificilmente conseguiremos suprir essa deficiência no consumo de fibras sem suplementar nossa alimentação ou voltar a consumir os cereais integrais, pois temos mais que dobrar as quantidades médias diárias hoje consumidas. Exemplo:

1 barra de cereal / 25 g tem 4,9 g de fibras

Para consumir essa mesma quantidade de fibras através dos vegetais, precisaríamos consumir uma quantidade extraordinariamente maior desses vegetais. Como exemplo, para equivaler a 4,9 g de fibras precisamos de:

845 g de alface-americana
410 g de tomate
175 g de brócolis cozido por 10 minutos
250 g de couve-flor cozida por 10 minutos
201 g de mamão

Uma maneira de aumentar o consumo é escolher alimentos que listem um dos seguintes ingredientes próximo do começo da relação de ingredientes no rótulo:

trigo integral
arroz integral
farinha de aveia
aveia em flocos
milho integral
trigo-mouro (trigo-sarraceno)
centeio integral
cevadinha

Há pessoas que confundem os alimentos integrais com os orgânicos. Isso é verdade? Por que acontece?

São dois conceitos diferentes. Os alimentos integrais são aqueles consumidos ou preparados sem nenhum descarte ou retirada das suas partes. Os alimentos orgânicos são cultivados sem a utilização de defensivos ou agrotóxicos agrícolas.

Qual é a quantidade certa de alimentos integrais que podemos consumir diariamente? Por quê?

A recomendação mínima de consumo é que das 6 porções diárias de cereais recomendas, pelo menos, 3 dessas porções sejam de cereais integrais. E se essas 6 porções forem de cereais integrais, é ainda melhor!

A ingestão das três porções recomendadas de cereais integrais por dia fica fácil seguindo a lista abaixo para saber o quanto é uma porção:

2 colheres de sopa cheias de arroz integral cozido
3 colheres de sopa cheias de massa (de macarrão) de trigo integral
2 biscoitos grandes ou 3 colheres de sopa de cereal matinal integral
2 - 3 xícaras de pipoca
3 - 4 bolinhos de arroz ou centeio integral
1 fatia média de pão integral
½ pão árabe integral

Fonte: Idmed Saúde