quinta-feira, 28 de junho de 2018

Placa bacteriana, o que ela apronta nos dentes

Cárie, periodontite e outras doenças na boca por causa de bactériasO acúmulo de restos de alimentos e micro-organismos está por trás do tártaro e de diversos problemas dentais — de cárie a gengivite

Apesar de toda a evolução na odontologia, ainda temos uma grande prevalência de cárie e doença periodontal (gengivite e periodontite), condições que podem acarretar até mesmo a perda dos dentes. Soa alarmante que esses problemas ainda atinjam uma parcela expressiva da nossa população. Uma das maiores vilãs nesse contexto é a placa bacteriana, também chamada pelos profissionais de biofilme. Ela é composta de células em descamação, bactérias, células de defesa e restos de alimentos.
A presença da p

Tártaro e outros perrengues

Outro mal que tem ligação direta com a placa bacteriana é a doença periodontal. Ela pode começar com uma inflamação leve na gengiva, a gengivite. E, nesse estágio, é facilmente tratada com a remoção da placa aderida ao dente.
No entanto, se nenhuma providência for tomada, a placa bacteriana sofre a ação dos íons de cálcio e se calcifica, tornando-se dura. É aí que surge o tártaro (ou cálculo dental).
Alguns fatores coadjuvantes colaboram para o quadro se agravar, resultando na periodontite, situação em que a inflamação afeta o tecido que dá suporte aos dentes. Entre eles temos o diabetes, a má oclusão ou mau posicionamento dos dentes e deficiências imunológicas. A periodontite é capaz de evoluir e levar à perda dos dentes.
Nas pessoas mais jovens, o tipo de placa bacteriana e o pH da cavidade oral costumam ser diferentes em relação aos dos adultos e idosos. Nos mais novos, as colônias de bactérias que povoam o meio bucal propiciam principalmente a cárie. Após a fase adulta, porém, a doença periodontal fica mais frequente.

Prevenção é o melhor tratamento

Tanto para cárie como para doenças periodontais a prevenção é sempre o melhor caminho. A remoção mecânica da placa diariamente com o uso da escova de cerda macia e da pasta com flúor, além do fio dental, representa a chave do sucesso.  O auxílio com acessórios como escovas interdentais e bochechos (quando indicados pelo profissional) também pode ser útil.
Devemos ter em mente que o cirurgião-dentista está apto a orientar a higiene caso a caso e é o profissional capaz de diagnosticar precocemente a instalação desses problemas bucais.
Depois que se desenvolve, a doença periodontal, assim como a cárie, requer um tratamento por vezes sofisticado, tornando-se mais complexo à medida que o quadro se agrava. Nesse caso é fundamental a avaliação de um periodontista, o especialista nessa área. O exame clínico com sondagem e testes radiográficos são feitos para certificar-se do diagnóstico e nortear o plano de tratamento.
Lembre-se: a gengiva não deve sangrar. O dente, por sua vez, não deve doer nem apresentar alguma mobilidade. Esses são sinais de que alguma coisa não vai bem. Daí a necessidade de fazer um controle periódico nas visitas regulares ao dentista. É a maneira mais segura de garantir que a placa bacteriana não crie nenhum tipo de problema.
laca está entre as principais causas da cárie. Ao fermentar substâncias como os hidratos de carbono, as bactérias produzem ácidos que atacam o esmalte dos dentes, desmineralizando sua superfície e deixando-os suscetíveis ao problema.
Não é por menos que defendemos que a prevenção da cárie depende de cuidados básicos de higiene bucal, com a escovação e o fio dental, o que permite a remoção diária da placa bacteriana.
No caso da cárie, outro fator de risco tem a ver com a alimentação. Nesse sentido, sugerimos evitar a alta ingestão de açúcar, refrigerantes e bebidas ácidas.
 
Fonte: Revista saúde 

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Dossiê banho quente: ele traz prejuízos, mas dá para amenizar a situação

Saiba como evitar os danos que a alta temperatura da água provoca nos cabelos e na pele – e sem passar frio no chuveiro


Muita gente não abre mão de um banho bem quentinho quando o frio chega. O problema é que as temperaturas altíssimas da água, como os dermatologistas sempre ressaltam, são prejudiciais para a pele. “A água quente retira parte da barreira protetora da epiderme, o que provoca ressecamento, coceira e um aspecto mais grosso e áspero”, explica Adriano Loyola, dermatologista assessor do Departamento de Cosmiatria Dermatológica da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

A secura está ainda associada a doenças de pele típicas do inverno, como psoríase, dermatites e urticárias (esta é marcada por irritações que provocam vermelhidão e inchaço) em pessoas predispostas. Ninguém está dizendo que o banho precisa ser gelado, mas o ideal é que o chuveiro não aqueça além dos 37 graus.

“É uma temperatura semelhante à corporal. Por isso, para saber se a água está adequada, basta testar na pele do pulso”, ensina Loyola. Se ela estiver agradável e não deixar a mão “pelando”, tudo certo. Outro fator que ajuda a reduzir os estragos é encurtar o banho: de 5 a 10 minutos embaixo do chuveiro é o suficiente.

Fora isso, procure manter a delicadeza em nome da preservação do manto lipídico, a tal barreira protetora da pele. Isso vale para a intensidade da ducha, pois a alta pressão da água facilita a perda dessa camada, e para o uso da esponja. “Prefira produtos suaves, com ação hidratante, e evite esfregar vigorosamente a pele”, orienta o dermatologista.

Para garantir, dá para usar um sabonete do tipo Syndet, que é feito com detergentes sintéticos em vez do sabão tradicional, com sebo e soda cáustica. “Ele tem maior potencial para refazer a barreira cutânea”, diferencia Loyola. Peça indicações a seu médico.

Para não detonar os cabelos

Os fios também se ressentem da quentura. “O calor aumenta a atividade das glândulas sebáceas do couro cabeludo, o que causa oleosidade e proliferação de fungos causadores da caspa”, alerta Loyola. Nas pontas, os cabelos ficam mais ressecados, o que pode deixar as madeixas opacas e quebradiças.

Além de tomar cuidado com a temperatura da água e do secador, outra orientação é utilizar o xampu mais adequado para seu tipo de cabelo e hidratá-lo com condicionador e produtos específicos apenas nas pontas.

O pós-banho

Quando sair do chuveiro, prefira toalhas felpudas, que absorvem bem a água e não agridem a pele. E, no frio, é fundamental pensar em hidratantes, de preferência ainda no banheiro, pois os poros estão mais abertos e o vapor facilita a penetração do creme.
“Pessoas de pele normal e seca podem apostar em produtos mais encorpados, com ativos potentes, como ureia, gérmen de trigo, macadâmia, óleo de avelã, pantenol, ceramidas e manteigas”, lista Loyola.
 
Fonte: Revista saúde

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Açúcar faz tão mal quanto álcool e cigarro, diz artigo médico na 'Nature'

Resultado de imagem para noticiário sobre acucar pior que cigarroConsumo de alimentos doces triplicou no mundo nos últimos 50 anos. Ingestão excessiva está ligada a diabetes, câncer e doenças cardíacas.

O consumo de açúcar pode ser tão prejudicial quanto o abuso de álcool e cigarro, segundo artigo publicado por médicos na revista científica “Nature” nesta quarta-feira (1º). Isso porque a ingestão excessiva de sacarose e frutose, que triplicou no mundo nos últimos 50 anos, está ligada ao surgimento de doenças crônicas não-contagiosas, como diabetes, câncer e problemas cardíacos.

Em setembro do ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que, pela primeira vez na história, as doenças crônicas não-transmissíveis representam um ônus maior para a saúde pública mundial que as doenças infecciosas.

Esses males já são responsáveis pela morte de 35 milhões de pessoas por ano, segundo as Nações Unidas – 80% em países pobres ou em desenvolvimento, onde refrigerantes são muitas vezes mais baratos que água potável ou leite.

Em geral, o álcool e o cigarro são regulados pelos governos como forma de proteger a saúde da população, mas não há controle sobre a alimentação. Segundo os autores do artigo, Robert Lustig, Laura Schmidt e Claire Brindis, a regulação das autoridades deveria incluir o aumento de impostos sobre produtos industrializados acrescidos de açúcar (como refrigerantes, sucos, achocolatados e cereais), a limitação de vendas no horário escolar e em ambientes de trabalho e a imposição de limites de idade para a compra.

Mas essas regras são mais complicadas, de acordo com os pesquisadores, pois os alimentos são considerados bens essenciais, ao contrário do álcool e do tabaco.

Atualmente, há no planeta 30% mais indivíduos obesos que desnutridos, de acordo com os médicos. E a dieta ocidental, com muitos alimentos processados, tem contribuído para essas crescentes taxas. Apenas 20% dos obesos têm um metabolismo e uma vida normais – os demais sofrem com problemas como hipertensão, diabetes, apneia do sono, gordura no fígado e disfunções ortopédicas ou articulares.

As autoridades de saúde costumam considerar o açúcar como "calorias vazias", mas evidências científicas mostram que sacarose e frutose demais podem desengatilhar processos tóxicos no fígado ou reações capazes de causar uma série de doenças crônicas.

Controle do açúcar pelo mundo
 
Segundo os autores do artigo na "Nature", EUA e Europa ainda veem a gordura e o sal como os grandes vilões da alimentação, mas a atenção deve começar a se voltar para os produtos com adição de açúcar (moléculas de frutose acrecidas em comidas processadas).


Em outubro do ano passado, a Dinamarca optou por taxar alimentos ricos em gordura saturada, apesar de a maioria dos médicos não acreditar mais que essa substância seja a principal culpada pela obesidade. Agora, o país considera tributar os doces.

Outras nações europeias e o Canadá tentam impor pequenos impostos sobre alimentos adoçados. E os EUA já consideram taxar o refrigerante – um cidadão americano consome em média 216 litros por ano, dos quais 58% contêm açúcar.

A cidade de São Francisco, na Califórnia, proibiu recentemente a inclusão de brinquedos oferecidos em refeições fast-food. Outro limite possível para proteger as crianças seria proibir comerciais sobre produtos com adição de açúcar, destacaram os autores.
 
Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Os 8 grandes inimigos da pele

Conheça os fatores capazes de acelerar o envelhecimento cutâneo e aprenda a se proteger deles

pele jovem


Nas últimas sete décadas, a expectativa de vida dos brasileiros subiu mais de 30 anos. À medida que a medicina e o acesso a uma saúde de qualidade avançam, é natural que o nosso corpo tenha melhores condições de seguir firme e forte. E isso vale tanto por dentro como por fora. “As pessoas querem envelhecer bem, o que, claro, inclui cuidar da aparência e da pele“, nota a dermatologista Adriana Vilarinho, da capital paulista.

E não vá pensando que o efeito desse cuidado se restringe a sorrisos na frente do espelho. Em uma pesquisa recente, a dermatologista Denise Steiner, professora da Universidade de Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, pediu a 100 mulheres que completassem um questionário sobre qualidade de vida antes de se submeter a um tratamento estético. Depois da intervenção, as voluntárias repetiram a avaliação. “O procedimento aumentou a autoestima e levou a respostas mais positivas em relação ao dia a dia”, conta a médica.

Não é à toa que hoje há um verdadeiro arsenal de produtos e recursos tecnológicos voltados a atenuar as marcas do tempo. Agora, antes de investir nesses recursos, é importante saber que alguns fatores atuam contra a saúde da pele. Ou seja, para garantir uma cútis bacana mesmo, controlá-los faz parte do pacote de cuidados básicos. Vamos conhecer esses inimigos?

1- Sol

Quem abusa dele paga o preço. “Os raios solares danificam as fibras de colágeno, destroem paredes de vasos, alteram a pigmentação…”, diz o médico Adriano Loyola, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Tem que passar protetor. O filtro deve ser aplicado a cada duas horas, em média. Utilize o equivalente a uma colher de chá.

2- Poluição

Gera um boom de radicais livres, moléculas que lesam as células. Segundo Luciana Samorano, dermatologista da Universidade de São Paulo (USP), o jeito é limpar bem e usar produtos com antioxidantes, como resveratrol e vitaminas C e E.

3- Excesso de açúcar

Alimentos que elevam a glicemia induzem o processo de glicação. “E ele interfere na renovação celular e na produção de colágeno na pele”, descreve Loyola. Logo, uma dieta equilibrada faz parte da receita para ter uma pele bacana.

4- Cigarro

“A nicotina atrapalha a produção natural de colágeno e danifica o DNA das células”, cita o médico da SBD. Fora que o biquinho feito ao fumar causa linhas ao redor da boca. Inevitável falar que o melhor é parar, certo?

5- Pouco sono

Loyola frisa que o descanso inadequado desregula nossos hormônios. “E alguns deles são fundamentais para auxiliar na recuperação da pele após danos ocasionados por fatores externos”, raciocina. Hora de selar a paz com a cama.

6- Falta de limpeza diária

Uma higiene caprichada faz muito mais do que remover resíduos perigosos na pele. Associada à tonificação, ela prepara o rosto para receber os ativos de tratamento, como ácidos e compostos antioxidantes. Use água e sabonete próprio para sua pele.

7- Estresse

Ele também induz a produção dos temidos radicais livres, afetando o bom fornecimento de colágeno. Mais uma razão para colocar cremes antioxidantes na prateleira.

8- Luz artificial

Sabe a luz emitida por celulares, tablets e computadores? Especula-se que ela também prejudique a cútis. O protetor solar com cor é a pedida certa para barrá-la.
Fonte: Revista saúde