quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Eu sei o que tenho que fazer para emagrecer. E por que não faço?

formula do emagrecimento definitivo, antonio herbert lancha jrAntonio Herbert Lancha Jr explica os mecanismos que nos fazem desistir de um estilo de vida mais saudável - e ensina a driblá-los

Nesta semana, tivemos uma aula muito interessante dentro da disciplina de Coaching de Bem-estar e Saúde, que desenvolvemos atualmente na Universidade de São Paulo (USP). Aliás, esse curso, o único a abordar essa visão de atendimento do profissional de saúde, é o primeiro no Brasil e, pelo que nos foi informado, também o primeiro na América Latina – no fim do texto eu explico brevemente no que ele consiste.
Enfim, logo após um exercício onde associamos conhecimento com mudanças de atitude, fomos gratificantemente surpreendidos pelo comentário de um aluno. Ele disse: “Eu já fiz vários cursos, estudei programação neurolinguística e outras temáticas e não coloco esse conhecimento em ação”.
Achei a observação tão rica que decidi trazê-la para essa coluna. Por que as pessoas que querem emagrecer não emagrecem? Salvo algumas exceções, a maioria delas sabe o que precisa fazer. Então, o que está acontecendo no planeta? 

Consciência e planejamento

O fato é que vivemos nossa vida no automático. Vou te dar um número: passamos 40% do dia fazendo atividades de maneira quase inconsciente. Tomamos banho, escovamos os dentes, trocamos de roupa, dirigimos nossos carros e, pasme, comemos sem prestar atenção no que colocamos na boca.
Ainda assim, por que não tomamos as rédeas da vida quando realmente desejamos algo para nós, como emagrecer? Duas são as variáveis apontadas pela literatura:
1) Temos dificuldade de tirar a vida do automático. Mudar as atitudes requer um tempo de reprogramação. Você precisa estar presente em sua agenda todo dia.
2) Idealizamos as mudanças no estilo de vida como grandes projetos, e não como pequenos ajustes planejados
Explico melhor. Quando pensamos em emagrecer, vislumbramos um número enorme de tarefas. Você promete treinar todo dia, cortar da dieta os alimentos considerados vilões do emagrecimento – o que não existe –, preparar todas as refeições em casa, abolir os industrializados…
Claro que adotar tudo isso junto não vingará. O projeto é maior que o seu orçamento emocional pode pagar, principalmente no longo prazo.
Para não sofrer, ajuste seu projeto para o realizável. Não está treinando? Então comece usando as escadas do trabalho, ou suba um andar do seu prédio para pegar o elevador. Não come fruta? Experimente comprar algumas no mercado na próxima visita e, antes de ir dormir, coloque-as ao lado da bolsa para servir como um lanchinho da tarde.
Resumindo, faça pequenos gestos em direção à sua meta com os conhecimentos que você já tem. E dê os primeiros passos agora. Na medida em que esse projeto caminhar, ajuste com um profissional mais detalhes e acelere aos poucos em direção ao seu sonho.
É como uma viagem: você programa, faz as malas, enche o tanque do carro, pega a estrada certa em direção ao seu destino e, depois de um tempo, chega onde planejou. Todos os grandes projetos da humanidade começaram com os pequenos movimentos.

A disciplina de Coaching de Bem-estar e Saúde

Nessa visão, o paciente muda de status. Ele deixa de ser “paciente” e vira “cliente”. Na área da saúde, essa última palavra às vezes causa estranheza, mas a ideia é dar força e poder de decisão na condução de sua própria saúde.
O profissional de saúde se torna um aliado e parceiro de jornada. Ele não abre mão do conhecimento adquirido, porém respeita a vontade do cliente em receber ou não certas informações. E, acima de tudo, aprende a se comunicar de forma não violenta.
Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

O que é bursite e qual seu tratamento?

o que e bursite e tratamento, da fisioterapia ao remedio

Essa inflamação que causa muita dor não atinge só os ombros. Conheça o problema, seus sintomas e como remediá-lo adequadamente


bursite é uma inflamação das bursas – pequenas bolsas que ficam entre ossos, músculos e tendões. E não, ela não afeta só os ombros. Essa lesão pode atingir e incomodar quadril, joelhos, pés e cotovelos. E tem, como principais causas, o envelhecimento e o uso repetitivo de determinadas articulações.
A seguir, você entende o passo a passo do surgimento da bursite, assim como as partes do corpo mais afetadas e o tratamento:

1. As bursas

Em todas as juntas do corpo, nas quais os tendões encontram os ossos e os músculos, existem as bursas, que têm a função de evitar o atrito entre essas estruturas. São cerca de 70 distribuídas por todo o organismo.
A bursa é uma espécie de almofada achatada composta de uma membrana recheada por líquido sinovial, lubrificante de aspecto viscoso, parecido com um óleo.

2. Inflamou, inchou, doeu…

Movimentos repetitivos com as articulações – imagine alguém que corre ou joga tênis – podem deixar a bursa inflamada. Aí o corpo passa a produzir mais líquido sinovial, menos viscoso, e aquela bolsinha aumenta de tamanho. Além do inchaço, a inflamação gera dor e, às vezes, vermelhidão. O incômodo é mais intenso ao movimentar a junta ou mesmo ao apalpá-la.

3. Limitação de movimento

A bursite pode ser acompanhada de uma inflamação no tendão, o que costuma incitar um depósito de cálcio dentro de suas fibras. É o que se chama de tendinite calcária. Em algumas situações, o mineral se acumula também dentro da bursa. Esses depósitos de cálcio, mais comuns nos ombros e no quadril, podem, com o tempo, enrijecer a região e limitar movimentos.

As áreas que mais sofrem com a bursite

Ombros: estão entre os locais mais afetados. Costumam sofrer com a bursite ali pintores, nadadores, tenistas, entre outros atletas.
Cotovelos: não é raro que a bursite aqui venha com inchaço e vermelhidão. Tenistas e golfistas penam bastante.
Quadril: a inflamação nessa parte do corpo geralmente vem acompanhada de tendinite. Comum entre corredores.
Joelhos: movimentos repetidos, falta de alongamento e tempo demais ajoelhado abrem alas à encrenca. Mais frequente em atletas.

Medidas e tratamentos contra o problema

Repouso: tem que parar com a atividade que está provocando a bursite.
Gelo: compressas em baixa temperatura ajudam a reduzir o inchaço e a dor.
Anti-inflamatórios: aceleram o controle dos sintomas, sobretudo quando gelo e repouso não resolvem.
Fisioterapia: fortalece os músculos da região para não sobrecarregar as estruturas lesadas.
Aspiração: parte do líquido acumulado na bursa é extraída com uma seringa.
Cirurgia: a remoção da bursa via bisturi é a última e rara opção terapêutica.
Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

O salto do número de casos da hepatite A

Aumento expressivo do número de pessoas com essa infecção em cidades brasileiras preocupa as autoridades. Veja como se proteger

hepatite a é contagiosa

Segundo a Secretaria de Saúde de São Paulo, durante o ano de 2016 foram registradas 64 notificações de hepatite A no estado paulista. Em 2017, o número pulou para 786. Nos quatro primeiros meses de 2018, a cifra já está em 301 indivíduos e, ao que tudo indica, o total de infectados será ainda maior até dezembro.
Mas o que explicaria esse fenômeno, que se repete na mesma velocidade em outros municípios? “No cenário atual, a infecção está atingindo principalmente homens que fazem sexo com homens”, observa o médico Paulo Abrão, da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Nesses casos, o principal tipo de contágio é o sexo oral – outras formas envolvem a ingestão de água ou comida contaminadas pelo vírus. “As formas de prevenção incluem tomar a vacina contra a hepatite A, limpar bem os alimentos antes de consumi-los e fazer uma boa higiene do corpo“, lista Abrão.

Perfil da infecção

Contágio: o vírus invade o organismo pela boca. No surto dos últimos meses, o risco está ligado sobretudo a sexo oral sem proteção.
Sintomas: vômito, febre e icterícia podem pintar. Na maioria das vezes, o quadro evolui bem. Raramente, o fígado sofre uma hepatite fulminante.
Tratamento: nesses casos mais graves, é necessário agir com extrema rapidez para evitar a morte. O indivíduo precisa de um transplante urgente.
Vacina: disponível na rede pública desde 2014 para crianças com mais de 12 meses de vida, ela pode ser tomada em qualquer faixa etária.
Fonte: Revista saúde

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Hemofilia: novo remédio traz mais segurança e comodidade

hemofilia novo remédioTratamento aumenta o número de boas notícias no controle a doença, marcada pela perda excessiva e incontrolável de sangue.


Nosso corpo tem um sistema muito inteligente para estancar sangramentos e impedir o desperdício de um líquido tão primordial: um conjunto de 13 proteínas age em sequência para permitir que o processo de coagulação ocorra normalmente. Nos pacientes com hemofilia, problema hereditário que afeta mais de 11 mil brasileiros, há uma falha na oitava ou na nona proteína dessa cascata. Assim, qualquer pancada ou corte na pele se torna um verdadeiro risco à vida — isso quando a perda de sangue não acontece espontaneamente.
A única maneira de evitar uma sangria desatada era repor essas proteínas por meio de três ou quatro infusões semanais. Apesar de ser um procedimento vital para evitar as complicações, os pacientes sempre se queixaram da falta de comodidade e dos incômodos de levar tantas picadas para encontrar as veias. E isso sem contar o fato de 30% deles desenvolverem uma espécie de reação imune à reposição dos fatores de coagulação. Nesses casos, o organismo começa a produzir anticorpos que atacam as substâncias utilizadas na terapia, que deixa de funcionar a contento. 
Mas há uma novidade no front: a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de liberar no país a venda do medicamento emicizumabe. Ele está indicado para os indivíduos com a hemofilia do tipo A (quando o defeito está na oitava proteína daquela cascata). “Nos estudos que serviram de base para a aprovação, observamos uma redução de 100% nos sangramentos entre os voluntários que desenvolveram inibidores ao tratamento usual”, destaca o médico Lenio Alvarenga, diretor da Roche Farma Brasil, laboratório responsável pelo fármaco recém-lançado.
Outra vantagem da nova droga está na forma de aplicação: saem de cena as infusões intravenosas dia sim, dia não, e entram as injeções subcutâneas, tomadas uma única vez na semana. “Estamos falando de uma melhora drástica na qualidade de vida, o que se traduz no maior avanço nessa área dos últimos 20 anos”, ressalta Alvarenga. O preço da medicação ainda está em análise e discussão nas instâncias governamentais.

Maré de boas novas

A chegada do emicizumabe em terras brasileiras é mais um exemplo de uma revolução que acontece atualmente na hemofilia. Em 2016, a farmacêutica Biogen já havia trazido um princípio ativo de longa duração para quem tinha o tipo B da enfermidade (quando a falha está no fator nove da coagulação). No ano passado, foi a vez de a Pfizer anunciar conquistas importantes no desenvolvimento de um método capaz de consertar a mutação genética por trás da condição — resultados mais conclusivos sobre essa proposta são esperados para os próximos anos.
Fonte: Revista saúde

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Os sinais de ansiedade no dia a dia

Sintomas físicos e mentais desse transtorno psiquiátrico costumam aparecer no cotidiano (ou diante de alguns desafios). Veja como identificá-los

Sinais da ansiedade e sintomas físicos das crises (falta de ar)
A diferença entre uma preocupação normal e a ansiedade muitas vezes está na intensidade dos sintomas e sinais. Até pensando nisso, a Associação Americana de Depressão e Ansiedade listou exemplos de como uma pessoa com esse transtorno psiquiátrico se comporta frente a situações comuns no dia a dia, em comparação com outra sem ele.
Claro que não dá para diagnosticar o problema só com base nas pistas abaixo. Mas elas podem levantar a suspeita para o quadro e agilizar a busca por um profissional de saúde, que cravará a presença de ansiedade ou não.

Preocupações

Sem ansiedade: ficar preocupado com o pagamento das contas do mês, com o risco de ser demitido, com o término de um relacionamento amoroso…
Com ansiedade: Pensar constantemente que essas possibilidades (falta de dinheiro, demissão, pé na bunda, entre outros) vão ocorrer a qualquer segundo.

Medos

Sem ansiedade: medo realista de algum objeto, lugar ou situação que podem ferir ou matar.
Com ansiedade: temor irracional de algo que, na verdade, não representa grande perigo.

Traumas

Sem ansiedade: se sentir triste ou não conseguir dormir direito depois de passar por um evento traumático.
Com ansiedade: pesadelos recorrentes e incapacidade de tirar da cabeça essa sensação desagradável.

Festas e reuniões

Sem ansiedade: se sentir estranho ou ligeiramente desconfortável em ocasiões sociais, como festas e reuniões.
Com ansiedade: fugir dessas situações a todo custo pelo medo de ser julgado, constrangido ou humilhado por estranhos.

Provas ou apresentações no trabalho

Sem ansiedade: ficar nervoso ou suar bastante durante uma prova ou uma apresentação no trabalho.
Com ansiedade: dificuldades para respirar ou falar e ficar com o coração acelerado, a ponto de não cumprir a tarefa.
Fonte: Revista saúde