Estudo brasileiro mostra que tomar dois copos por dia turbina a queima de calorias e favorece a perda de barriga
Poções
mágicas para emagrecer não existem. Mesmo. Mas pode ser que você fique
tentado a encarar o suco de uva dessa maneira depois de conhecer os
resultados de uma pesquisa realizada recentemente no sul do país. No
trabalho, assinado pela biomédica Caroline Dani e a bioquímica Cláudia
Funchal, ambas do Centro Universitário Metodista, em Porto Alegre, 40
pessoas acima de 60 anos - algumas com sobrepeso - foram orientadas a
consumir, todos os dias, 400 mililitros de suco de uva. Nada
sobre-humano: um copo no almoço e outro no jantar. Em apenas um mês, as
pesquisadoras notaram o efeito dessa atitude na balança. "Os voluntários
emagreceram, em média, 3 quilos. Um deles chegou a perder 5 quilos",
revela Caroline.
Mas como ela sabe que foi mesmo a inclusão do suco o que fez
diferença no processo de emagrecimento? Afinal, as pessoas podiam ter
cortado o refrigerante, os doces e as frituras e suado à beça na
esteira. "Isso não aconteceu. Inclusive, pedimos aos participantes que
não alterassem sua dieta nem a frequência dos exercícios físicos",
esclarece a biomédica.
Ciência por trás do trunfo
A uva é um alimento de composição bem especial, parecida
com a das poderosas berries americanas. "No Brasil, que não produz a
cranberry e o mirtilo, por exemplo, ela é provavelmente a fruta com o
maior teor de polifenóis a nossa disposição", avalia a farmacêutica e
bioquímica Mirian Salvador, da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
É justamente nesses compostos antioxidantes que estudiosos
como Caroline Dani apostam as fichas quando o sumo da uva brilha no
laboratório. "Essas substâncias têm a capacidade de impedir o acúmulo de
gordura no organismo", afirma. "Também são termogênicas", completa.
Isso significa que, uma vez dentro do corpo, elas dão um gás no
metabolismo, acelerando a queima das calorias. Não para por aí: os
benditos polifenóis incitam a sensação de saciedade e, assim, evitariam
ataques de gula. O interessante é que, para ter acesso a eles, o melhor
mesmo é preferir a bebida em vez da fruta. "No suco, há maior
concentração desses antioxidantes. Ao comer a uva, muito do que
ingerimos é a polpa, que não é tão rica nos polifenóis", justifica o
biomédico Gildo Almeida da Silva, pesquisador da Embrapa uva e vinho.
A melhor parte é que o suco do experimento gaúcho, cheio de
antioxidante, é encontrado no supermercado. Mas precisa ser de verdade,
isto é, sem conservantes, corantes e um monte de água - como os
néctares e refrescos que abundam por aí. Quando os voluntários da
pesquisa de Porto Alegre passaram a comprar essa bebida 100% natural,
mais importante que a quantidade de quilos eliminados foi a diminuição
de tecido adiposo em uma região crítica para a saúde: o abdômen.
"Sabemos que um dos fatores de risco cardiovascular, sobretudo entre os
homens, é a tal da gordura abdominal", lembra Caroline, que chegou a
identificar uma redução aproximada de 10% na circunferência de alguns
participantes. Só não vá confundir as bolas. Ninguém está dizendo que
indivíduos obesos ficaram esbeltos se outros hábitos saudáveis não forem
incorporados.
De olho no exagero
Deu vontade de trocar até água por suco de uva? Resista, por
favor. "Ele tem bastante carboidrato", aponta Mirian. Logo, o exagero
pode atrapalhar a perda de peso - um exemplo perfeito que a diferença
entre o remédio e o veneno é a dose. Outro grupo que precisa ter cautela
é o dos diabéticos, porque os sucos são ricos no açúcar da fruta e
pobres em fibras. A combinação dispara a glicose no sangue rápido
demais. Para evitar a enrascada, a solução é convocar o suco como
acompanhamento de uma refeição ou um lanche. Poções miraculosas, só em
contos de fadas. Mas, com os devidos cuidados, essa pode ser a bebida
dos sonhos de um coração saudável e um corpo em forma.
Esclarecemos algumas dúvidas que podem surgir antes de você incluir o suco de uva na rotina
Fonte: Revista saúde
Estudo brasileiro mostra que tomar dois copos por dia turbina a queima de calorias e favorece a perda de barriga
Poções
mágicas para emagrecer não existem. Mesmo. Mas pode ser que você fique
tentado a encarar o suco de uva dessa maneira depois de conhecer os
resultados de uma pesquisa realizada recentemente no sul do país. No
trabalho, assinado pela biomédica Caroline Dani e a bioquímica Cláudia
Funchal, ambas do Centro Universitário Metodista, em Porto Alegre, 40
pessoas acima de 60 anos - algumas com sobrepeso - foram orientadas a
consumir, todos os dias, 400 mililitros de suco de uva. Nada
sobre-humano: um copo no almoço e outro no jantar. Em apenas um mês, as
pesquisadoras notaram o efeito dessa atitude na balança. "Os voluntários
emagreceram, em média, 3 quilos. Um deles chegou a perder 5 quilos",
revela Caroline.
Mas como ela sabe que foi mesmo a inclusão do suco o que fez
diferença no processo de emagrecimento? Afinal, as pessoas podiam ter
cortado o refrigerante, os doces e as frituras e suado à beça na
esteira. "Isso não aconteceu. Inclusive, pedimos aos participantes que
não alterassem sua dieta nem a frequência dos exercícios físicos",
esclarece a biomédica.Ciência por trás do trunfo
A uva é um alimento de composição bem especial, parecida com a das poderosas berries americanas. "No Brasil, que não produz a cranberry e o mirtilo, por exemplo, ela é provavelmente a fruta com o maior teor de polifenóis a nossa disposição", avalia a farmacêutica e bioquímica Mirian Salvador, da Universidade de Caxias do Sul (UCS).É justamente nesses compostos antioxidantes que estudiosos como Caroline Dani apostam as fichas quando o sumo da uva brilha no laboratório. "Essas substâncias têm a capacidade de impedir o acúmulo de gordura no organismo", afirma. "Também são termogênicas", completa. Isso significa que, uma vez dentro do corpo, elas dão um gás no metabolismo, acelerando a queima das calorias. Não para por aí: os benditos polifenóis incitam a sensação de saciedade e, assim, evitariam ataques de gula. O interessante é que, para ter acesso a eles, o melhor mesmo é preferir a bebida em vez da fruta. "No suco, há maior concentração desses antioxidantes. Ao comer a uva, muito do que ingerimos é a polpa, que não é tão rica nos polifenóis", justifica o biomédico Gildo Almeida da Silva, pesquisador da Embrapa uva e vinho.
A melhor parte é que o suco do experimento gaúcho, cheio de antioxidante, é encontrado no supermercado. Mas precisa ser de verdade, isto é, sem conservantes, corantes e um monte de água - como os néctares e refrescos que abundam por aí. Quando os voluntários da pesquisa de Porto Alegre passaram a comprar essa bebida 100% natural, mais importante que a quantidade de quilos eliminados foi a diminuição de tecido adiposo em uma região crítica para a saúde: o abdômen. "Sabemos que um dos fatores de risco cardiovascular, sobretudo entre os homens, é a tal da gordura abdominal", lembra Caroline, que chegou a identificar uma redução aproximada de 10% na circunferência de alguns participantes. Só não vá confundir as bolas. Ninguém está dizendo que indivíduos obesos ficaram esbeltos se outros hábitos saudáveis não forem incorporados.
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