Ocitocina: muito além de hormônio do amor
Esse hormônio produzido principalmente no cérebro não tem como única
tarefa promover afeição entre as pessoas. Conheça algumas das
influências recém-estudadas da ocitocina em nosso comportamento e
funções corporais.
1. INCENTIVAR A RIVALIDADE NO SEXO MASCULINO
Na
Universidade de Haifa, em Israel, homens que receberam doses
intranasais de ocitocina passaram a analisar imagens e fatos
apresentados pelos pesquisadores de maneira mais competitiva. É possível
que a substância fomente essa atitude para que os marmanjos protejam os
familiares de ameaças com afinco.
2. FIXAR MEMÓRIAS (ATÉ AS NEGATIVAS)
Já
há algum tempo se sabe que a ocitocina auxilia a armazenar lembranças.
Mas cientistas da americana Universidade Northwestern mostram agora que
ela ajuda inclusive a guardar traumas no cérebro. Logo, em excesso,
poderia deflagrar fobias e ansiedade intensa.
3. DAR INÍCIO AO TRABALHO DE PARTO E FORTALECER O ELO ENTRE PAIS E FILHOS
Quando
chega a hora de o bebê nascer, o nível de ocitocina no organismo da mãe
dispara. "É ela que estimula as contrações uterinas", explica Celso
Franci, fisiologista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo. A molécula ainda firma o estreito vínculo da
prole com os pais.
4. ESTABELECER LAÇOS AMOROSOS
Sobra
ocitocina em um casal apaixonado - tanto que ela ganhou o apelido de
hormônio do amor. Nesse cenário, a substância parece reforçar o
sentimento de carinho. "Há estudos em animais que a relacionam até com
comportamentos monogâmicos", completa Franci.
SERÁ QUE VAI VIRAR REMÉDIO?
A
ocitocina despertou a atenção das indústrias farmacêuticas, que vêm
avaliando seu potencial contra distúrbios mentais. Contudo, por atuar em
tantos processos distintos, talvez provoque reações adversas que
dificultem sua comercialização - a já citada ansiedade é um exemplo.
Resta esperar análises específicas para verificar o real efeito de
pílulas à base dessa molécula.
Fonte: Revista saude - editora abril
Nenhum comentário:
Postar um comentário