Todo
mundo adora chocolate. Ok, nem todo mundo. Mas esse doce é tão
idolatrado que basta alguém insinuar que não dá a mínima pra ele para
pipocarem reações de espanto. Só que sua fama sempre foi proporcional ao
receio de comê-lo regularmente. Por causa das suas altas doses de
açúcar e gordura, o temor era que ele contribuiria para entupir artérias
e predispor ao diabete. Mas um novo estudo vem a público dizer que, ao
menos quanto ao coração, não há motivo para grandes privações: o
chocolate seria parceiro do peito.
O trabalho, assinado por uma equipe da Universidade de
Aberdeen, na Escócia, foi baseado em questionários que avaliaram a dieta
de 20 951 britânicos por 12 anos. Além disso, levou em conta dados de
oito artigos que envolveram quase 158 mil pessoas. É muita gente. No
final das contas, a ingestão da sobremesa foi relacionada a uma
probabilidade 11% menor de ter doenças cardiovasculares e 25% menor de
morrer devido a um problema de coração. E a explicação para essa suposta
proteção às artérias deve estar nos flavonoides, substâncias
antioxidantes encontradas no cacau.
Parece notícia boa demais? Pois outra pesquisa, publicada em
2010 e liderada pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, chegou a
conclusões parecidas. Das 5 mil pessoas analisadas, quem comia
chocolate cinco ou mais vezes na semana era 57% menos propenso a ter
entupimentos nas artérias.
Mas, antes de decretar que, a partir de agora, todo dia é
Páscoa, cabem ponderações. “O que o novo estudo mostra de positivo é uma
ausência de associação. Isto é, que não existe uma relação entre
consumo de chocolate e a ocorrência de doença cardiovascular”, analisa o
cardiologista Bruno Caramelli, diretor da Unidade de Medicina
Interdisciplinar em Cardiologia do Instituto do Coração, o InCor, em São
Paulo.
Ao leite liberado?
A versão amarga ainda é, de longe, a que acumula mais pontos entre os
especialistas por causa da maior concentração de cacau, o que significa
mais polifenóis e mais benefícios. Mas no caso da pesquisa britânica, o
chocolate ao leite se mostrou eficaz em resguardar o peito de quem o
consumia. Uma hipótese para isso estaria na ação dos componentes do
próprio leite, como cálico e certas gorduras, em especial o ácido
linoleico conjugado.
Mas é bom ir com calma, pois ainda que não castigue o
coração, pode inflar a barrifa com maior facilidade – principalmente se
não houver uma rotina de exercícios. Para evitar qualquer chance de a
sobremesa botar o ponteiro da balança para cima, é melhor consumir até
10 gramas por dia, pouco mais de dois quadradinhos. O melhor horário é
após o almoço, porque depois de comer as fibras presentes nos vegetais,
nosso corpo tende a absorver menos açúcar e gordura dos alimentos que
vêm na sequência. Mas se não conseguir resistir, já sabe: um pouquinho a
mais de chocolate pode alegrar sua tarde sem acarretar prejuízos ao
coração.
Fonte: Revista saúde
Todo
mundo adora chocolate. Ok, nem todo mundo. Mas esse doce é tão
idolatrado que basta alguém insinuar que não dá a mínima pra ele para
pipocarem reações de espanto. Só que sua fama sempre foi proporcional ao
receio de comê-lo regularmente. Por causa das suas altas doses de
açúcar e gordura, o temor era que ele contribuiria para entupir artérias
e predispor ao diabete. Mas um novo estudo vem a público dizer que, ao
menos quanto ao coração, não há motivo para grandes privações: o
chocolate seria parceiro do peito.
Parece notícia boa demais? Pois outra pesquisa, publicada em 2010 e liderada pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, chegou a conclusões parecidas. Das 5 mil pessoas analisadas, quem comia chocolate cinco ou mais vezes na semana era 57% menos propenso a ter entupimentos nas artérias.
Mas, antes de decretar que, a partir de agora, todo dia é Páscoa, cabem ponderações. “O que o novo estudo mostra de positivo é uma ausência de associação. Isto é, que não existe uma relação entre consumo de chocolate e a ocorrência de doença cardiovascular”, analisa o cardiologista Bruno Caramelli, diretor da Unidade de Medicina Interdisciplinar em Cardiologia do Instituto do Coração, o InCor, em São Paulo.
Ao leite liberado?
A versão amarga ainda é, de longe, a que acumula mais pontos entre os especialistas por causa da maior concentração de cacau, o que significa mais polifenóis e mais benefícios. Mas no caso da pesquisa britânica, o chocolate ao leite se mostrou eficaz em resguardar o peito de quem o consumia. Uma hipótese para isso estaria na ação dos componentes do próprio leite, como cálico e certas gorduras, em especial o ácido linoleico conjugado.
Mas é bom ir com calma, pois ainda que não castigue o coração, pode inflar a barrifa com maior facilidade – principalmente se não houver uma rotina de exercícios. Para evitar qualquer chance de a sobremesa botar o ponteiro da balança para cima, é melhor consumir até 10 gramas por dia, pouco mais de dois quadradinhos. O melhor horário é após o almoço, porque depois de comer as fibras presentes nos vegetais, nosso corpo tende a absorver menos açúcar e gordura dos alimentos que vêm na sequência. Mas se não conseguir resistir, já sabe: um pouquinho a mais de chocolate pode alegrar sua tarde sem acarretar prejuízos ao coração.
Fonte: Revista saúde
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