terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

5 dicas para escolher o modelo perfeito de escova

5 dicas para escolher o modelo perfeito de escovaAprenda no que prestar atenção para comprar uma boa escova de dentes — não adianta só olhar preço e design, não.
 
 
É uma diversidade que deixa a gente até perdido. Seja na farmácia, seja no supermercado, temos à disposição um mundo de modelos, cores, tamanhos, preços, tecnologias e slogans. Mas não vá escolher pela aparência, pela promoção ou, ainda, pelo binômio “bonito e barato”. Para conseguir uma limpeza bucal digna de comercial de TV e não deixar a escova prestar um desserviço aos dentes, algumas características precisam ser consideradas. Confira:

1. Formato da cabeça

Quanto mais delicada for a escova, melhor. Uma cabeça muito grande dificulta a limpeza da região posterior da boca, principalmente os dentes do fundão. Opte pelas versões menores e ovaladas.

2. Limpador de língua

Ainda não há consenso se esse extra é efetivo. Com ou sem, o importante é limpar a língua — mesmo que seja com as cerdas. E aqui você pode aplicar um pouco mais de força para varrer os restos de comida.

3. Maciez das cerdas

Como é comum pesar a mão na escovação, os acessórios com cerdas duras e médias são contraindicados — já que aumentam o risco de desgaste do esmalte e a retração da gengiva. Prefira as versões macias ou extramacias.

4. Número de cerdas

Elas são agrupadas em tufos, distribuídos por três ou quatro fileiras na cabeça da escova. Embora não haja recomendações formais, os dentistas dizem que um maior número de cerdas é vantajoso à limpeza dos dentes.

5. Tipo de cabo

Para garantir maior segurança na escovação, dê prioridade aos modelos com cabo emborrachado e design mais liso. Ranhuras propiciam o acúmulo de sujeira — uma festa para fungos e bactérias.
 
 
Fonte: Revista saúde
 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Sala barulhenta engorda?




Sala barulhenta, refeições engordativas
Não é só a TV que atrapalha a alimentação em casa. Sons altos e repetitivos, como os de um aspirador, também interferem no prato da família


Em um estudo recente da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, pesquisadores gravaram o comportamento de 60 famílias durante uma refeição. Só que metade teve de escutar o ruído de um aspirador de pó entre uma garfada e outra. O resultado? Os pais dessa turma ingeriram mais cookies, refrigerantes diet e cenouras. Ou seja, provavelmente por estarem distraídos, eles abusaram de quase tudo.
Curiosamente, a barulheira não influenciou as atitudes das crianças — mas os cientistas notaram que elas receberam menos atenção dos parentes. “É uma situação ruim, uma vez que essa interação está associada a uma alimentação mais saudável”, analisa a psicóloga Barbara Fiese, autora do artigo. Ela sugere que o café da manhã, o almoço e o jantar sejam sempre realizados em um ambiente tranquilo para que todos possam conversar sem distrações. Nada de televisão ou qualquer outra fonte de som que irrite ou tire a concentração à mesa.

Vantagens para os jovens

Barbara ressalta que comer numa boa — e com os familiares — é um hábito capaz até de reduzir os índices de transtornos alimentares na adolescência. E ele ainda contribui para um melhor comportamento na escola, já que, em uma mesa tranquila, todos aprendem a se ouvir.

Fonte: Revista saúde

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Cientistas acham zika ativo na saliva

Fiocruz anuncia que detectou a forma ativa do vírus na boca. E isso abre as portas para a possibilidade de ele se espalhar por meio de espirros, beijos e afins

Zika na saliva


A Fundação Oswaldo Cruz acaba de anunciar que concluiu, em conjunto com outras instituições brasileiras, uma pesquisa que mostra, pela primeira vez, o potencial do vírus zika se replicar na saliva de seus portadores. A novidade chama atenção, uma vez que talvez - e só talvez, como falaremos mais pra frente -, esse agente infeccioso seja capaz de se espalhar através de beijos, espirros, compartilhamento de copos e por aí vai. 

A notícia é séria e, sim, preocupante. Mas sem alarmismo. Segundo os pesquisadores, ainda não se sabe se o zika conseguiria, uma vez expelido pela saliva e dentro do corpo de outra pessoa, provocar todas suas repercussões clássicas. Não se sabe, por exemplo, se ele sobreviveria em um ambiente ácido como o estômago, se conseguiria entrar nas vias aéreas e mesmo se teria capacidade de, por meio de um machucado na boca, cair diretamente na corrente sanguínea e começar a provocar estragos.

De qualquer modo, o presidente da Fundação Oswaldo Cruz, Paulo Gadelha, recomenda algumas medidas preventivas às gestantes. Entre elas estão evitar grandes aglomerações (lembre-se que estamos às vésperas do Carnaval) e não beijar, compartilhar copos ou ficar próximo de pessoas com sintomas do zika. Para quem não sabe, estamos falando de prurido, manchas vermelhas pelo corpo, febre baixa, enjoo.

Os cientistas ainda ressaltam que o potencial da transmissão aérea não foi avaliado. O que isso quer dizer? Ora, mesmo se for comprovado que o zika infecta as pessoas através da saliva, não sabemos se essa via de transmissão é comum ou, digamos, potente. Talvez a possibilidade de um sujeito sofrer com zika por causa desse tipo de transmissão seja raríssimo. 

Atualmente, os especialistas seguem reforçando a importância de manter os cuidados com o Aedes Aegypti. A transmissão por meio desse mosquito é mais do que certa e demanda cuidados como eliminar reservatórios de água parada em todas as casa. 

Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Você está comendo veneno

Os agrotóxicos estão nos vegetais, na água e até nos alimentos industrializados. Só que tamanha oferta é capaz de destrambelhar o organismo. E agora, como se defender?

Você está comendo veneno 

À primeira vista, o título desta reportagem soa um tanto quanto alarmista. Mas se estima que, em média, cada brasileiro ingere 5,2 litros de pesticidas por ano. Em algumas cidades dominadas pelo agronegócio, como Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, um habitante chega a botar pra dentro do organismo incríveis 120 litros de agrotóxicos. É bem preocupante. Ainda mais se levarmos em conta que, nos últimos anos, uma série de problemas de saúde é atribuída à exposição a esses produtos.

Para citar um exemplo, recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou o composto glifosato como “provavelmente cancerígeno”. “Ele faz parte da composição de 40% dos agrotóxicos usados no Brasil”, conta o médico Wanderlei Pignati, pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso. De olho em alertas como esse, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou um documento em que sugere a redução do uso desses produtos químicos com o objetivo de reduzir a incidência e a mortalidade por câncer no Brasil.

O assunto, como dá para imaginar, rende pano para manga. É que muitos estudos, por mais corretos que sejam, são feitos em culturas de células ou em animais. E, para ter 100% de certeza de que os pesticidas causam câncer, seria preciso recrutar um montão de gente, analisar os níveis de agrotóxicos ingeridos e, aí, acompanhar a saúde de todo mundo por vários anos. “Esse tipo de pesquisa é difícil e cara”, pondera a bióloga Gláucia Hajj, do Laboratório de Biologia Celular e Molecular do Centro Internacional de Pesquisa do A.C.Camargo Cancer Center, na capital paulista. “Mas existem indícios que nos levam a suspeitar da influência de alguns desses compostos no surgimento do câncer”, afirma.

Não é difícil entender por que é tão arriscado ter agrotóxicos dentro do corpo. “Esses produtos têm o objetivo de matar seres que ameaçam a plantação, como fungos e insetos. Ou seja, são criados para destruir elementos vivos”, argumenta o cirurgião oncológico Samuel Aguiar Júnior, diretor do Departamento de Tumores Colorretais do A.C.Camargo. Depois de engolidos, cada um age de um jeito. Mas, em geral, as substâncias associadas a um maior risco de câncer causam danos à estrutura do nosso DNA. Esse é o primeiro passo para as células se multiplicarem de forma desordenada, propiciando a formação de um tumor.

Ainda que não seja possível cravar uma relação direta entre agrotóxicos e câncer, há motivo suficiente para ficar com a pulga atrás da orelha. Na região agrícola de Limoeiro do Norte, no Ceará, pesquisadores identificaram que a taxa de mortalidade por câncer é 38% maior do que nos municípios em que não há abuso nos agrotóxicos. Não é só: o índice de internações por aborto também se mostrou 40% mais elevado em Limoeiro e adjacências.

Hoje, temos registrados mais de 400 ingredientes ativos de agrotóxicos. Acontece que só pouco mais da metade é avaliada no Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. O famoso glifosato, pasme, não passa por esse pente-fino. Mesmo assim, esses estudos mostram uma ampla contaminação da comida. “E olha que nem todos os alimentos são apurados”, observa o engenheiro agrônomo Altino Bomfim, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Adianta lavar? 
 
Lamentamos informar: infelizmente, não há provas de que deixar o alimento de molho e lavar bem em seguida acabe com os agrotóxicos. “Veneno não se tira dentro de casa, embaixo da pia”, afirma a nutricionista Elaine de Azevedo. É que os pesticidas são manipulados desde a fase em que a planta é uma semente. Ou seja, eles não impregnam apenas na casca: concentram-se também na polpa. Portanto, nem adianta dar um superbanho ou descascá-los sempre — até porque essa parte do alimento concentra fibras, vitaminas e minerais. Mas cabe um aviso: consumir os vegetais convencionais ainda é melhor do que riscá-los da dieta. “A recomendação ainda é aumentar o consumo de frutas e verduras”, frisa o cirurgião oncológico Samuel Aguiar Júnior. Se der para aumentar a proporção de orgânicos na cozinha, melhor! Só não se esqueça de que eles precisam passar por higienização. “A terra é rica em micro-organismos que não devem ir para o prato”, avisa Elaine.


Fonte: Revista saúde