Use
o tempo livre (em vez de curti-lo todo no sofá) para fazer a cabeça
borbulhar de boas ideias e mantê-la jovem e saudável por mais tempo.
De
todo os planos que você provavelmente tem para as próximas semanas -
terminar de assistir à terceira temporada da série Orange Is the New
Black e planejar o próximo a viagem do feriado -, é quase certo que
exercitar sua massa cinzenta não faz parte deles. Mas deveria. Por quê?
Você pode achar cedo para começar a pensar nisso, mas perder o domínio
da capacidade mental é inevitável. "O processo de evolução da doença de
Alzheimer e da demência começa de duas a três décadas antes dos
primeiros sintomas se manifestarem", diz o professor Perminder Sachdev,
codiretor do Centro de Envelhecimento Cerebral Saudável, da University
of New South Wales, na Austrália. "Isso sugere que existe uma grande
janela de tempo para atuar na prevenção e no adiamento do início da
doença."
Assim como malhar e comer bem mantém seu corpo em forma,
isso faz o mesmo por sua cuca. "Estudos observaram que um modo de vida
saudável - com atividade física, alimentação equilibrada, controle do
stress e outros fatores de risco cardiovascular, como hipertensão e
diabetes - está ligado ao risco menor de desenvolver Alzheimer", observa
o neurologista Fabio Shiba, da Fluyr Saudável Clínica de Combate à Dor,
em São Paulo.
O que rola na sua cachola
Seu cérebro é uma máquina maravilhosa - ou, digamos, a empresa mais
bem gerenciada que existe. Dentro do prédio (seu crânio), existem
diferentes departamentos encarregados de funções específicas, como
emoções, fala, memória, movimentos e sistemas involuntários, como
digestão e respiração. Para manter cada seção funcionando adequadamente,
seu cérebro é alimentado com oxigênio e nutrientes por meio de uma rede
complexa de artérias, veias e vasos. Todos os setores são mediados
pelas sinapses, as conexões entre as células do cérebro (neurônios).
Você tem cerca de 100 bilhões dessas belezinhas (pense em 100 bilhões de
funcionários exemplares, cumprindo prazos e tendo ideias brilhantes).
Num cérebro saudável, eles se encarregam de enviar sinais e mensagens
entre os departamentos dia a noite, que são guardadas por um receptor
antes de serem passadas adiante. Essa prova de corrida cerebral acontece
milhões de vezes por segundo e fazem com que as memórias fiquem
armazenadas, os hábitos sejam aprendidos e a nossa personalidade comece a
ganhar forma, com certos padrões sendo fortalecidos enquanto outros vão
sendo esquecidos.
Conforme envelhecemos, nosso corpo muda tanto do lado de fora quanto
por dentro, onde placas amiloides e emaranhados neurofibrilares se
formam entre as células do cérebro, causados pelo acúmulo de proteína.
Essas placas podem interromper a função celular, enquanto os emaranhados
matam os neurônios.
Resultado? Um cérebro encolhido. As informações guardadas em cada
departamento começam a desaparecer, geralmente começando pelas memórias
mais recentes. À medida que a doença se espalha pelo cérebro, até a
memória antiga é afetada, além de habilidades como planejamento,
aprendizado e equilíbrio, o que faz com que as pessoas afetadas pela
doença passem, de uma hora para a outra, a não reconhecer mais os
membros da família. A boa notícia é que pesquisas recentes mostram que
os hábitos de vida são essenciais para prevenir e adiar o aparecimento
de doenças no cérebro. E, quanto mais jovem você começar a obedecer os
mandamentos a seguir, melhor.
As sete maneiras de malhar o cérebro
1. Respirare fundo
Se você é do time das nervosinhas, aprenda a reservar tempo para
alguma atividade relaxante, como ouvir e cantar em voz alta as músicas
preferidas e respirar calma e profundamente. O
stress crônico faz seu cérebro pagar um preço alto, pois leva ao
encolhimento do hipocampo (região ligada à memória verbal) e afeta o
crescimento de células nervosas. Pior: o stress também prejudica seu
coração. Um estudo publicado no periódico internacional Brain,
Behavior and Immunity sugere que meditar (que costuma trabalhar também
técnicas de respiração) não só diminui o sentimento de solidão como
também preserva a integridade e as funções cerebrais.
2. Vá ao happy hour
Difícil quem saiba lidar bem com a solidão. Nosso cérebro, por
exemplo, não sabe. Manter laços sociais fortalece esse órgão - e adultos
que mantêm uma vida social ativa são menos propensos a desenvolver a
demência. Reservar uma noite na semana para encontrar as amigas vez em
quando pode ser mágico. "Manter-se em contato com outras pessoas
trabalha o cérebro", diz Maree. E nada de se sentir intimidada por
entrar em assuntos polêmicos: debater ideias estimula os neurônios a
formar novas ligações, que é exatamente o que você precisa. Pesquisas
não apontaram se as relações via redes sociais oferecem os mesmos
benefícios.
3. Durma como um anjo
Um sono bom é necessário para manter seu cérebro afiado.
Pesquisadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos
Estados Unidos, descobriram que dormir pouco ou mal está ligado a níveis
mais altos de beta-amiloide no cérebro, uma proteína que forma placas
associadas ao mal de Alzheimer. O que fazer: descanse
em um quarto escuro e ventilado, desligue o celular (ou coloque no
silencioso) e evite olhar para ele uma hora antes de ir para a cama.
4. Ame seu coração
"Todos os fatores de risco para as doenças cardíacas - pressão alta,
diabetes, síndrome metabólica, fumo, colesterol alto, obesidade e
sedentarismo - são também perigosos para a demência", diz Sachdev.
Lembra-se daquela rede complexa de vasos sanguíneos abastecendo seu
cérebro com nutrientes e energia? Se o seu sistema cardiovascular
estiver comprometido, essa rede também pode entrar em colapso.
5. Coma alimentos frescos
Não se sabe exatamente como a alimentação impacta a demência e o mal
de Alzheimer, mas pesquisadores enxergam uma ligação. Um estudo recente
publicado na revista científica Alzheimer´s & Dementia afirma que a dieta mediterrânea
está associada a um risco menor de desenvolver doenças do cérebro.
Encha o carrinho com folhas verdes, vegetais frescos, frutas vermelhas,
peixe, aves, castanhas, azeite, grãos integrais e feijão. O que cortar
da lista de compras: Margarina, carboidratos e açúcar refinados e
alimentos industrializados, fontes de sódio e gorduras trans.
6. Transpirarás sempre
Precisa de mais motivação para encarar a aula de spinning? Um estudo do ano passado realizado pela University of British Columbia,
no Canadá, descobriu que uma rotina regular de exercícios aeróbicos
parece aumentar a área cerebral do hipocampo. Treinos de resistência,
equilíbrio e tonificação muscular não mostraram os mesmos resultados.
7. Estude mais
Quanto mais você usa o cérebro, mais forte ele fica, pois os
neurônios são obrigados a fazer novas conexões. Que tal escolher um
curso diferente ou assistir a palestras e debates de temas que curte? A
música também é ótima para turbinar a inteligência. "Tocar um
instrumento e cantar ativa o funcionamento simultâneo de várias áreas
cerebrais", diz Fabio Shiba. "Além disso, é sabido que a capacidade
musical em portadores de demência se mantém por muito mais tempo depois
que outras habilidades foram perdidas."
Mais: Esportes coletivos, aulas de circo e até
escalada são esportes que não só exigem de você esforço físico como
muito trabalho cerebral. Você irá aprender novas regras e estratégias
vai acelerar o cérebro enquanto você aumenta os limites do corpo.
Fonte: Revista saúde
Use
o tempo livre (em vez de curti-lo todo no sofá) para fazer a cabeça
borbulhar de boas ideias e mantê-la jovem e saudável por mais tempo.
De
todo os planos que você provavelmente tem para as próximas semanas -
terminar de assistir à terceira temporada da série Orange Is the New
Black e planejar o próximo a viagem do feriado -, é quase certo que
exercitar sua massa cinzenta não faz parte deles. Mas deveria. Por quê?
Você pode achar cedo para começar a pensar nisso, mas perder o domínio
da capacidade mental é inevitável. "O processo de evolução da doença de
Alzheimer e da demência começa de duas a três décadas antes dos
primeiros sintomas se manifestarem", diz o professor Perminder Sachdev,
codiretor do Centro de Envelhecimento Cerebral Saudável, da University
of New South Wales, na Austrália. "Isso sugere que existe uma grande
janela de tempo para atuar na prevenção e no adiamento do início da
doença."
O que rola na sua cachola
Seu cérebro é uma máquina maravilhosa - ou, digamos, a empresa mais bem gerenciada que existe. Dentro do prédio (seu crânio), existem diferentes departamentos encarregados de funções específicas, como emoções, fala, memória, movimentos e sistemas involuntários, como digestão e respiração. Para manter cada seção funcionando adequadamente, seu cérebro é alimentado com oxigênio e nutrientes por meio de uma rede complexa de artérias, veias e vasos. Todos os setores são mediados pelas sinapses, as conexões entre as células do cérebro (neurônios). Você tem cerca de 100 bilhões dessas belezinhas (pense em 100 bilhões de funcionários exemplares, cumprindo prazos e tendo ideias brilhantes).Num cérebro saudável, eles se encarregam de enviar sinais e mensagens entre os departamentos dia a noite, que são guardadas por um receptor antes de serem passadas adiante. Essa prova de corrida cerebral acontece milhões de vezes por segundo e fazem com que as memórias fiquem armazenadas, os hábitos sejam aprendidos e a nossa personalidade comece a ganhar forma, com certos padrões sendo fortalecidos enquanto outros vão sendo esquecidos.
Conforme envelhecemos, nosso corpo muda tanto do lado de fora quanto por dentro, onde placas amiloides e emaranhados neurofibrilares se formam entre as células do cérebro, causados pelo acúmulo de proteína. Essas placas podem interromper a função celular, enquanto os emaranhados matam os neurônios.
Resultado? Um cérebro encolhido. As informações guardadas em cada departamento começam a desaparecer, geralmente começando pelas memórias mais recentes. À medida que a doença se espalha pelo cérebro, até a memória antiga é afetada, além de habilidades como planejamento, aprendizado e equilíbrio, o que faz com que as pessoas afetadas pela doença passem, de uma hora para a outra, a não reconhecer mais os membros da família. A boa notícia é que pesquisas recentes mostram que os hábitos de vida são essenciais para prevenir e adiar o aparecimento de doenças no cérebro. E, quanto mais jovem você começar a obedecer os mandamentos a seguir, melhor.
As sete maneiras de malhar o cérebro
1. Respirare fundo
Se você é do time das nervosinhas, aprenda a reservar tempo para alguma atividade relaxante, como ouvir e cantar em voz alta as músicas preferidas e respirar calma e profundamente. O stress crônico faz seu cérebro pagar um preço alto, pois leva ao encolhimento do hipocampo (região ligada à memória verbal) e afeta o crescimento de células nervosas. Pior: o stress também prejudica seu coração. Um estudo publicado no periódico internacional Brain, Behavior and Immunity sugere que meditar (que costuma trabalhar também técnicas de respiração) não só diminui o sentimento de solidão como também preserva a integridade e as funções cerebrais.2. Vá ao happy hour
Difícil quem saiba lidar bem com a solidão. Nosso cérebro, por exemplo, não sabe. Manter laços sociais fortalece esse órgão - e adultos que mantêm uma vida social ativa são menos propensos a desenvolver a demência. Reservar uma noite na semana para encontrar as amigas vez em quando pode ser mágico. "Manter-se em contato com outras pessoas trabalha o cérebro", diz Maree. E nada de se sentir intimidada por entrar em assuntos polêmicos: debater ideias estimula os neurônios a formar novas ligações, que é exatamente o que você precisa. Pesquisas não apontaram se as relações via redes sociais oferecem os mesmos benefícios.3. Durma como um anjo
Um sono bom é necessário para manter seu cérebro afiado. Pesquisadores da Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, nos Estados Unidos, descobriram que dormir pouco ou mal está ligado a níveis mais altos de beta-amiloide no cérebro, uma proteína que forma placas associadas ao mal de Alzheimer. O que fazer: descanse em um quarto escuro e ventilado, desligue o celular (ou coloque no silencioso) e evite olhar para ele uma hora antes de ir para a cama.4. Ame seu coração
"Todos os fatores de risco para as doenças cardíacas - pressão alta, diabetes, síndrome metabólica, fumo, colesterol alto, obesidade e sedentarismo - são também perigosos para a demência", diz Sachdev. Lembra-se daquela rede complexa de vasos sanguíneos abastecendo seu cérebro com nutrientes e energia? Se o seu sistema cardiovascular estiver comprometido, essa rede também pode entrar em colapso.5. Coma alimentos frescos
Não se sabe exatamente como a alimentação impacta a demência e o mal de Alzheimer, mas pesquisadores enxergam uma ligação. Um estudo recente publicado na revista científica Alzheimer´s & Dementia afirma que a dieta mediterrânea está associada a um risco menor de desenvolver doenças do cérebro. Encha o carrinho com folhas verdes, vegetais frescos, frutas vermelhas, peixe, aves, castanhas, azeite, grãos integrais e feijão. O que cortar da lista de compras: Margarina, carboidratos e açúcar refinados e alimentos industrializados, fontes de sódio e gorduras trans.6. Transpirarás sempre
Precisa de mais motivação para encarar a aula de spinning? Um estudo do ano passado realizado pela University of British Columbia, no Canadá, descobriu que uma rotina regular de exercícios aeróbicos parece aumentar a área cerebral do hipocampo. Treinos de resistência, equilíbrio e tonificação muscular não mostraram os mesmos resultados.7. Estude mais
Quanto mais você usa o cérebro, mais forte ele fica, pois os neurônios são obrigados a fazer novas conexões. Que tal escolher um curso diferente ou assistir a palestras e debates de temas que curte? A música também é ótima para turbinar a inteligência. "Tocar um instrumento e cantar ativa o funcionamento simultâneo de várias áreas cerebrais", diz Fabio Shiba. "Além disso, é sabido que a capacidade musical em portadores de demência se mantém por muito mais tempo depois que outras habilidades foram perdidas."Mais: Esportes coletivos, aulas de circo e até escalada são esportes que não só exigem de você esforço físico como muito trabalho cerebral. Você irá aprender novas regras e estratégias vai acelerar o cérebro enquanto você aumenta os limites do corpo.
Fonte: Revista saúde
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