Com certeza! A obesidade e o sedentarismo estão entre os principais fatores de risco para problemas cardíacos.
Não deixar que o sobrepeso e a obesidade
tomem conta do pedaço é uma meta que vai muito além da vaidade. Já está
comprovado que existe uma relação direta entre o excesso de peso e o
surgimento de males como hipertensão, diabete, taxas altas de
triglicérides e baixas de HDL, o colesterol bom.
Se por si só essas condições contribuem para o aparecimento das doenças cardiovasculares, quando se aliam ao sedentarismo,
então, o perigo dispara. E no Brasil, veja só, tanto o peso de sobra
como a inatividade física são a realidade para mais da metade da
população
Ninguém aqui vai discordar que a correria do dia a dia tem a ver com
esses dados preocupantes. É difícil mesmo resistir à praticidade do
combo hambúrguer, batata frita e refrigerante
no almoço quando a agenda está apertada. E o que dizer de achar tempo
para malhar? Quando a gente se dá conta, os quilos se acumulam e vem
aquela falta de ar até pra subir alguns degraus — é o coração se
esforçando cada vez mais para bombear o sangue.
Não é para sair por aí fazendo loucuras para emagrecer de qualquer
jeito, claro. Os ganhos em saúde e bem-estar dependem de adaptações
muitas vezes simples e prazerosas. A prática de exercícios físicos
é uma delas. E nem estamos falando necessariamente de se matricular
numa academia. Basta incluir uma caminhada em algum momento do dia. Da
mesma forma, fazer escolhas saudáveis à mesa não é nenhum bicho de sete
cabeças. Com o tempo, acredite, você estará celebrando os benefícios:
perda de peso, menos ansiedade, ganho de fôlego, melhora no padrão do
sono…
Fonte: Revista saúde
A hortaliça ajuda na saúde ocular e dá força para os exercícios, e ainda combate a anemia.
Relatos apontam que, no final do século 19, pesquisadores erraram a
vírgula ao quantificar o teor de ferro do espinafre. O vegetal passou
décadas com a fama de esbanjar o mineral e por isso foi, inclusive, o
eleito para dar forças ao intrépido marinheiro Popeye. Tempos depois
ficou comprovado que suas folhas não são as melhores fontes do
nutriente. Entretanto, elas concentram excelentes teores de ácido
fólico, uma vitamina que também atua contra a anemia. Portanto, apesar do equívoco técnico, ele merece prestígio no embate contra o desânimo e a falta de força.
Para completar, a hortaliça garante energia de sobra para os
músculos. O efeito tem relação com uma substância conhecida como nitrato
e que no nosso organismo se transforma em óxido nítrico, favorecendo
uma melhor utilização do oxigênio pelas células musculares. Trata-se de
um grande serviço para os praticantes de atividade física, particularmente.
E, graças aos carotenoides, o alimento é um paladino da saúde ocular.
Ao menos três integrantes desse clã de pigmentos aparecem ali. Há o
betacaroteno, precursor da vitamina A e que afasta a catarata, e, ainda,
a luteína e a zeaxantina,relacionadas ao menor risco de degeneração
macular, outra causa importante de cegueira. Sim, Popeye tinha uma baita
visão.
UM CONSELHO
Para quem não gosta do sabor in natura, que tem um toque amargo, ou
não aprova a textura das folhas, que podem ser difíceis de mastigar,
vale incluir o espinafre na receita de cremes, panquecas e massas. Outra
sugestão é refogá-lo junto de cebola e alho, numa mistura que é rica em
componentes protetores.
Fonte: Revista saúde
Consumir só 400 ml de bebidas adoçadas, diet ou ou zero por dia dobra o risco de desenvolver diabete.
Consumir menos de meio litro de bebidas açucaradas por dia é o
suficiente para dobrar o risco de se desenvolver diabete, mostra um
estudo publicado pela European Society of Endocrinology. E, ao contrário do que pode parecer, quem opta pelas versões diet ou zero não sai ileso a esse risco.
Os resultados foram obtidos após a análise dos hábitos alimentares de
mais de 2 800 pessoas. A pesquisa mostra que a ingestão diária de 400
mililitros (ml) de produtos como refrigerantes ou néctares (refresco que
não é composto exclusivamente por suco integral) aumenta em duas vezes o
risco de diabete.
As versões adoçadas artificialmente, conhecidas como zero ou diet,
apresentaram resultados semelhantes às convencionais. Segundo o estudo,
tal relação pode ser explicada, entre outros fatores, por um efeito
estimulante ao apetite provocado por elas. Ou seja, o
sujeito compensaria a ingestão de uma bebida zero com refeições fartas
na sequência.
Além do diabete tipo 2, a pesquisa analisou também uma variedade mais
rara da doença, a LADA – que é autoimune, assim como a tipo 1, e
geralmente ocorre em adultos. Nos dois casos, constatou-se o risco em
dobro como consequência do consumo de duas doses diárias, cada uma de
200 ml.
Também foi analisada a ingestão de mais de um litro das bebidas por
dia; nesse caso, o risco de desenvolver diabete tipo 2 chegou a ser dez
vezes maior do que entre os que não consomem nenhuma quantidade. Por
conta da baixa frequência com que esse hábito foi relatado, o estudo
destaca que esse resultado é menos expressivo.
A relação do diabete tipo 2 com as bebidas açucaradas já tem sido
evidenciada em trabalhos anteriores. Os riscos em relação à LADA, por
outro lado, não são tão evidentes e foram o principal foco do estudo.
Segundo os pesquisadores, ainda são necessárias novas investigações para
avaliar o elo das bebidas com a LADA e, também, para esclarecer os
efeitos das bebidas adoçadas artificialmente.
Fonte: Exame.com
Estudo brasileiro comprova que tratar o problema de fundo alérgico com imunizantes faz os sintomas darem trégua por um bom tempo.
Há 30 anos, o otorrinolaringologista Edmir Américo Lourenço, da
Faculdade de Medicina de Jundiaí, no interior paulista, deu início à
aplicação de vacinas terapêuticas feitas por ele mesmo em indivíduos com
rinite alérgica. Chamada de imunoterapia, a técnica surtia efeitos
impressionantes. Mas como provar sua eficácia? Em 2005, ele começou a
recrutar pacientes e submetê-los a um protocolo-padrão, como mandam as
boas práticas da ciência. Dez anos depois, os resultados demonstram o
que Lourenço suspeitava: 79% dos voluntários viram as crises de espirro,
coriza e coceira sumirem de vez.
Para o estudo, publicado no periódico International Archives of Otorhinolaryngology,
o médico selecionou 281 pacientes entre 3 e 69 anos – além de rinite
alérgica, alguns sofriam de asma. Primeiro, submeteu essa gente a um
teste de pele que identifica a quais componentes o indivíduo é sensível.
Foram testados ácaro, fungo, pelo de animais, pólen e penas. A partir
dos laudos, o médico elaborou uma vacina para cada paciente. Está aí um
conceito-chave da imunoterapia: o tratamento é personalizado, baseado em
alérgenos específicos. “A ideia é dessensibilizar o paciente até ele
ficar sem sintomas”, explica Lourenço.
Durante 14 meses, os voluntários receberam mais de 30 aplicações da
vacina. As primeiras doses continham uma quantidade pequena dos
alérgenos. A segunda, uma concentração média; a terceira, mais forte; e a
quarta e última dose, extraforte. Os pacientes eram monitorados até 30
minutos após a picada – em caso de reação, os remédios podiam entrar em
cena tranquilamente. Logo após as primeiras sessões, os pacientes
relataram estar com o nariz desobstruído. Um ganho e tanto para quem
vira e mexe se vê com a respiração travada.
Só tem um porém na história: o preço do procedimento. Alguns
hospitais públicos até fornecem a imunoterapia pelo Sistema Único de
Saúde (SUS), mas a maior oferta se encontra em clínicas particulares. “O
tratamento chega a custar entre 6 mil e 12 mil reais por ano”, diz o
otorrinolaringologista Olavo Mion, professor da Universidade de São
Paulo. Na experiência de Lourenço, as aplicações duraram um ano e dois
meses. Mas esse tempo pode se estender até cinco anos.
A imunoterapia que combate a rinite alérgica não é uma técnica nova.
Pelo contrário: trata-se de um método centenário. Em 1911, o cientista
inglês Leonard Noon (1877-1913) publicou o primeiro artigo defendendo a
eficácia das vacinas terapêuticas contra essa condição crônica – hoje,
ela afeta quase um terço da população. “Mas desde 1835 havia relatos de
que era uma alternativa promissora”, conta o médico José Carlos Perini,
presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia.
Desde então, centenas de pesquisas fortaleceram as evidências de que
expor o organismo a microdoses dos alergênicos é uma maneira eficiente
de ensinar as próprias defesas a tolerá-los melhor. No final da década
de 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou até a reconhecer a
imunoterapia como único procedimento médico capaz de alterar o curso de
uma doença alérgica.
Acontece que ela não é para todo mundo. Médicos costumam prescrevê-la
a indivíduos que, durante uma crise, formam anticorpos de uma classe de
proteínas batizada de imunoglobulina (famosa pela sigla IgE). Trata-se
de uma das manifestações mais comuns da rinite, mas não a única. Além
disso, as vacinas dão mais certo em quem é sensível a poucos alérgenos.
“E os melhores resultados são contra os ácaros, uma das alergias mais
frequentes”, completa Mion, também presidente da Academia Brasileira de
Rinologia.
São tantos detalhes que, para ter sucesso no tratamento, o jeito é
procurar um alergista com experiência na área – e que faça as aplicações
em uma clínica ou hospital com estrutura para atender eventuais reações
às doses. “Embora não haja relatos de mortes há mais de 30 anos, a
imunoterapia pode ter consequências fatais”, alerta Perini.
Também é bom frisar que falar em sucesso não tem nada a ver com cura –
essa ainda não existe. A grande sacada da imunoterapia é deixar o
indivíduo livre de crises por bons anos depois do ciclo de injeções. “Os
outros tratamentos contra a rinite duram o tempo de ação do
medicamento. Se o indivíduo para de tomar, o efeito acaba”, esclarece o
médico Edmir Lourenço. “Com a imunoterapia, a proteção se mantém”,
assegura.
Ainda assim não dá para relaxar 100%. “Se você tem 3 milhões de
anticorpos e vai para uma casa de praia úmida e suja e entra em contato
com 5 milhões de ácaros, as crises vão voltar”, ilustra Lourenço. É como
entrar em um campo de batalha com milhares de soldados a menos: as
perspectivas não são nada favoráveis. Por isso, certos cuidados
permanecem imprescindíveis após as vacinas. “Lave sempre o nariz com
soro fisiológico, mantenha a casa limpa e evite entrar em contato com o
causador da alergia”, exemplifica a imunologista Mariana Jobim, do
Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Quando o receio é a agulha
As picadas frequentes fazem você torcer o nariz para a imunoterapia?
Então escuta essa: uma versão sublingual não deve demorar muito para
virar realidade. Em um trabalho americano publicado recentemente na
revista Allergy & Asthma Proceedings, foram revisados
experimentos feitos até hoje com as duas técnicas. E ambas se mostraram
eficazes contra a rinite e a asma. “Mas a sublingual só funciona nas
pessoas que seguem as prescrições médicas à risca”, observa Mariana.
Isso porque o paciente tem que tomar religiosamente as doses no período
indicado para desfrutar dos benefícios.
Fora o custo e as agulhas, tem a questão do tempo de acompanhamento:
por ser longo, eleva o risco de desistência no meio do caminho. Mas os
cientistas também estão pesquisando maneiras de resolver esse entrave.
Entre as soluções estão emplastros contendo baixas doses de alérgenos e
esquemas com número reduzido de injeções. Como se vê, a centenária
imunoterapia ganhará novas roupagens. Sinal de que, atualmente, é a
grande aposta para garantir um clima de paz entre o alérgico e seu
nariz.
Diagnóstico mais preciso
Além do teste cutâneo que flagra os causadores de alergia e a dosagem
do anticorpo IgE, os exames de sangue evoluíram muito nos últimos anos.
Um deles, o 3gAllergy, da Siemens Healthineers, faz o diagnóstico em 65
minutos e tem alta sensibilidade para detectar múltiplos alérgenos.
“Como seu resultado é quantitativo, serve também para avaliar se o
tratamento está dando certo”, destaca Gisela Bozzo, gerente de produto
da marca. Outra opção é o ISAC, sigla para Immuno Solid-phase Allergen
Chip, que detecta reações contra 112 alérgenos de 51 fontes diferentes. É
indicado para pessoas com suspeita de serem sensíveis a muitos fatores
ao mesmo tempo.
Qual rinite é a sua?
Existem vários tipos do problema. Descubra qual o seu
Persistente
Dura ao menos de quatro dias a quatro semanas consecutivas. Facilita o
desenvolvimento de resfriados, gripes e sinusite. Está mais associada a
pelos de animais, ácaros e alimentos.
Intermitente
Manifesta-se por no máximo quatro dias ou menos de quatro semanas
seguidas. É conhecida como rinite sazonal, porque costuma estar atrelada
à mudança das estações. Por trás das crises geralmente estão mofo e
pólen.
Leve
A crise é tão branda que não chega a afetar as atividades diárias ou o sono.
Moderada
Os sintomas começam a incomodar, abalando o repouso e a rotina.
Grave
As crises prejudicam seriamente o descanso e a qualidade de vida.
Os principais alérgenos
– Pólen
– Ácaros
– Fungos
– Pelos de animais
– Penas
Fonte: Revista saúde