terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Zika pode provocar infertilidade em homens, segundo estudo brasileiro

zika causa infertilidadeUm trabalho encontrou alterações no esperma de homens infectados com esse vírus - e sugere que esse estrago seria duradouro


Um novo estudo brasileiro sugere que a infecção pelo vírus zika também traz complicações para os homens. Segundo a pesquisa, liderada pela infectologista Vivian Avelino-Silva, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), essa infecção pode causar infertilidade.
Quatorze homens infectados pelo vírus em 2016 participaram da pesquisa. Cinco fizeram o exame de espermograma e, em quatro, os resultados ficaram fora dos parâmetros de normalidade estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Isso sugere que pode existir um efeito de infecção por zika que a gente ainda não conhecia, que é uma alteração prolongada, talvez até permanente, de infertilidade entre os homens”, disse Vivian, em entrevista à Agência Brasil.
No entanto, o estudo deve ser visto com cautela, porque ainda não é conclusivo. A cientista destacou que o número de voluntários era pequeno e que a equipe não tinha exames desses cinco homens antes da infecção para comprovar que a alteração foi feita pelo zika.
“Mas já existem estudos em animais que sugerem resultados semelhantes. Achamos que o trabalho é importante para que seja feito um estudo com um número maior de homens”, ressaltou a médica.
Fonte: Revista saúde

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Quais são as complicações do chikungunya?

chikungunya deixa sequelasDoença transmitida pelo Aedes, a febre chikungunya pode causar dores nas articulações e outras sequelas por meses e até anos. Descubra como tratar.


Além de febre e mal-estar, o vírus chikungunya pode provocar complicações no longo prazo, como inflamações nas articulações, que causam dores fortes, inchaço e limitação de movimento. São sintomas parecidos com os da artrite reumatoide. Casos mais raros de problemas neurológicos, a exemplo da Síndrome de Guillain Barré, foram reportados.

As três fases do chikungunya

A reumatologista Cláudia Marques, professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), explica que a infecção por esse vírus (CHIKV) tem três estágios possíveis. “Primeiramente, há o momento agudo, que dura 14 dias. Nesse momento, o paciente sente febre e dores articulares e surgem manchas no corpo”, introduz. “Passada a fase aguda, ele entra na subaguda, que se prolonga por três meses, e depois a crônica”, complementa.
Segundo a especialista, 30% dos pacientes que adoecem evoluem para o quadro crônico, com sintomas sem prazo para acabar – falaremos dessas consequências na sequência.
Existem fatores que contribuem para as complicações duradouras: idade avançada, ser mulher, sentir as articulações doerem muito na fase aguda da infecção e já possuir certas enfermidades, como diabetes e artrite reumatoide.
Contar com níveis elevados de sorologia para o vírus (uma alta concentração dele no sangue, o que é medido em exames) é outro ponto que aumenta o risco de sequelas no longo prazo.

Quais os sintomas da fase crônica do chikungunya?

Uma das preocupações com o chikungunya envolve justamente os estragos alongados que ele eventualmente ocasiona. Diferentemente da dengue, que não deixa sequelas duradouras, esse vírus transmitido pelo pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus tem potencial para gerar uma inflamação persistente nas articulações, principalmente nas mãos e nos pés. Acredita-se que ele conseguiria se esconder dentro dessas estruturas
“A dor tende a melhorar ao longo do tempo, mas há um grupo na qual o chikungunya evolui como se fosse uma doença inflamatória. De 5 a 10% dos pacientes terão um quadro persistente, similar a uma artrite reumatóide”, relata Cláudia.
Embora a dor articular seja a complicação crônica mais frequente, ela não é a única. Há a possibilidade de o vírus desencadear problemas neurológicos, como Parkinson e síndrome de Guillain Barré, e até mesmo depressão.

Como funciona o tratamento

Independentemente do estágio em que a febre chikungunya se encontra, existe tratamento para as dores articulares. Os pacientes que não desenvolvem a versão inflamatória da doença são tratados com analgésico, fisioterapia e atividade física. O objetivo é amenizar a dor, a rigidez e a dificuldade em movimentar as articulações.
“Já no grupo com esse processo inflamatório contínuo, usamos medicamento para artrite reumatóide, como corticóide oral ou eventualmente injetável, entre outros”, conclui a reumatologista.
Como os estudos com essa enfermidade ainda são recentes, restam dúvidas sobre como tratá-la. O ideal é, em caso de uma infecção comprovada, conversar com um médico especialista quanto antes.

Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Veja 30 dicas de saúde para mulheres

Ter a saúde em dia é questão de criar e manter hábitos simples que incluem alimentação saudável, monitoramento constante das condições gerais e um estado mental positivo. A boa notícia é que nem tudo se resume à restrição ou vigilância e ingerir algumas doses de bebidas alcoólicas e também comer chocolate fazem parte dessa rotina. Pensando exclusivamente na saúde feminina, a revista norte-americana Health elaborou um plano com 30 dicas - para colocar em prática ou refletir durante todos os dias do mês, que irão ajudar a prevenir doenças. Confira:

Resultado de imagem para Veja 30 dicas de saúde para mulheres

1. Fazer um teste de colesterol: a maioria das mulheres se preocupa muito com o câncer de mama, mas na verdade, a doença cardíaca é o assassino número um das mulheres. Faça um teste de colesterol para saber se você está em risco.
2. Manter atitude positiva: estudos comprovaram que pessoas que mantêm atitudes positivas produzem maior quantidade de anticorpos contra a gripe. Outro estudo mostrou que pessoas que vivem em estado radiante fabricam mais anticorpos em resposta à vacinação. Os pesquisadores não são claros sobre a conexão, mas sabem que o cérebro se comunica com o sistema imunológico e vice-versa.
3. Ingerir cálcio: muitas pessoas não consomem a quantidade suficiente de cálcio, que ajuda a prevenir a osteoporose, por meio da dieta. Mulheres com idades entre 19 e 50 anos devem ingerir 1000 miligramas ou comer de 3 a 4 porções de alimentos ricos no mineral (tomado com vitamina D para a absorção) por dia.
4. Exercícios físicos para melhorar o humor: as atividades físicas trazem uma série de benefícios para a saúde e podem reduzir o risco de doenças cardíacas, artrite e outras. Mas a melhor notícia é que ela pode melhorar o humor. Um estudo descobriu que, para pessoas deprimidas, o exercício foi tão eficaz quanto a medicação antidepressiva.
5. Relacionamento: ter uma boa rede de amigos e familiares está associado a maior longevidade, enquanto a solidão está associada a riscos de doenças cardíacas.
6. Cheque sua vida sexual: é bom checar sua vida sexual. Verifique se os seus hábitos sexuais estão fora de controle, destruindo seus relacionamentos, além de perturbar sua vida em geral. Isso poderia ser um problema.
7. Receba uma massagem: a massagem pode ser uma arma secreta. Mesmo realizando atividades estressantes, quem recebe uma massagem mensal suporta melhor os efeitos da rotina cansativa.
8. Brinde: beber moderadamente, não mais do que um drinque por dia para as mulheres, pode protegê-la de doenças cardiovasculares. E pode ajudar a evitar ganho excessivo de peso, segundo pesquisas. Apenas não exagere.
9. Pratique alguma atividade ao sol: apenas 15 a 20 minutos de exposição à luz solar por dia (sempre com uso de protetor solar) pode fornecer a quantidade necessária diária de vitamina D. A substância ajuda a combater diabetes, ataques cardíacos, insuficiência cardíaca, pressão arterial alta e talvez até mesmo o resfriado comum. Mas não exagere, muita exposição ao sol pode aumentar o risco de câncer de pele.
10. Consulte o seu dentista: saúde bucal é mais do que manter apenas os dentes bonitos. Em particular, a doença periodontal está ligada a um maior risco de doenças cardíacas e diabetes. Então visite seu dentista.
11. Sair com pessoas saudáveis: os bons hábitos de outras pessoas podem passar para você. Estudos sugerem que uma série de fatores, como felicidade aparente, obesidade, tabagismo, e até mesmo solidão, são fortemente influenciados pelas pessoas ao seu redor. Portanto, seja seletivo em relação aos amigos.
12. Escrever uma lista: conhecimento é poder, especialmente quando se trata de sua saúde. Há dez testes que você pode fazer este ano, incluindo um check-up de pele, exame de sangue e triagem auditiva, que pode ajudar a compreender o seu estado de saúde geral e evitar problemas futuros.
13. Teste a quantidade de açúcar do sangue: pré-diabetes é uma condição na qual o açúcar no sangue está elevado, mas não muito alto o suficiente para ser classificado como diabetes. Mas é quase tão tóxico para o organismo como a diabetes em si. Além do mais, cerca de 57 milhões de pessoas nos EUA têm pré-diabetes, mas não sabem disso. Exercício físico regular e um alto teor de fibras na dieta, aliados ao consumo de carboidratos saudáveis, podem manter o açúcar no sangue dentro da faixa de segurança.
14. Tomar banho frio: os devotos afirmam que duchas frias ajudam no baixo consumo de energia, a evitar enxaquecas, auxiliam na boa circulação e para redução da dor, além de permitir que as mulheres envelheçam graciosamente. (Alguns chegam a argumentar que eles são segredo da mulher francesa para ter seios firmes.)
15. Exercite seus ossos: exercícios como caminhar, dançar ou levantamento de peso podem manter os ossos fortes e saudáveis. Especialistas recomendam pelo menos duas horas e meia por semana.
16. Controle o seu estresse: estresse não é apenas desagradável, mas também pode prejudicar a saúde, aumentando inflamações no corpo e riscos de doenças cardíacas.
17. Fazer mamografia: alguns médicos afirmam que a melhor idade para fazer a mamografia é aos 40, outros dizem que o ideal é aos 50. Descubra o que o seu médico acha certo para você, baseado em sua idade e em outros fatores de risco.
18. Consuma um pouco de gengibre: durante séculos, o gengibre tem sido usado no tratamento de uma gama de problemas estomacais. Os investigadores acreditam que seus compostos estimulam as secreções digestivas e melhoram o tônus muscular intestinal.
19. Comer banana: ou um outro alimento rico em potássio e pobre em sódio, como uma batata cozida com a pele ou um abacate. Este tipo de alimento, além de ajudar na perda de peso e nos exercícios, pode manter a pressão arterial sob controle.
20. Faça do sono uma prioridade: o sono pode ser o último em sua lista, mas talvez seja hora de movê-lo para cima. Novas pesquisas sugerem que a falta de sono pode perturbar o controle de açúcar no sangue e aumentar o risco de diabetes tipo 2.
21. Lave as mãos: o hábito é a atitude número na prevenção de doenças como resfriados, além de manter longe outros problemas como infecções por bactérias e outros vírus.
22. Pensar sobre a saúde da mama: para as mulheres jovens, o câncer de mama muitas vezes é uma das últimas coisas em suas mentes. Mas você pode começar a pensar em simples medidas preventivas, como a amamentação, exercícios e exames clínicos das mamas, mesmo em seu 20 e 30 anos.
23. Escolha alimentos saudáveis: eles são itens saborosos que oferecem s mais antioxidantes, gorduras saudáveis ou outros bons ingredientes em relação à quantidade de calorias consumidas.
24. Viver com propósito: pesquisas mostram que pessoas que são felizes e têm um propósito na vida são menos propensas a desenvolver comprometimento cognitivo e doença de Alzheimer. Por que não começar jovens?
25. Preste atenção a dores nas articulações: não há idade para desenvolver problemas nas juntas, como nos joelhos. Excesso de peso e pouca movimentação física colaboram para isso.
26. Coma mais alho: o alho é rico em antioxidantes e ajuda a combater a inflamações, diz Carmia Borek, PhD, professor e pesquisador do departamento de saúde pública e medicina da família na Tufts University School of Medicine, em Boston, nos Estados Unidos. Ele ajuda a aumentar as defesas contra doenças e provavelmente ajuda a prevenir o câncer e melhorar a saúde do coração.
27. Parar com certos hábitos: descubra um método que funciona melhor para você largar o vício de fumar para sempre.
28. Comer um pouco de chocolate: comer um quarto de chocolate todos os dias, um montante igual a cerca de um ovo de Páscoa pequeno, pode reduzir o risco de sofrer um ataque cardíaco ou um acidente vascular cerebral.
29. Comer feijão e frutas: o feijão vermelho encabeça a lista dos alimentos com maior concentração de antioxidantes, de acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA. As frutas também entram na lista de itens com o mesmo benefício.
30. Cuidado com alimentos gordurosos: você pode ficar viciado. Um novo estudo (em ratos) sugere que o acesso irrestrito a alimentos ricos em gordura, como bacon e cheesecake, pode desencadear o mesmo tipo de comportamento compulsivo como drogas como a cocaína.
Fonte: Terra

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Criança que usa protetor tem menor risco de câncer de pele na fase adulta

protetor solar para bebeMesmo que não seja dia de praia nem piscina, os pequenos precisam passar filtro solar para evitar tumores.


Você já deve estar cansado de ouvir sobre a importância de aplicar protetor solardiariamente para evitar um câncer de pele. Mas já parou para pensar que isso também inclui a criançada? Pois um estudo associa o hábito na infância a um risco até 40% menor de desenvolver melanoma (um tumor de pele especialmente agressivo) na fase adulta.
Os achados, divulgados no respeitado Jama Dermatology, são de pesquisadores da Universidade de Sydney, na Austrália, país em que esse tipo de câncer de pele é o mais comum entre homens de 25 a 49 anos e o segundo mais frequente nas mulheres da mesma faixa etária.
Para realizar o trabalho, os cientistas levaram em conta os dados de aproximadamente 1 700 pessoas, incluindo uma parcela diagnosticada com essa enfermidade.
“Nosso estudo mostra que o uso do filtro na infância e idade adulta protegeu os indivíduos de 18 a 40 anos contra o melanoma, sendo que o risco de ter a doença foi de 35 a 40% menor em relação a quem raramente passava o produto”, comentou a epidemiologista Anne Cust, uma das autoras do levantamento, ao portal da universidade.
De acordo com a dermatologista Claudia Marçal, de Campinas, no interior paulista, não. “A pele deles é fininha. Logo, a epiderme e a derme acabam sendo estruturas de alta absorção de substâncias químicas”, diz. Em outras palavras, compostos presentes no filtro poderiam provocar danos no organismo do pequeno.

Aliás, as crianças nem deveriam ser expostas diretamente aos raios ultravioleta antes dos 6 meses de idade. O banho solar permitido é aquele bem de manhã e que ocorre rapidinho – durante 20 minutos, no máximo. Essa é a orientação dos pediatras para estimular a formação óssea.
“E quando vão à praia, esses bebês precisam ficar longe do sol”, reitera Claudia.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a melhor opção para blindá-los contra a radiação solar é apostar nos chamados protetores mecânicos, isto é, sombrinha, guarda-sol, boné e roupas. E ficar na sombra, claro.

E depois dos 6 meses?

Nesse caso, já pode usar o protetor. Mas, até os 2 anos de idade, a pedida certa é um fotoprotetor tópico físico – aquele mais viscoso e difícil de espalhar.
Esse tipo se deposita na camada mais superficial da pele e funciona como uma barreira de tijolos, refletindo as radiações – assim, não penetra no corpo. Eles são conhecidos por terem menos substâncias químicas potencialmente nocivas. De acordo com Claudia, o FPS deve ser acima de 30 e com uma proteção UVA balanceada.
Acima dos 2 aninhos já é possível utilizar o mesmo produto que os pais.
Nos dois casos, a aplicação deve ser realizada 20 minutos antes da exposição solar. “Temos que ficar atentos às crianças. Afinal, 80% dos danos à pele provocados pelo sol ocorrem antes dos 18 anos”, reforça Claudia. Por isso, protetor o ano inteiro!

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Problemas psiquiátricos podem ser sinais precoces do Alzheimer

Estudo indica que males como ansiedade e depressão não seriam fatores de risco para a doença, mas seus sintomas iniciais


mal de alzheimer sinais e sintomas
Alguns problemas psiquiátricos, como depressão e ansiedade, já foram associados ao Alzheimer – uma doença que apaga as memórias e afeta cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil. Eis que um estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, agora aponta esses transtornos que abalam o bem-estar mental como sintomas iniciais da demência (e não como fatores de risco para ela).
Como os cientistas americanos chegaram a essa conclusão? Eles, antes de tudo, pediram uma ajuda a companheiros brasileiros do Biobanco de Estudos do Envelhecimento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Nesse local são armazenados tecidos cerebrais coletados em autópsias, bem como os resultados de exames feitos com eles.
A partir daí, os experts selecionaram amostras de 455 pessoas que morreram com mais de 50 anos, entre 2004 e 2014. Alguns dos cérebros incluídos no experimento possuíam sinais claros da presença de Alzheimer – como a presença de moléculas conhecidas como TAU e beta-amiloide –, enquanto outros estavam livres de qualquer degeneração.
Para completar, eles utilizaram informações fornecidas pelos familiares e cuidadores sobre o estado cognitivo dos pacientes enquanto estavam vivos. E, também, sobre a eventual presença de distúrbios psiquiátricos.
Cruzando os dados a partir de métodos científicos, a equipe da Universidade da Califórnia revelou que concentrações da molécula TAU no cérebro foram vinculadas a traços de ansiedade, agitação, depressão, perturbações do sono e alterações de apetite. Detalhe: em muitos casos, o indivíduo já sofria com esses comportamentos alterados, mas não com a perda de memória ou os déficits cognitivos, tidos como manifestações clássicas do Alzheimer.
“Isso sugere que algumas pessoas com sintomas neuropsiquiátricos não correm o risco de desenvolver Alzheimer – elas já a têm”, diferencia a neurologista Lea Grinberg, líder do estudo, em comunicado à imprensa.
Para reforçar: a ansiedade, a tristeza e por aí vai não indicariam que um indivíduo corre um maior risco de ter Alzheimer. Esses distúrbios seriam um aviso de que os neurônios já estão padecendo com a demência em questão.
Claro que tais achados precisam ser confirmados por outras investigações científicas. Contudo, a ideia dos pesquisadores é que a descoberta passe a ser levada em consideração – ao lado da avaliação médica tradicional e de exames cerebrais e de sangue – para facilitar o diagnóstico do Alzheimer em estágio inicial.
“Se pudéssemos usar esse novo conhecimento para encontrar uma maneira de reduzir o peso dessas condições em adultos idosos, seria absolutamente fantástico”, conclui a neurologista.
Fonte: Revista saúde

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Portadores de esclerose múltipla têm dificuldade de manter o emprego

Pesquisa mostra que, durante o tratamento, o número de desempregados com essa doença autoimune dobra


esclerose múltipla

Um estudo apresentado no Congresso da Academia Americana de Neurologianeste ano, nos Estados Unidos, revelou que a esclerose múltipla – doença autoimune que atinge o sistema nervoso – impacta na empregabilidade dos seus pacientes no Brasil. Entre os sintomas da condição estão visão embaçada, tontura, fadiga e rigidez muscular.
A pesquisa – que ainda está em andamento – é assinada pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com a associação Amigos Múltiplos pela Esclerose (AME). Segundo Gustavo San Martin, superintendente da AME, o levantamento indica que a taxa de desemprego quase duplica durante o curso da doença.
Os dados referentes ao período de abril a novembro de 2017 mostram que apenas 58,9% das pessoas altamente qualificadas convivendo com a esclerose estavam empregadas no momento da entrevista. Em contrapartida, no ato do diagnóstico, o índice era de 79%.
De acordo com o responsável pelo estudo, o neurologista Denis Bichuetti, especializado em esclerose múltipla, o resultado traz à tona a importância de identificar o problema cedo. Ele explica que a demora pode ser responsável por afetar negativamente a vida profissional do paciente, já que está associada ao atraso do início do tratamento. E quanto antes a intervenção for iniciada, melhor será a convivência com os sintomas.
“Em vários lugares do mundo já se observou que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem favorecer a retenção de emprego e reduzir os custos relacionados à deficiência, como benefícios sociais e uso de fundos de pensão. E por que não buscar por isso no Brasil?”, questionou o médico em comunicado à imprensa. Ele afirma que planeja uma complementação do trabalho.
Estima-se que a esclerose múltipla afete 3 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 40 mil casos em nosso país. A maior parte dos pacientes é de mulheres e jovens entre 20 e 40 anos.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Receita de brigadeiro saudável com biomassa de banana verde

Quem disse que esse doce não pode ser equilibrado? Aprenda uma versão mais mais leve e gostosa

receita de brigadeiro fit

Se tem um doce que o brasileiro ama é o brigadeiro. Mas a quantidade de açúcar e gordura faz muita gente dispensar a guloseima. Então, que tal se deliciar com uma receita mais equilibrada? Acredite: é possível. O principal truque é trocar o leite condensado por uma biomassa de banana verde, preparada com a polpa cozida (veja orientações abaixo). Isso reduz as calorias e as gorduras do doce pela metade.
Além disso, a tal da biomassa é rica em fibras, que dão saciedade e lentificam a liberação de açúcar no sangue. Outra dica é utilizar um adoçante culinário. Quem não curtir, pode investir no açúcar mascavo ou demerara, que são menos processados do que o comum.
E sabia que dá até para fazer uma versão vegana do brigadeiro? Basta trocar o leite por uma bebida vegetal e a manteiga pela mesma quantidade de óleo de coco. Vamos para a cozinha fazer o teste? A receita é de Liliane Rocha, nutrichef do Rio de Janeiro.

Brigadeiro de biomassa de banana verde

Ingredientes
1/4 de xícara (chá) de leite desnatado
4 colheres (sopa) de biomassa de banana verde*
4 colheres (sopa) de adoçante culinário
1 colher (sobremesa) de manteiga
2 colheres (sopa) de cacau em pó
50 g de chocolate amargo ralado
Modo de preparo
Misture todos os ingredientes na panela – com exceção do chocolate amargo – e leve ao fogo baixo. Mexa sem parar até chegar ao ponto de descolar da panela. Deixe a massa esfriar. Faça as bolinhas de brigadeiro com a massa e passe-as no chocolate ralado.
*Para prepará-la, é preciso colocar as bananas (com casca!) na panela de pressão e cobrir com água. Depois que elas cozinharem por uns 10 minutos, deixe a pressão sair naturalmente. Aí é só descascar a fruta ainda quente e bater a polpa no liquidificador ou triturador.

Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Gastrite: o que é, causas, sintomas, tratamento e alimentação adequada

Gastrite: quais são as causas os sintomas e os remédios para gastrite atacadaSaiba o que é bom para evitar e combater essa doença, responsável por provocar queimação no estômago e outros problemas


A dor e a queimação, sintomas típicos da gastrite, são consequência de uma inflamação nas paredes internas do estômago. E qual a causa disso?Pesquisas mostraram que a maioria dos episódios desse problema é provocado por uma bactéria, a Helicobacter pylori. Esse micro-organismo se instala abaixo da camada de muco do estômago e vai liberando a urease, uma enzima capaz de mudar o pH das áreas próximas.
A multiplicação desenfreada desse agente infeccioso gera uma reação inflamatória. Se as células de defesa não conseguem conter o avanço, a mucosa que protege as paredes do estômago é corroída – e o órgão então sofre diretamente a ação do ácido gástrico, dando origem à ardência.
H. pylori pode contaminar água e alimentos, mas o principal meio de transmissão é de pessoa para pessoa. Ainda assim o fato é que muita gente carrega esse inimigo, mas não sofre com suas consequências.
Alguns fatores, ou uma associação deles, também desencadeiam a irritação: alimentação inadequada, abuso de remédios (sobretudo anti-inflamatórios), e consumo exagerado de bebida alcoólica. O estresse é outro componente importante na origem das crises de gastrite: em situações de tensão, nosso organismo aumenta a liberação de cortisol e de adrenalina, hormônios que, por sua vez, elevam a fabricação de ácido pelo estômago.

Sinais e sintomas

– Dor de barriga
– Sensação de queimação no estômago
– Enjoo
– Falta de apetite
– Perda de peso

Fatores de risco

– Predisposição genética
– Consumo excessivo de alimentos gordurosos e ácidos
– Abuso de anti-inflamatórios
– Estresse
– Consumo exagerado de bebida alcoólica
– Ingestão excessiva de itens com cafeína
– Tabagismo
– Doença de Crohn

A prevenção e a alimentação

Diminuir o consumo de alimentos que aumentam a acidez do estômago, como comidas picantes, álcool e café, é o caminho indicado para atenuar o ataque às paredes do estômago. Alimentos mais gordurosos, que exigem mais quantidade de ácido para serem digeridos, também entram na lista dos desencadeadores da gastrite. Cuidado também com o leite puro, que estimula a secreção de suco gástrico.
Só tenha em mente que, dependendo da severidade, do tempo sem crise e de questões individuais, é possível ingerir esses alimentos com moderação. Discuta isso com um profissional de saúde.
Ficar muito tempo em jejum é outro perigo. Sem alimentos na barriga, o ácido gástrico se acumula e começa a lesionar o estômago. Vale, portanto, fracionar as refeições. E comer devagar. A mastigação, como primeira fase da digestão, poupa os esforços do estômago.
Além disso, quem fuma tem mais este motivo para tentar abandonar o cigarro. O vício aumenta a produção de ácido no estômago e, dessa forma, favorece a queimação.
Por fim, fuja da automedicação: o uso de anti-inflamatórios sem receita e sem as devidas orientações do médico também contribui para o aparecimento das crises estomacais.

O diagnóstico

Sentir dores no estômago uma vez ou outra não significa que a pessoa tem gastrite. Agora, se os sintomas se arrastam por duas semanas, é melhor consultar um gastroenterologista.
O médico irá solicitar a realização de uma endoscopia. Nesse exame, feito com o paciente sob efeito de sedativo, uma microcâmera desce pela boca até o estômago, e as imagens registradas mostram se há inflamação na mucosa do órgão.
Para confirmar se o problema foi causado pela bactéria H. pylori, durante a endoscopia é feita uma biópsia. A análise do material revela se o micro-organismo está alojado por ali.

O tratamento

Controlar a alimentação é fundamental para aliviar o mal-estar digestivo, mas nem sempre uma dieta equilibrada basta. Para combater a inflamação já instalada, o médico pode receitar antibióticos, além de antiácidos para atenuar os sintomas.
Nos casos em que a H. Pylori é a causa da gastrite, às vezes só um revezamento de antibióticos consegue dar fim ao problema. Isso porque essa bactéria é muito resistente.
Ao término do tratamento, o especialista pode recomendar  outro exame para confirmar se o micro-organismo foi eliminado de vez. Esse teste detecta a presença a H. Pylori pelo ar expelido dos pulmões. Se o resultado der negativo, significa que foi exterminada. Caso contrário, é preciso tomar novas medidas contra ela.
Ao longo do tratamento, é preciso ficar longe de determinados alimentos. Até que a regeneração do estômago seja completa, deve-se evitar refrigerantes, águas gasosas e sucos cítricos. Chocolates, balas e doces também ficam de fora do cardápio – o açúcar fermenta na barriga e, para piorar, estimula a liberação de ácido clorídrico.
Uma vez que a causa da gastrite sai de cena, seja ela qual for, a pessoa fica curada em no máximo três semanas. Esse é o prazo necessário para o estômago recuperar suas rugosidades naturais, destruídas pela agressão.
Fonte: Revista saúde

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Rugas faciais podem sinalizar risco de morte por doença cardiovascular

Pesquisadores descobrem esse elo inusitado – e apontam, como possível causa, a chamada aterosclerose, uma condição por trás de infarto e AVC

rugas do rosto e saúde cardiovascular


Quem diria: as rugas faciais podem ser um sinal de alerta para o infarto ou AVC. E isso não tem a ver com o envelhecimento, segundo novo estudo.
A pesquisa foi apresentada no congresso anual da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Munique, na Alemanha. Os cientistas analisaram o rosto de 3 200 adultos saudáveis entre 32 e 62 anos. Eles criaram uma pontuação que ia de 0 (ausência de rugas) a 3 (alto número dos sinais de expressão).
Os voluntários então foram acompanhados por 20 anos. Durante esse período, 233 participantes morreram por diversas causas.
Aqueles que somaram dois ou três pontos foram considerados até dez vezes mais propensos a morrer por piripaques cardíacos, quando comparados aos que não pontuaram. Os que fizeram um ponto apresentaram um risco só ligeiramente maior de falecer do que os que tiraram nota 0.
Cabe destacar que, nesse levantamento, os cientistas controlaram certos fatores de risco, como a idade e o estresse proporcionado pelo trabalho (ambos ligados a doenças cardiovasculares e rugas). Dito de outra forma, nem o envelhecimento e nem o estresse explicam por completo essa associação curiosa – e perigosa.

Aterosclerose, o possível elo perdido

Mas, então, o que está por trás da conexão entre rugas na testa e panes no coração? Embora não tenham avaliado essa questão diretamente, os autores do trabalho apostam na aterosclerose. Vamos explicar isso passo a passo.
A aterosclerose nada mais é que a formação de placas de gordura que entopem as artérias, tornando-as menos elásticas e estreitando o caminho do sangue. Esse processo impede o oxigênio de chegar na quantidade necessária aos órgãos – é o estopim para infartos e derrames.
Acontece que tanto a aterosclerose como as rugas se desenvolvem, entre outras razões, em decorrência do estresse oxidativo (o excesso de radicais livres). Além desse elo em comum, os vasos sanguíneos da testa são particularmente finos. Isso os torna mais sensíveis à formação das placas.
Simplificando tudo isso, é como se o acúmulo de rugas apontasse que a circulação sanguínea não anda lá muito bem. E, quando isso ocorre, o coração sofre.
“Esta é a primeira vez em que uma ligação entre rugas e problemas cardiovasculares é estabelecida. Então, as descobertas precisam ser confirmadas em novas pesquisas”, pondera, em comunicado à imprensa, Yolande Esquirol, líder do estudo e professora de saúde ocupacional no Centro Hospitalar Universitário de Toulouse, na França.
De qualquer maneira, os autores acreditam que a pontuação de rugas criada pode virar, no futuro, um método auxiliar para estabelecer o risco de um paciente infartar ou sofrer um AVC. Fora que esses sinais de expressão são facilmente detectáveis – eles estão na cara.

Possíveis causas da aterosclerose

Há vários fatores que incitam o acúmulo de gordura nos vasos. Por exemplo:
  • Tabagismo
  • Colesterol alto
  • Diabetes tipo 2
  • Hipertensão
  • Sedentarismo
  • Idade avançada
  • Genética (histórico familiar de doenças cardiovasculares)
Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Eu sei o que tenho que fazer para emagrecer. E por que não faço?

formula do emagrecimento definitivo, antonio herbert lancha jrAntonio Herbert Lancha Jr explica os mecanismos que nos fazem desistir de um estilo de vida mais saudável - e ensina a driblá-los

Nesta semana, tivemos uma aula muito interessante dentro da disciplina de Coaching de Bem-estar e Saúde, que desenvolvemos atualmente na Universidade de São Paulo (USP). Aliás, esse curso, o único a abordar essa visão de atendimento do profissional de saúde, é o primeiro no Brasil e, pelo que nos foi informado, também o primeiro na América Latina – no fim do texto eu explico brevemente no que ele consiste.
Enfim, logo após um exercício onde associamos conhecimento com mudanças de atitude, fomos gratificantemente surpreendidos pelo comentário de um aluno. Ele disse: “Eu já fiz vários cursos, estudei programação neurolinguística e outras temáticas e não coloco esse conhecimento em ação”.
Achei a observação tão rica que decidi trazê-la para essa coluna. Por que as pessoas que querem emagrecer não emagrecem? Salvo algumas exceções, a maioria delas sabe o que precisa fazer. Então, o que está acontecendo no planeta? 

Consciência e planejamento

O fato é que vivemos nossa vida no automático. Vou te dar um número: passamos 40% do dia fazendo atividades de maneira quase inconsciente. Tomamos banho, escovamos os dentes, trocamos de roupa, dirigimos nossos carros e, pasme, comemos sem prestar atenção no que colocamos na boca.
Ainda assim, por que não tomamos as rédeas da vida quando realmente desejamos algo para nós, como emagrecer? Duas são as variáveis apontadas pela literatura:
1) Temos dificuldade de tirar a vida do automático. Mudar as atitudes requer um tempo de reprogramação. Você precisa estar presente em sua agenda todo dia.
2) Idealizamos as mudanças no estilo de vida como grandes projetos, e não como pequenos ajustes planejados
Explico melhor. Quando pensamos em emagrecer, vislumbramos um número enorme de tarefas. Você promete treinar todo dia, cortar da dieta os alimentos considerados vilões do emagrecimento – o que não existe –, preparar todas as refeições em casa, abolir os industrializados…
Claro que adotar tudo isso junto não vingará. O projeto é maior que o seu orçamento emocional pode pagar, principalmente no longo prazo.
Para não sofrer, ajuste seu projeto para o realizável. Não está treinando? Então comece usando as escadas do trabalho, ou suba um andar do seu prédio para pegar o elevador. Não come fruta? Experimente comprar algumas no mercado na próxima visita e, antes de ir dormir, coloque-as ao lado da bolsa para servir como um lanchinho da tarde.
Resumindo, faça pequenos gestos em direção à sua meta com os conhecimentos que você já tem. E dê os primeiros passos agora. Na medida em que esse projeto caminhar, ajuste com um profissional mais detalhes e acelere aos poucos em direção ao seu sonho.
É como uma viagem: você programa, faz as malas, enche o tanque do carro, pega a estrada certa em direção ao seu destino e, depois de um tempo, chega onde planejou. Todos os grandes projetos da humanidade começaram com os pequenos movimentos.

A disciplina de Coaching de Bem-estar e Saúde

Nessa visão, o paciente muda de status. Ele deixa de ser “paciente” e vira “cliente”. Na área da saúde, essa última palavra às vezes causa estranheza, mas a ideia é dar força e poder de decisão na condução de sua própria saúde.
O profissional de saúde se torna um aliado e parceiro de jornada. Ele não abre mão do conhecimento adquirido, porém respeita a vontade do cliente em receber ou não certas informações. E, acima de tudo, aprende a se comunicar de forma não violenta.
Fonte: Revista saúde