Estudo realizado no Brasil mostra que a doença degenerativa é influenciada pelos sentimentos negativos.
Ações simples como dobrar os joelhos ou pegar um objeto podem ser um
verdadeiro martírio para quem sofre com a artrite reumatoide. A
enfermidade, que atinge mais de 2 milhões de brasileiros, é marcada pela
liberação de moléculas inflamatórias que agridem a membrana sinovial,
camada que reveste as articulações. Se nada é feito, a destruição
progride até chegar aos ossos.
Agora, um levantamento realizado pelo instituto de pesquisa Ipsos a
pedido do laboratório Pfizer com 200 pacientes de cinco capitais
brasileiras revela como as emoções negativas permeiam o problema nas
juntas. Os dados apontam que 54% dos pacientes acreditam que a doença se
origina na alma e 45% relacionam o surgimento das dores articulares com
sentimentos ruins. E esse é apenas o começo: metade dos respondentes
declarou que desenvolveu a condição apenas por causa do estresse ou do sedentarismo e
19% sentem culpa por terem artrite reumatoide. Claro, essas percepções
não querem dizer que as emoções originam a doença, porém deixam claro
como ela afeta (e é afetada) pelo estado emocional de cada um.
Por outro lado, mais de 91% declara ter apoio dos familiares após o
diagnóstico. De acordo com eles, isso ajudou muito a encarar os desafios
que a enfermidade traz. Um quarto deles também recorreu a psicólogos,
terapeutas e grupos de apoio para reequilibrar os ânimos e enfrentar a
doença com foco total. “Não podemos ignorar o impacto da artrite na
sociedade, na família e para o próprio indivíduo”, ressalta a médica
Lícia da Mota, da Sociedade Brasileira de Reumatologia.
Outro fator que dificulta o tratamento e prejudica pra valer o bem-estar
é a demora em flagrar a doença. A mesma pesquisa conduzida em
território nacional mostrou que o indivíduo visita, em média, três
médicos antes de saber a razão do incômodo nas dobradiças do corpo. Essa
via-crúcis chega a se arrastar por mais de dois anos em 20% das vezes.
Procurar o reumatologista e fazer o diagnóstico por meio de exames de
sangue e uma radiografia de mãos e pés pode facilitar o processo e
garantir que a doença não afete demais as articulações - nem o estado
emocional.
Fonte: Revista saúde
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