terça-feira, 28 de junho de 2016

Saiba como prevenir os problemas bucais mais comuns na terceira idade

idosa-sorrindoA expectativa de vida nos países desenvolvidos e em desenvolvimento aumentou, as pessoas estão vivendo cada vez mais e, por conta disso, uma área da odontologia tem crescido também: a odontogeriatria, que cuida especificamente da saúde bucal da terceira idade.
O especialista em odontogeriatria Dr. Fernando Montenegro explica que a boca faz parte do corpo humano e que todos os sistemas são interdependentes. Se a pessoa tem um problema bucal, isso pode refletir em todo o organismo, por isso a saúde bucal é muito importante. 


"A inter-relação de problemas bucais com doenças cardiovasculares, com diabetes, com pneumonia aspirativa, com problemas estomacais é cada dia mais discutida na literatura científica e comprovada na prática clínica com pacientes mais velhos, ainda mais quando estes se encontram acamados ou em UTIs".

Além da questão da saúde do organismo, tem também a relação com a autoestima. "Ter dentes em bom estado, ou então usar próteses adequadamente adaptadas, garante que a pessoa possa mastigar os alimentos com os melhores nutrientes, além de ter uma boa aparência, o que vai mantê-la na sociedade".

Problemas mais comuns

Ele explica que a doença bucal mais comum na terceira idade é a periodontite, um problema de inflamação gengival que se agrava e leva à perda do osso de suporte dos dentes, deixando-os amolecidos. Mas é importante salientar que ela NÃO é característica do envelhecimento, e sim decorrente de um cuidado inadequado com os dentes por toda a vida, porque as pessoas não seguem adequadamente os cuidados preventivos, citados abaixo.
Outra afecção comum nos idosos são as cáries, especialmente as de raiz. "Nesses casos, o uso diário do flúor ajudaria e muito na prevenção, somado ainda à escovação e uso de fio dental".

O mau hálito, ainda que tenha muitas outras origens extrabucais, está intimamente ligado à não limpeza da parte posterior da língua com limpadores de língua plásticos e a uma não limpeza cuidadosa das próteses, mesmo totais, que o idoso use, por isso a higiene se faz fundamental.

Mas todasas doenças acima e ainda a candidíase bucal são em muito aumentadas quando a pessoa tem uma diminuição do fluxo salivar (chamada xerostomia), que é causada pelo efeito colateral bucal de cerca de 60% dos remédios que o idoso ingere normalmente. Conhecida por "boca seca", além de aumentar as cáries, doença periodontal, saburra na língua e mau hálito, impede uma mastigação adequada dos alimentos, o que obriga a pessoa a mudar a consistência de sua dieta, que vai causar problemas digestivos. Ele explica: suas próteses totais superiores caem com facilidade e aí eliminam as fibras da dieta, prejudicando a absorção de bons nutrientes e prejudicando o trânsito estomacal, com aumento da constipação intestinal, um problema muito comum nos idosos com esta patologia. A pessoa perde a percepção de gosto dos alimentos e aí coloca mais açúcar e mais sal no que come, influenciando no controle da diabetes e da pressão arterial. Formam-se mais colônias de bactérias na boca, que, além de permitirem maior chance de contaminação pulmonar (e pneumonia), acabam, via gengivas inflamadas, entrando na corrente sanguínea e atingindo órgãos vitais como o coração e todo o sistema circulatório. Por isso, a xerostomia é a mais devastadora das doenças bucais, mas seu tratamento é multidisciplinar, pois exige mudança/diminuição nas medicações, que só podem ser receitadas pelos médicos.
"Além disso, ainda existem as interferências periodontais de uma diabetes mal controlada, uma hipertensão que dificulta certos trabalhos odontológicos, estados anêmicos gerais que ajudam a causar traumas nos tecidos bucais e depressões do sistema imunológico do idoso, que, somados à xerostomia, causam um aumento exagerado do número de bactérias na boca".

Como se vê, não se pode separar saúde bucal da saúde geral do indivíduo, nem considerar que problemas sistêmicos (de todo o organismo da pessoa) não tenham repercussões bucais de média e alta significância.

E quais os meios preventivos para chegar à velhice com boa saúde bucal?

- Ir ao dentista a cada seis meses.
- Evitar alimentos que causem cárie.
- Usar corretamente a escova de dentes, a cada refeição.
- Usar o fio dental com muita calma e, principalmente, uma vez ao dia.
- No caso da pessoa usar próteses, visitar o dentista frequentemente para verificar se as próteses e os implantes estão funcionando bem, especialmente nas duas primeiras próteses, onde uma perda de adaptação nas bases acaba levando a uma reabsorção óssea que cada vez mais dificulta seu uso.
- Limpar a língua com um limpador de língua plástico.
- Não existem cremes dentais ou bochechos "milagrosos". Só existe o real remover de restos dos alimentos em cada canto de sua boca e dentes.
- Usar flúor.

"Vale salientar que tudo em relação à saúde bucal diz respeito à prevenção. Às vezes a pessoa opta por retardar um tratamento de canal ou periodontal, por exemplo, mas isso só faz com que a chance de perder aqueles dentes seja bem maior que antes.

Fonte: Idmed

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Gravidez psicológica: um problema sério

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A gravidez psicológica, também conhecida como pseudogestação ou pseudociese, é um quadro no qual a mulher apresenta os mesmos sintomas da gravidez.
 
Embora não se apresente gestante. Para agravar a situação, ela começa a apresentar sintomas como a ausência de menstruação, enjoos, crescimento da barriga, escurecimento dos mamilos, crescimento dos seios e produção de leite. Embora tenha uma incidência baixa (uma para cada 20 mil gestações), este é um problema grave que deve ser tratado com seriedade.

O que é a gravidez psicológica? Como ela se desenvolve?
A palavra pseudociese foi cunhada a partir de duas palavras gregas: “pseudo”, falsa, e “kyesis”, gravidez. Trata-se, portanto, de uma aparente gestação, com sintomas diversos da gravidez, mas sem feto. É um fenômeno bem raro, ocorrendo em uma para cada 20 mil gestações. A ausência das regras (menstruações) pode ser explicada por mecanismos neuroendócrinos, acionados nas situações de estresse e depressão. O denominado eixo hipotálamo-hipófise-ovário interage e pode funcionar anormalmente em situações de estresse psicológico. A distensão abdominal decorrente do acúmulo de gases intestinais simula o ventre gravídico.

Existem pré-condições para que uma mulher desenvolva a gravidez psicológica?
Um perfil típico para a mulher que desenvolve pseudociese não existe. Mas autores consideram que os conflitos entre “ser ou não mãe” estão na base do problema. Mas ganhos secundários com a “falsa” gestação e necessidade de punição por sentimentos de culpa podem estar implicados. Para outros autores é necessário afastar componentes psicóticos, já que a gestação é uma alucinação. Penso que cada caso deve ser avaliado em termos da história da mulher, do casal, dos filhos já existentes, etc.
Quais são os sintomas da gravidez psicológica? Como o corpo da mulher se altera?
Os sintomas variam entre os casos. Os mais comuns incluem sensação de movimento fetal, aumento do ventre (distensão abdominal), enjoo, mudanças da mama e em alguns casos até dores de parto.

Como é feito o diagnóstico da gravidez psicológica?
Em geral, um simples teste hormonal de gravidez negativo afasta o diagnóstico. Por sua vez, o exame de ultrassom não deixa dúvidas quanto à ausência de gravidez. Curioso que o exame clínico inicial, nas primeiras semanas de gravidez, pode deixar o profissional na dúvida. Com a evolução da gravidez, no entanto, torna-se claro que é uma pseudociese.

Existe algum dano que a gravidez psicológica possa causar no organismo?
Não. O maior dano é para a mulher e seu entorno social. Trata-se de um grande drama familiar, com repercussões para todos os envolvidos.
Como é o tratamento?
O grande problema é a comunicação do fato à mulher e aos familiares. Não existe um tratamento formal, já que a alteração hormonal que leva à amenorreia (falta de regras) pode ser tratada posteriormente, dependendo do caso, e não é um grande problema em si. Já a confirmação da pseudociese é muito traumática. Ela pode ter atitudes extremas, tais como considerar o médico louco ou se considerar louca, ficar muito deprimida, ansiosa, etc., etc. Neste momento vale a pena contar com ajuda de psicólogo/psicoterapeuta e de familiares mais próximos.

Como a família deve se portar no apoio a uma mulher diagnosticada com gravidez psicológica?
Penso que a inclusão da família é fundamental, já que a expectativa frustrada de gravidez atinge a todos. A reação dos familiares é que pode variar. E, neste caso, cabe discernir quem está mais tranquilo e tem condições de apoiar a mulher. Já presenciei um caso em que ambos, marido e mulher, custaram a acreditar no diagnóstico médico de pseudociese. Às vezes, a psicoterapia pode ser oferecida aos familiares também.
Fonte: Idmed

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Temperaturas baixas agravam efeitos do cigarro

O inverno é associado a um maior número de internações por doença pulmonar obstrutiva crônica, uma consequência comum do tabagismo.
Temperaturas baixas agravam efeitos do cigarroA doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) — uma mistura de bronquite e enfisema pulmonar — é, na grande maioria das vezes, provocada pelo tabagismo. Mas sabia que ela costuma se manifestar com maior intensidade no inverno?

Pois é: em uma coletiva promovida pela farmacêutica GSK, o pneumologista Oliver Nascimento, da Universidade Federal de São Paulo, destacou que as temperaturas mais frias aumentam consideravelmente o número de crises da doença (esses surtos são chamados de exacerbações). Nesses momentos, o paciente fica com muita falta de ar, sente os pulmões pressionados e mal consegue se mover.

 
O que uma coisa tem a ver com a outra? Em primeiro lugar, as baixas temperaturas estão associadas a maiores índices de poluição. “Como as vias aéreas das vítimas dessa doença são sensíveis, podem entrar em colapso ao inalar poluentes atmosféricos”, diz Nascimento. Além disso, a maior incidência de infecções respiratórias e o próprio frio contribuem para o travamento dos pulmões.

Se você ainda duvida disso, fique sabendo que as regiões Sudeste e Sul do Brasil — as com inverno mais marcado por temperaturas baixas — apresentam um pico de internações por DPOC durante esses meses. Já as áreas do país em que o calor reina o ano inteiro têm taxas de hospitalização menores e mais homogêneas ao longo das estações.

Estima-se que 7,6 milhões de brasileiros sofrem com a DPOC. Pra piorar, 88% não sabem que possuem o problema — muitos fumantes, por exemplo, acham que tosse e falta de ar são consequências comuns do tabaco. É necessário reforçar o diagnóstico da enfermidade e tratá-la quanto antes para evitar uma grande perda na qualidade de vida.

 Fonte: Revista saúde

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Perigo no bicho de pelúcia

Perigo no bicho de pelúciaEssa fofura parece inofensiva, mas é um dos maiores esconderijos de ácaros, capazes de abalar a saúde respiratória da criançada.
 
Ursinhos de pelúcia são tão perigosos quanto o ditador alemão Adolf Hitler. Loucura? Pois uma campanha norueguesa fez a comparação para alertar sobre os ataques alérgicos que esses brinquedos podem causar nos pequenos. Apesar de agressiva, a ação publicitária tem motivo de ser. Segundo Renata Rocco, alergista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, os peludos acumulam pó e ácaros. Esses micro-organismos são os principais deflagradores de crises de asma e bronquite.
 
"Mas eles prejudicam as crianças que têm uma predisposição genética para quadros alérgicos", esclarece a médica. Nesses casos, é bom não deixar a garotada arrastar o brinquedo pela casa e higienizá-lo vez por outra. "Isso evita o acúmulo de mais pó, o que só irá agravar as crises", avisa.
 

Não precisa dar adeus ao ursinho

Basta submetê-lo a um passo a passo de higiene periodicamente

Lave na máquina
Dê um banho no brinquedo uma vez por semana com sabão neutro. Para secar, pendure em local arejado.

Bote no congelador
Uma boa maneira de eliminar os ácaros é colocar o brinquedo em uma sacola plástica e resfriá-lo.

Exponha ao sol
Ele mata os ácaros. Mas atenção: suas carapaças, que também causam ataques alérgicos, permanecem ali.

Fonte: Revista saúde