Você pode nunca ter ouvido falar em
desreguladores endócrinos, mas com certeza já esteve diante de alguns
deles. A ciência está descobrindo que produtos do nosso cotidiano, como
esmaltes, televisão e até água encanada, escondem substâncias capazes de
alterar o funcionamento do nosso corpo. "Disruptores endócrinos são
compostos artificiais ou naturais que interferem na ação dos nossos
hormônios e nos expõem a doenças", define Tânia Bachega, presidente da
comissão que estuda o tema na Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (Sbem).
Hoje, há suspeitas sobre mais de 800 misturas químicas. "Elas estão
na indústria e na agricultura e entram no corpo pela ingestão de água,
de alimentos e pela respiração", diz a química Débora Santos, da
Universidade Federal de Pernambuco. Os efeitos dos tais desreguladores
podem demorar décadas para aparecer. E existem situações em que o
problema só dá as caras nas gerações futuras.
Foi o que aconteceu com o dietilestilbestrol, remédio prescrito entre os
anos 1940 e 1970 para gestantes. "Anos depois, as filhas das mulheres
que o utilizaram desenvolveram câncer e infertilidade", conta o
toxicologista Anthony Wong, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Só
após 30 anos de uso e muitas vidas afetadas, sua venda foi proibida. Mas
é provável que a ameaça não se restrinja aos fármacos. Que o ar que
respiramos e a comida que engolimos também estejam "contaminados".
Uma pesquisa da entidade Environmental Working Group, especializada
em saúde ambiental, apontou os 12 disruptores atuais mais perigosos.
Abaixo, você descobre quais são eles:
PBDE
Composto químico que evita que os equipamentos peguem fogo. É
encontrado em eletrônicos, como celular, televisão e videogame, móveis,
carpetes, colchões e alguns travesseiros. Podem causar distúrbios na
tireoide, infertilidade feminina e problemas neurológicos em crianças.
DIOXINA
Química presente em pesticidas como o DDT e no branqueamento do
papel. Está relacionada a problemas como infertilidade, aborto, diabete,
endometriose e déficits imunológicos.
ATRAZINA
O herbicida é usado no controle de pragas de plantações de milho e cana-de-açúcar. Pode causar infertilidade e câncer.
CHUMBO
O elemento químico encontrado em tintas, cigarro e água encanada pode estar por trás de distúrbios na tireoide.
BISFENOL A
A substância é encontrada em alguns tipos de plásticos e revestimento
de enlatados. O contato com ela está relacionado à produção de
espermatozoides defeituosos, puberdade precoce, câncer, obesidade,
diabete e doenças cardiovasculares.
PERCLORATO
Encontrado em combustível de foguetes espaciais e na composição de fogos de artifício, pode causar distúrbios na tireoide.
ARSÊNICO
O elemento químico está presente em pesticidas, alguns alimentos e
água encanada. O excesso pode causar câncer de pele, bexiga, pulmões e
alterações sexuais.
MERCÚRIO
Presente em alguns peixes, frutos do mar e usinas de energia movidas a
carvão, o metal está relacionado à redução do QI de crianças, problemas
no ciclo menstrual e alterações no pâncreas.
FTALATO
Esse grupo de compostos químicos pode ser encontrado em cosméticos,
como esmaltes e perfumes, na pavimentação de ruas, cortinas de
chuveiros, couro sintético e vinil. Pode causar anormalidades genitais,
interferência em hormônios como testosterona e estrogênio e no
desenvolvimento das mamas.
QUÍMICOS PERFLUORADOS
Presentes em panelas antiaderentes, roupas, carpetes e capas de chuva podem causar distúrbios na tireoide e infertilidade.
COMPOSTOS ORGANOFOSFORADOS
Presentes em inseticidas, a química está ligada ao déficit de
testosterona e problemas na gestação, como pré-eclâmpsia e até aborto.
DIETILENOGLICOL
Esta substância encontrada em produtos de higiene pessoal e solventes
industriais, pode estar ligada à redução na movimentação dos
espermatozoides.
Fonte: Revista Saúde
Você pode nunca ter ouvido falar em
desreguladores endócrinos, mas com certeza já esteve diante de alguns
deles. A ciência está descobrindo que produtos do nosso cotidiano, como
esmaltes, televisão e até água encanada, escondem substâncias capazes de
alterar o funcionamento do nosso corpo. "Disruptores endócrinos são
compostos artificiais ou naturais que interferem na ação dos nossos
hormônios e nos expõem a doenças", define Tânia Bachega, presidente da
comissão que estuda o tema na Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia (Sbem).
Hoje, há suspeitas sobre mais de 800 misturas químicas. "Elas estão
na indústria e na agricultura e entram no corpo pela ingestão de água,
de alimentos e pela respiração", diz a química Débora Santos, da
Universidade Federal de Pernambuco. Os efeitos dos tais desreguladores
podem demorar décadas para aparecer. E existem situações em que o
problema só dá as caras nas gerações futuras.
Foi o que aconteceu com o dietilestilbestrol, remédio prescrito entre os anos 1940 e 1970 para gestantes. "Anos depois, as filhas das mulheres que o utilizaram desenvolveram câncer e infertilidade", conta o toxicologista Anthony Wong, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Só após 30 anos de uso e muitas vidas afetadas, sua venda foi proibida. Mas é provável que a ameaça não se restrinja aos fármacos. Que o ar que respiramos e a comida que engolimos também estejam "contaminados".
Uma pesquisa da entidade Environmental Working Group, especializada em saúde ambiental, apontou os 12 disruptores atuais mais perigosos.
Abaixo, você descobre quais são eles:
Foi o que aconteceu com o dietilestilbestrol, remédio prescrito entre os anos 1940 e 1970 para gestantes. "Anos depois, as filhas das mulheres que o utilizaram desenvolveram câncer e infertilidade", conta o toxicologista Anthony Wong, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Só após 30 anos de uso e muitas vidas afetadas, sua venda foi proibida. Mas é provável que a ameaça não se restrinja aos fármacos. Que o ar que respiramos e a comida que engolimos também estejam "contaminados".
Uma pesquisa da entidade Environmental Working Group, especializada em saúde ambiental, apontou os 12 disruptores atuais mais perigosos.
Abaixo, você descobre quais são eles:
PBDE
Composto químico que evita que os equipamentos peguem fogo. É
encontrado em eletrônicos, como celular, televisão e videogame, móveis,
carpetes, colchões e alguns travesseiros. Podem causar distúrbios na
tireoide, infertilidade feminina e problemas neurológicos em crianças.
DIOXINA
Química presente em pesticidas como o DDT e no branqueamento do
papel. Está relacionada a problemas como infertilidade, aborto, diabete,
endometriose e déficits imunológicos.
ATRAZINA
O herbicida é usado no controle de pragas de plantações de milho e cana-de-açúcar. Pode causar infertilidade e câncer.
CHUMBO
O elemento químico encontrado em tintas, cigarro e água encanada pode estar por trás de distúrbios na tireoide.
BISFENOL A
A substância é encontrada em alguns tipos de plásticos e revestimento
de enlatados. O contato com ela está relacionado à produção de
espermatozoides defeituosos, puberdade precoce, câncer, obesidade,
diabete e doenças cardiovasculares.
PERCLORATO
Encontrado em combustível de foguetes espaciais e na composição de fogos de artifício, pode causar distúrbios na tireoide.
ARSÊNICO
O elemento químico está presente em pesticidas, alguns alimentos e
água encanada. O excesso pode causar câncer de pele, bexiga, pulmões e
alterações sexuais.
MERCÚRIO
Presente em alguns peixes, frutos do mar e usinas de energia movidas a
carvão, o metal está relacionado à redução do QI de crianças, problemas
no ciclo menstrual e alterações no pâncreas.
FTALATO
Esse grupo de compostos químicos pode ser encontrado em cosméticos,
como esmaltes e perfumes, na pavimentação de ruas, cortinas de
chuveiros, couro sintético e vinil. Pode causar anormalidades genitais,
interferência em hormônios como testosterona e estrogênio e no
desenvolvimento das mamas.
QUÍMICOS PERFLUORADOS
Presentes em panelas antiaderentes, roupas, carpetes e capas de chuva podem causar distúrbios na tireoide e infertilidade.
COMPOSTOS ORGANOFOSFORADOS
Presentes em inseticidas, a química está ligada ao déficit de
testosterona e problemas na gestação, como pré-eclâmpsia e até aborto.
DIETILENOGLICOL
Esta substância encontrada em produtos de higiene pessoal e solventes
industriais, pode estar ligada à redução na movimentação dos
espermatozoides.
Fonte: Revista Saúde
Fonte: Revista Saúde