terça-feira, 16 de dezembro de 2014

14 truques de culinária para quem tem diabetes

Bolo de framboesa com cobertura de chocolateAlgumas medidas simples, recomendadas por experts em culinária saudável, além de deixar todo mundo com água na boca, acabam de vez com o preconceito em relação às receitas magras e carregadas de adoçante.
Selecionamos algumas receitas que vão deixar você comágua na boca sem deixar a saúde de lado. Confira:

Substitua o achocolatado

A sugestão é da nutricionista e chef Flora Lys Spolidoro, da doceria Day by Diet, na capital paulista: quando for preparar um bolo, troque o achocolatado da receita pelo cacau em pó. Dessa maneira, além de tornar a sobremesa muito mais saborosa, você assegura uma coloração bonita e ainda economiza nas porções açucaradas que alguns produtos costumam trazer. Mesmo assim, vale atentar para o teor de carboidrato do substituto. Olho vivo no rótulo!

Abuse das claras

Outro segredo da expert Flora Spolidoro: retire um ovo inteiro da receita e, no seu lugar, acrescente duas claras. É que a parte branca dos ovos interfere na consistência, tornando as preparações mais aeradas. Sem contar que ela incrementa o preparado com proteína de excelente qualidade e, o que é melhor, reduz seu teor de colesterol. Os diabéticos devem redobrar a atenção com essa gordura, já que o excesso é acusado de trazer problemas para as artérias.

Inclua os cítricos

Graças à presença de uma substância chamada ácido cítrico, frutas como a laranja e o limão são grandes estrelas da cozinha diet. Especialistas explicam que nossas papilas gustativas são mais sensíveis aos sabores ácidos e, por essa razão, aquele gosto peculiar dos edulcorantes acaba mascarado. Aliás, sempre que a receita permitir, evite expor esses frutos a altas temperaturas. Dessa forma, você garante uma pitada extra de vitamina C e fortalece suas defesas.

Emagreça a receita

Quem ensina é a professora Flora, que, diga-se, trabalha com culinária para diabéticos desde 1991 e pôde experimentar os mais diferentes truques. Então, anote: para reduzir o teor de gordura, é possível substituir parte do creme de leite por uma mistura de leite desnatado (uma xícara), amido (uma colher) e margarina light (uma colher). Esses ingredientes devem ser cozidos até atingir o ponto de creme. E, saiba, toda essa economia vai fazer seu coração bater mais saudável e feliz.

Aposte na aveia

O maior tesouro desse cereal atende pelo nome de betaglucana. Trata-se de um tipo de fibra solúvel que consegue a proeza de arrastar o colesterol para fora do organismo e, assim, afasta o perigo das placas de gordura.

Incremente com a canela

Além de dar sabor e aroma aos pratos, o uso dessa especiaria pode aplacar aquela vontade de comer guloseimas. Pelo menos é o que garantem cientistas da Universidade de Lund, na Suécia, que observaram esse efeito em um grupo de voluntários. O estudo sueco provou que há demora no esvaziamento do estômago após a ingestão de canela, o que é um sinal de que ela contribui para a saciedade.

Coloque farelo

Esse ingrediente, que pode vir de cereais como o trigo, ajuda a equilibrar as taxas de açúcar no sangue graças à sua enorme quantidade de fibras, essas festejadas guardiãs do intestino.

Recheie com doce de leite diet

Você encontra essa delícia pronta em qualquer supermercado, porém, antes de acrescentá-la à receita, conheça alguns truques da nutricionista e chef Maria Cecília Corsi. "Para o doce de leite diet ficar com textura de recheio de bolo, junte-o com pudim de caixinha diet sabor baunilha", sugere e acrescenta: "A dica é preparar o pudim seguindo as instruções da embalagem e depois misturá-los para incrementar a massa".

Tire vantagem do vinagrete

Que tal trocar molhos engordurados por uma receita de cebola, pimentão, ervas e vinagre com um fio de azeite? O popular vinagrete pode entrar em sandubas preparados com carnes magras, rosbife ou pastas frias e patês. E o melhor é que recheia o lanche com substâncias protetoras, que caem numa boa em qualquer dieta. "Vegetais crus aumentam a saciedade e melhoram o funcionamento intestinal", entrega Maristela Strufaldi.

Preste atenção na dose

Jamais caia na cilada de extravasar na quantidade de adoçante. O abuso não só dá a qualquer receita uma pitada de sabor de remédio como pode até fazer você ganhar peso. É que alguns edulcorantes artificiais contêm as mesmas calorias do açúcar, ou seja, 4 por grama. Sem contar que quanto mais a gente consome, mais o cérebro vai querer se fartar com gostosuras adocicadas.

Tempere com ervas

Não bastassem realçar as preparações e tornar tudo muito mais gostoso, alguns temperos oferecem compostos que zelam pela integridade das células e combatem inflamações e, por isso mesmo, não podem ficar de fora da dieta do diabético.

Mexa direito os ingredientes

Siga os seguintes toques de Flora Spolidoro e evite que o bolo fique solado. "Bata a margarina e depois os ovos. Após formar um creme, coloque o leite e mexa levemente até misturá-lo todo. Se isso for feito muito rápido, o ar preso ali vai embora e com ele o volume! Depois de peneirar as farinhas e o fermento, junte-os manualmente usando um fue ou o próprio batedor da batedeira. Nunca bata a farinha nesse aparelho, e sim com as mãos, levemente, devagar."

Opte pelo fermento certo

Segundo Flora Spolidoro, o segredo é buscar uma palavra mágica na lista de ingredientes que consta no rótulo: pirofosfato de sódio. Essa substância aparece sempre ao lado do bicarbonato, e juntos eles têm ação mais potente e fazem o bolo crescer mesmo. "Quando a receita não leva açúcar, é importante contar com um fermento químico bastante eficaz", ressalta.

Bote uma pitada de sal

O tempero número 1 da cozinha é mais um aliado contra o gosto residual da maioria dos edulcorantes artificiais usados para fazer bolos, tortas e outras massas diet. Mas aqui temos duas sugestões: a primeira é acrescentar a tal pitada durante a preparação, ou seja, antes de a receita aterrissar no forno. Dessa forma, o truque fica mais eficiente. Já a segunda dica é para lá de importante: não vale errar a mão, por favor! O excesso de sal serve de estopim para o aumento da pressão arterial.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

5 motivos para você beber água em jejum

Beber 2 litros de água ao longo do dia já faz um bem danado ao organismo. Mas, ingerindo 2 copos ainda em jejum, os benefícios são maiores ainda.

Consumir 2 litros de água (ou melhor: 35 mililitros por quilo corporal) ao longo do dia é capaz de fazer maravilhas pelo organismo. Mas, se quiser um resultado ainda melhor, reserve dois copos (ou mais) para beber logo cedo, ainda em jejum. 
 Por que?

Nesse horário, a água dá um empurrão inicial para o organismo eliminar as toxinas que sobraram da reparação das células – trabalho que ele realiza enquanto você dorme. 

Benefícios

“Esse hábito previne doenças e aumenta o tônus e a elasticidade da pele”, afirma Fábio Cardoso, médico especialista em medicina preventiva e longevidade do Hospital Santa Isabel, em Blumenau (SC), que enumera outros bons motivos para você beber água assim que acordar.

1. Purifica o cólon, favorecendo a absorção dos nutrientes dos alimentos. 
2. Aumenta a produção das células do sangue e dos músculos.
3. Equilibra o sistema linfático, facilitando as funções do organismo, além de melhorar o funcionamento do intestino.
4. Ajuda na perda de peso: 500 mililitros de água pela manhã aceleram em 24% o ritmo do metabolismo.
5. Ameniza a sensação de sono e dá disposição para começar o dia.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

O que acontece no seu corpo em uma entrevista de emprego

Você prepara cada movimento para conseguir o trabalho dos sonhos, mostrar-se calma, simpática e segura é o plano principal. Mas seu corpo reserva outras emoções pela frente.

Cérebro

Assim que pisa no escritório do seu chefe em potencial, PAM! As células nervosas do seu cérebro desencadeiam uma avalanche de substâncias químicas, como a dopamina.
Tomara que tenha recusado a xícara de café – você não precisa de nenhum estímulo extra. Seu cérebro lhe deu um chacoalhão e ativou o modo de luta e fuga, fazendo com que as glândulas suprarrenais liberem adrenalina e cortisol.
Enquanto isso, a tempestade neurológica encobre o centro de raciocínio do cérebro. De repente você não consegue se lembrar das respostas ensaiadas e começa a titubear – ou, pior, a ter um ataque de riso, mesmo sem nenhuma piada.

Coração e pulmões

A adrenalina atinge seu auge e aumenta o ritmo cardíaco. Um coração acelerado precisa de oxigênio extra, e seus pulmões trabalham mais. Se você não alimentá-los com respirações profundas, pode ficar tonta.

Músculos

Todos, incluindo aqueles em torno de suas cordas vocais, se tensionam. Sua voz pode falhar e suas mãos tremerem (se elas não pararem, é melhor deixá-las no colo para disfarçar).

Pele

Dado o tumulto interno, seu corpo começa a suar. Mas é um suor frio, pois o sangue está sendo desviado para longe da pele para manter os músculos firmes, acabando com a tremedeira – olá, mãos úmidas e rosto pálido. Seja prevenida e passe um pouquinho de pó bronzeador antes da entrevista, só para garantir.

Digestão

Para conservar a energia, o organismo fica mais lento e desacelera o sistema digestivo, incluindo as glândulas salivares. Sua boca seca.

Bexiga

Sua resposta ao stress impulsiona o sistema urinário. Palavras sábias: use o banheiro mais próximo antes da reunião.

Sistema imunológico

Sentindo a tensão, o organismo produz células extras em seu sistema imunológico temporariamente, reforçando sua capacidade de lutar contra lesões ou infecções.
Reforce suas defesas descansando bastante na semana anterior à grande entrevista. Além disso, chegue antes do horário marcado (atrasar só aumentará a ansiedade) e lembre-se de respirar profundamente.

Fonte: Revista saúde

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Aproveite talos, cascas, folhas e sementes nas receitas

Dispensar cascas, folhas, talos e sementes dos vegetais e frutas na hora de prepará-los é jogar fora saúde e dinheiro. Essas partes dos alimentos concentram altas doses de nutrientes 
 

Acredite: talos, sementes e folhas rendem um bom caldo nas suas receitasFoto: Divulgação

Por acaso você já jogou fora casca de abacaxi, laranja ou banana, talos de beterraba, as folhas da cenoura, a parte branca da melancia ou sementes de abóbora? Pois está na hora de rever seus hábitos, para o bem da sua saúde e, de quebra, do seu bolso. “Aproveitar os alimentos por completo, sem dispensar nenhum pedaço, aumenta a ingestão de vitaminas, minerais e fibras. E, se o consumo for regular, ainda representa uma economia”, afirma Beatriz Tenuta Martins, professora do curso de Nutrição e Dietética do Senac São Paulo. Para se ter uma ideia, o aproveitamento integral dos alimentos representa uma economia de 20% a 40% - ou seja, de R$ 10 a R$ 20 em uma compra de R$ 50.

Nessa culinária inteligente, talos viram recheios de tortas e pizzas e incrementam sopas e massas de pães; sementes fazem as vezes de aperitivos e cascas se transformam em sucos, doces, geleias e compotas. Essa porção do alimento é rica em nutrientes, sim - mas talos, sementes e cascas podem ser tão ou mais ricos em vitaminas e minerais. E não é só: as cascas, como os talos, contêm muita fibra. “Como sempre podem variar o tipo e a quantidade de nutrientes presentes em cada parte dos vegetais e frutas, o ideal é consumi-los inteiros, pois não podemos desprezar os benefícios da polpa”, lembra a nutricionista Ana Rosa Cunha, professora do Instituto de Nutrição da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Vamos lá?

Como aproveitar os alimentos por inteiro


• Todos os talos (atenção: menos o de mandioca, porque é tóxico) podem ser aproveitados picados ou triturados em massas de bolos, pães e panquecas e ainda em ensopados, omeletes, farofas, recheios de tortas, suflês, bolinhos ou misturados em sopas. Podem, ainda, ser utilizados no preparo de saladas, arroz e patês ,
• A entrecasca (que fica entre a polpa e a casca) da melancia, do melão e do maracujá pode ser preparada em forma de compota. E a de melancia, se refogada com carne moída, fica igual ao chuchu.
• Folhas de cenoura e beterraba cruas caem bem na salada. E as de batata-doce, couve-flor, abóbora, mostarda e rabanete, refogadas.
• Cascas de laranja, tangerina e maracujá viram deliciosas geleias. As de maçã e mamão incrementam vitaminas de frutas. Anote aí: a casca da laranja tem 40 vezes mais cálcio do que a polpa, enquanto as da maçã e da mexerica têm o dobro de vitamina C em relação à polpa
• Aproveite a água de cozimento da beterraba e das batatas para fazer gelatinas vermelhas ou um arroz colorido.
• Bata no liquidificador cascas de abacaxi e goiaba, coe e faça um suco, que pode ainda ser os itens líquidos de receitas de bolos. Detalhe: a casca do abacaxi tem 38% mais vitamina C do que a polpa
• Sementes torradas e moídas se tornam farinhas no preparo de bolos, pães e biscoitos. Se for preciso, complete com farinha comum.

Alimentos que valem ouro


TALO DE BETERRABA

Aproveite talos, cascas, folhas e sementes nas receitas

Propriedades: possui flavonoides, que protegem contra o envelhecimento das células.

Como usar: pique os talos e refogue-os com cebola e alho. Misture com ricota e faça um patê diferente

Sugestão de receita: Mandioca com talos gratinados

Ingredientes: 1 kg de mandioca cozida + 2 colheres (sopa) de margarina + 1 litro de leite + Talos e folhas de espinafre, beterraba, couve-flor e nabo + 2 colheres (sopa) de óleo + Alho, cebola picadinha e sal a gosto

Modo de preparo: Bata a mandioca no liquidificador até formar um creme e faça um purê: leve ao fogo com a margarina até ferver; acrescente sal a gosto e reserve. À parte faça um refogado com alho, cebola e talos. Em um refratário, coloque metade do purê de mandioca, por cima o refogado de folhas e, por último, a outra metade do purê. Leve ao forno preaquecido (180 ºC) para gratinar por 10 minutos.

Rendimento: 10 porções/ Custo: R$ 2,11 por porção (receita elaborada e fornecida pela ONG Banco de Alimentos)


CASCA DE LARANJA

Aproveite talos, cascas, folhas e sementes nas receitas

Propriedades: excelente fonte de cálcio e vitamina C

Como usar: retire a parte branca da casca e ferva-a três vezes para tirar a acidez. Corte as cascas em tiras e ferva-as em água e açúcar para caramelizar. Cubra com açúcar cristal.

Sugestão de receita: Biscoitinhos de cascas de laranja

Ingredientes: 1 colher (sopa) de cascas de laranja em pedacinhos + 2 colheres (chá) de fermento em pó + 1 colher (chá) de sal + 4 xícaras (chá) de farinha de trigo + 1 xícara (chá) de açúcar + 200 gramas de margarina + 1 ovo

Modo de preparo: Bata bem a margarina com o açúcar na batedeira, junte o ovo e as cascas de laranja. Acrescente os ingredientes restantes e trabalhe a massa com as mãos, até que ela fique com uma textura homogênea e não grude mais nos dedos. Em seguida, abra a massa com um rolo de macarrão e modele os biscoitinhos com cortadores divertidos ou com a abertura de um copo ou xícara. Ao final asse em forno moderado (200ºC) até dourar levemente – cerca de 25 minutos.

Rendimento: 120 porções/ Custo: R$ 0,07 por porção (receita elaborada e fornecida pela ONG Banco de Alimentos)


SEMENTE DE ABÓBORA

Aproveite talos, cascas, folhas e sementes nas receitas

Propriedades: possui fósforo, que retém o cálcio nos ossos e dentes; e magnésio, com ação anti-inflamatória.

Como usar: lave e seque as sementes. Depois, basta adicionar sal, tostá-las no forno e servir como aperitivo.

Sugestão de receita: Sopa campestre

Ingredientes: 12 espigas de milho + 1,5 litro de água + 3 colheres (sopa) de margarina + 1 cebola média picadinha + 1 xícara (chá) de leite + Sal e pimenta do reino branca a gosto + 1 prato fundo de folhas de couve-flor misturadas com sementes de abóbora tostadas.

Modo de preparo: Corte os grãos de milho bem rente às espigas e bata-os no liquidificador com um pouco de água. Passe essa mistura por uma peneira fina, apertando bem para retirar a maior quantidade de liquido. Reserve esse caldo e o bagaço que fica na peneira. Em uma panela grande com fundo espesso, esquente a margarina e frite a cebola até começar a dourar. Junte o caldo e o bagaço de milho. Deixe levantar fervura e cozinhe em fogo brando, mexendo sempre com uma colher durante 50 minutos. O caldo deve ficar cremoso. Adicione o leite e cozinhe por um período de 10 a 15 minutos. Coloque sal e pimenta. Um pouco antes de servir, acrescente as folhas de couve-flor fatiadas e as sementes de abóbora tostadas.

Rendimento: 8 porções/ Custo: R$ 1,96 por porção (receita elaborada e fornecida pela ONG Banco de Alimentos)

Fonte: revista saúde

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Vitamina D e seus poderes

A lista de problemas que têm alguma ligação com a deficiência do nutriente não para de crescer. Será que você está com as doses adequadas?

"Nenhum medicamento até hoje descoberto cura as moléstias de peito e vias respiratórias ou restabelece os débeis, os anêmicos e os escrofulosos [tuberculosos] com tanta rapidez.” Esse era o texto de uma propaganda sobre óleo de fígado de bacalhau no jornal O Estado de S. Paulo em setembro de 1890. Embora o tônico supostamente prevenisse um sem-fim de doenças, as razões por trás disso eram um mistério. Isso porque, na época, não se conhecia a vitamina D, um dos principais componentes desse óleo — ela seria revelada pela ciência apenas em 1922. Passado quase um século de sua descoberta, a substância continua dando o que falar. “Hoje, sabemos que 200 genes regulam seu aproveitamento e que ela responderia por 80 funções no organismo”, contextualiza o endocrinologista americano Michael Holick, da Universidade de Boston, um dos maiores estudiosos do tema.

Todo esse buchicho levou a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) a lançar o primeiro consenso sobre o assunto por aqui. No documento, eles destacam a importância da vitamina D em diversas áreas da saúde baseados em evidências recentes. “A ideia é solucionar questões que permaneciam em aberto, facilitando o trabalho do profissional”, afirma a endocrinologista Marise Lazaretti Castro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), uma das autoras do artigo. A diretriz ainda traça uma recomendação mínima de aporte diário em diferentes momentos da vida (0 a 12 meses: 400 UI; 1 a 8 anos: 400 UI; 9 a 18 meses: 600 UI; 19 a 69 anos: 600 UI; mais de 70 anos: 800 UI; gestantes e lactantes: 600 UI).

Ocorre que, infelizmente, o número de pessoas com deficiência do nutriente impressiona. Apesar de ele variar, estima-se que mais da metade dos brasileiros não atinge os índices preconizados. “A exposição diária ao sol, nossa principal fonte, é cada vez menor”, observa o endocrinologista Francisco Bandeira, da Universidade de Pernambuco. E essa escassez pode cobrar um preço elevado na saúde de ossos, músculos, coração...

O papel mais conhecido da vitamina D é na saúde óssea. “A deficiência dela se relaciona ao raquitismo em crianças e à osteomalacia, quando os ossos ficam menos densos, em adultos”, ensina Marise. Vamos por partes. Uma vez disponível, o nutriente viaja até o intestino, onde facilita a absorção do cálcio presente nos alimentos. Portanto, sua falta leva a uma menor disponibilidade do mineral que compõe o esqueleto. E, ao longo das décadas, isso abre as portas para a osteoporose. Aliás, o cuidado deve ser redobrado em mulheres na menopausa e nos idosos, mais suscetíveis às alterações que corrompem a ossatura.

Efeitos dos pés à cabeça

O alvo da nossa reportagem é protagonista em outro componente básico da locomoção: a musculatura. “Ela participa da formação de fibras musculares e garante, por meio do melhor aproveitamento do cálcio, a contração adequada desse grupo de células”, destaca o endocrinologista Antonio Carlos do Nascimento, de São Paulo. A exemplo do que ocorre com a massa óssea, sua rareza nos músculos provoca atrofia e fraqueza. Nos indivíduos de idade avançada, o cenário patrocina quedas. E isso, junto com ossos fragilizados, faz subir bastante o risco de fraturas.


Mas será que restabelecer os níveis da vitamina seria suficiente para evitar tais problemas? Parece que sim. Pesquisadores da Universidade de Basel, na Suíça, deram suplementos da substância a pessoas acima de 60 anos por 12 meses. Ao final do período, o perigo de os tombos acontecerem caiu 49%. Outros levantamentos relatam que músculos importantes nas passadas, como os flexores do quadril e os extensores do joelho, ficam fortalecidos quando há a reposição. “A suplementação é indicada nessa faixa etária, até porque, depois dos 70 anos, a pele perde a capacidade de gerar o suficiente de vitamina D, mesmo se exposta ao sol”, justifica o endocrinologista Sergio Maeda, da Unifesp, outro que assina o documento da Sbem.

Os obesos também precisam se atentar às baixas do nutriente. É que os adipócitos, células onde a gordura se deposita, retiram a vitamina D da circulação. “Quanto maior o tecido adiposo, mais ela é sequestrada”, assegura a endocrinologista Victoria Borba, da Universidade Federal do Paraná. Não está provado, porém, se a falta da molécula estimula o ganho de peso. “Os estudos nesse sentido são preliminares e trazem resultados conflitantes”, diz.

Fato é que o coração se dá mal com essa carência. Um artigo da Clínica Mayo, nos Estados Unidos, atesta que o déficit predispõe doenças cardiovasculares. Contudo, a explicação de tal fenômeno permanece uma incógnita. Algumas teorias dão conta de que a vitamina D regularia a renina, uma enzima importante no ajuste da pressão arterial. Outras defendem que atuaria na proliferação de células cardíacas e vasos sanguíneos. “Em Pernambuco, vimos que indivíduos com a deficiência tinham infartos mais graves”, revela Bandeira. Além disso, o consenso brasileiro calcula que desfalques sérios elevam em 50% a probabilidade de morrer por acidente vascular cerebral (AVC) e ampliam de três a cinco vezes o risco de morte súbita.
A despeito de tantos perrengues, aparentemente a suplementação não tem efeito positivo em coração, veias e artérias. Pelo menos experts da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, não encontraram uma relação entre o consumo de pílulas ou gotinhas e o menor perigo de eventos cardíacos numa experiência com 5 mil voluntários. O conselho, nesse sentido, seria não deixar os níveis abaixo do estipulado por muito tempo.

Recentemente, a descoberta de receptores de vitamina D nas células beta do pâncreas, responsáveis por fabricar insulina, levou os cientistas a avaliarem um possível elo com o diabete. “O pâncreas só vai secretar esse hormônio da maneira correta se estiver com a concentração adequada do nutriente”, endossa o endocrinologista Anthony Norman, da americana Universidade da Califórnia, que detectou, na década de 1960, esses receptores no intestino e, posteriormente, em outros órgãos. “Em resumo, acreditamos que a deficiência contribuiria para o aumento da glicose no sangue”, teoriza.
 
O consenso da Sbem reúne outros trabalhos científicos, todos em fase preliminar, que apontam um risco duas vezes maior de desenvolver diabete tipo 1 entre crianças com déficit da vitamina — se suplementadas, a associação despencava 33%. Já em ratos adultos com taxas mínimas, a elevação da substância na circulação acarretou uma queda de 4% na probabilidade de o tipo 2 da doença aparecer. É esperar para ver se esses indícios se confirmam.

Na caça por mais evidências

Certos tumores começam a figurar na lista de males provocados pelo estoque baixo de vitamina D. “Em estudos populacionais, sua falta foi ligada ao câncer de intestino, embora os resultados tenham sido inconclusivos em relação aos de mama e próstata”, comenta Maeda. Em testes de laboratório, especialistas conseguiram inibir o crescimento de células tumorais com a administração da molécula. “Entretanto, os efeitos em seres humanos não foram comprovados e a suplementação não pode substituir abordagens terapêuticas convencionais”, pondera o médico.


As enfermidades infecciosas são outro nicho de achados promissores. “A vitamina D estimularia os macrófagos, um tipo de célula de defesa, a sintetizar proteínas que combatem as bactérias causadoras da tuberculose”, exemplifica o endocrinologista Francisco José Albuquerque, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. Por incentivar o sistema imunológico, ela também exerceria uma influência bastante positiva contra infecções vaginais, cutâneas, bucais...

Doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide, por sua vez, parecem se tornar ainda mais agressivas quando a vitamina D está no chão. Mas, ao abordar esse tipo de encrenca, não há ponto que suscite mais polêmica do que a suplementação da molécula contra a esclerose múltipla. De um lado, alguns poucos profissionais defendem piamente sua aplicação, em doses cavalares, nos pacientes. Do outro, a Academia Brasileira de Neurologia contraindica a prática, argumentando que não existem provas suficientes para oferecê-la como terapia única. “Esse tratamento é meramente experimental, sem quaisquer conclusões definitivas”, afirma Nascimento.

Aliás, a ausência de pesquisas contundentes em diversas áreas da saúde que envolvam a vitamina D é o ponto que mais preocupa as autoridades. “Nós temos exemplos de outras vitaminas e hormônios supervalorizados no passado. Depois, ficou provado que eles não eram tão espetaculares assim”, contrapõe Albuquerque. Para bater o martelo nos tópicos menos consolidados, diversos trabalhos vêm sendo conduzidos neste exato momento — espera-se que as primeiras conclusões sejam publicadas a partir de 2017. “O maior deles, o estudo Vital, da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, vai corroborar, ou não, o que se especula acerca da substância”, antecipa a endocrinologista Marta Sarquis, da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi-se o tempo em que a vitamina D estava na penumbra de elixires mágicos. Mas ainda falta muito para compreendermos todos os seus mistérios.

Fonte: Revista saúde

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Saiba por que você deve incluir a uva na dieta

Estudo recente diz que comer uvas alivia a artrose. Mas os motivos para consumir a fruta não param por aí.

As uvas de cor vermelha ou roxa oferecem mais antioxidantes exatamente pela sua pigmentação.

Estudiosos da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, notaram que a fruta ajuda a abrandar a dor e melhorar a flexibilidade das articulações dos joelhos. Segundo os especialistas, o efeito viria dos polifenois concentrados nas uvas. "É um indício importante de que alimentos aliviam o quadro, mas precisa ser mais investigado", pondera o médico Ricardo Fuller, da Sociedade Brasileira de Reumatologia. De qualquer forma, não custa experimentar. Frutas são sempre bem-vindas à rotina.
Outros benefícios
Além de estar cheia de carboidratos - que fornecem energia para o corpo -, a uva atua na prevenção de diversas doenças. Rica em antocianina (um potente antioxidante), ela ajuda a evitar a formação de coágulos nos vasos. Com isso, o risco de os males cardiovasculares aparecerem diminui bastante. Estudos apontam que a fruta ainda eleva o sistema imunológico, afasta o câncer e preserva a memória.


Variedades

Niágara
É a mais consumida entre os brasileiros. Sorte nossa porque também está entre as mais recomendadas devido ao seu alto teor de antioxidantes.

Itália
Seu forte são as doses generosas de vitaminas do complexo B, cálcio e potássio. Ela também é conhecida por suas propriedades antibacterianas e antivirais.

Rubi
De origem europeia, ela tem muita vitamina C e resveratrol, uma substância que atua na prevenção de diversas doenças - de infarto a câncer. É uma boa pedida pra quem quer reduzir os níveis de LDL, o mau colesterol.

 Fonte: Revista saúde

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Saiba como se formam as aftas e o que fazer para acabar com elas

Essa lesão bucal incomoda muita gente. Fique por dentro de como ela surge e conheça o jeito certo de combatê-la.

O que acontece na boca

1. Machucadinho de nada?
Embora a ciência não tenha uma explicação 100% definida para a origem da afta, já se sabe que ela começa com um machucado na camada superficial da mucosa da boca, o tecido epitelial. A agressão é fruto de déficit vitamínico, baixa na imunidade, excesso de acidez ou até traumas, caso de uma mordida.

2. Aí vem a inflamação
Com a ruptura do epitélio, um tecido mais profundo, o conjuntivo, fica à mostra. Aí, os linfócitos, células de defesa do organismo, passam a se aglomerar na tentativa de regenerar a área. Mas o excesso de soldados instaura, também, uma inflamação no local.

3. Eis a afta
Para piorar, a ferida costuma atrair bactérias que habitam a cavidade oral. Essa infecção agrava o estado inflamatório. Como o tecido conjuntivo é repleto de terminações nervosas, a confusão toda acaba gerando ardência, coceira e dor, além daquela cobertura úmida e esbranquiçada típica da afta.


As causas do problema

Comidas duras
Alimentos difíceis de morder, como o amendoim, podem lesionar a gengiva. Se a afta já apareceu, abusar deles piora o cenário.

Apimentados e afins
Condimentos irritam o epitélio. Já bebidas e alimentos ácidos mexem com o pH da boca e fragilizam a mucosa.

Boca nervosa
Mastigar lápis, canetas e outros objetos é uma mania que aumenta muito o risco de esse tecido sofrer um trauma.


Tratamento

Fármacos
Médicos podem prescrever lenços umedecidos ou pomadas com anestésicos e anti-inflamatórios. Em certos casos, até drogas orais entram na receita.

Alimentação
Ingira legumes e vegetais escuros, como a couve. Eles têm vitaminas do complexo B e ferro, que dão força à mucosa bucal. Melhor comê-los frios e pastosos.

Novas técnicas
Atualmente, em casos mais severos e agressivos, os dentistas aplicam lasers terapêuticos de baixa potência na lesão para que ela cicatrize depressa.

 
Fonte: Revista saúde

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Brócolis ajuda o organismo a eliminar poluentes

Substâncias presentes no vegetal auxiliariam o corpo a se livrar de compostos que propiciam o câncer e afetam o pulmão.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, recrutaram 291 indivíduos e pediram a uma parte para ingerir uma bebida à base do broto de brócolis, rico em glucorafanina e sulforafano. Eles notaram, então, que esses participantes mandaram para fora do corpo uma quantidade 61% maior de benzeno, um poluente carcinogênico, e 23% maior de acroleína, um irritante do pulmão. "Em teoria, o vegetal em si também proporcionaria o mesmo benefício", argumenta Thomas Kensler, um dos autores da investigação. O desafio é saber qual a quantidade adequada - por enquanto, o chute dele é 150 gramas. "Mas isso ainda é uma hipótese. Pode até ser menos", revela.


Mais parceiros à mesa

Elementos antioxidantes aplacam os danos gerados por radicais livres formados com a exposição aos poluentes. Conheça alguns deles.
Vitamina E
Está nos óleos vegetais, no ovo e na turma das oleaginosas, como amêndoas, nozes e amendoim.

Vitamina C
Ela dá as caras em um montão de alimentos, a exemplo de acerola, laranja, caju, pimentão e goiaba.

Selênio
O mineral é encontrado na carne vermelha, na castanha-do-pará, na granola e na farinha de trigo.


Fonte: Revista saúde

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Ebola: 7 perguntas e respostas essenciais sobre esse vírus que preocupa o mundo


Só em 2014 ele já matou milhares de pessoas na África e, por isso, tem atraído a atenção de autoridades em saúde de todo o planeta. Esclarecemos aqui as principais dúvidas sobre a doença.


1) O que é ebola?
Trata-se de um vírus do gênero Ebolavirus. Esse agente infeccioso foi descoberto em 1976, na República Democrática do Congo, próximo ao rio Ebola - daí o seu nome. Segundo o Centro para o Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, há cinco subespécies doEbolavirus identificadas até hoje - dessas, apenas uma se restringiu a animais primatas e não afetou seres humanos.
Desde a data de sua descoberta, já houve diversos surtos do ebola na África. Os principais foram em 1995, em 2000 e em 2007. No entanto, nunca o vírus havia se propagado para tantos países diferentes quanto na crise atual. Em 2014, os mais de 1800 casos da doença atingiram habitantes de Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria, todos no continente africano. "Os pacientes têm sido levados para tratamento em comunidades maiores, o que aumenta o risco de contágio", diz Eduardo Medeiros, professor de infectologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

2) Por que ele é tão perigoso?
O índice de letalidade do ebola pode chegar a 90%, o que significa que a probabilidade de uma pessoa morrer ao contrair o vírus é bastante alta. Isso ocorre porque, uma vez no corpo do indivíduo, o Ebolavirus costuma provocar sangramentos que podem levar à morte. "Ele atinge as células que revestem a parede interna dos vasos, interferindo na coagulação sanguínea e causando, assim, uma hemorragia", explica a infectologista Jois Ortega, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro.

3) Como ocorre a transmissão do vírus?
Ao contrário de outros agentes infecciosos que se propagam pelo ar, o ebola é transmitido por meio do contato direto com sangue, secreções ou outros fluidos corporais de pessoas ou animais infectados. De acordo com o CDC, o contágio também pode acontecer se o indivíduo for exposto a objetos contaminados, a exemplo de agulhas, máscaras, luvas e até roupas. A transmissão não ocorre no período de incubação do vírus (que pode variar de uma a três semanas), mas sim quando os sintomas aparecem.

4) Quais são os sintomas?
A pessoa infectada por esse vírus pode apresentar febre, dores musculares e na cabeça, diarreia, vômito, fraqueza e falta de apetite. Outros sinais da doença são tosse, dor no peito, dificuldade para respirar e sangramentos fora ou dentro do corpo. "Embora esses sintomas sejam comuns a outras doenças, como a febre amarela e a dengue hemorrágica, o que chama a atenção no ebola é a evolução muito rápida do quadro", conta Medeiros.

5) Existe um tratamento?
Ainda não há um tratamento específico contra o ebola. Sendo assim, o que se faz é garantir que o paciente esteja hidratado, respirando bem e com a pressão estável. "Ele deve ser isolado e receber acompanhamento médico em uma unidade de terapia intensiva", recomenda o infectologista da Unifesp.
No entanto, recentemente, um soro experimental trouxe esperança àqueles que buscam uma forma de combater a doença. Utilizado pela primeira vez em seres humanos, o composto desenvolvido pela empresa de biotecnologia americana Mapp Biopharmaceutical foi aplicado em dois americanos que contraíram o vírus na África - e a recuperação deles foi surpreendente. Contudo, ainda não dá para saber se essa é uma terapia realmente eficaz contra o ebola. "Até agora não temos uma publicação científica sobre ela", afirma a infectologista Sylvia Lemos Hinrichssen, coordenadora do Comitê de Medicina de Viagem da Sociedade Brasileira de Infectologia.
Outra boa notícia diz respeito ao desenvolvimento de uma vacina preventiva contra o Ebolavirus. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o medicamento poderá ser submetido a testes clínicos a partir de setembro deste ano e, se a sua eficácia for comprovada, deverá estar disponível até 2015.

6) Há risco de ele chegar ao Brasil?
Especialistas e autoridades em saúde brasileiros asseguram que a probabilidade de o ebola chegar aqui não é alta. "Além de não haver foco do vírus no Brasil, ele está circunscrito àquela região da África", analisa Jois. Em uma coletiva de imprensa realizada no dia 8 de agosto de 2014, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, também afirmou que o risco de a doença atingir o país é baixo e assegurou que o governo está seguindo as recomendações da OMS e reforçou ações de vigilância em portos e aeroportos.

7) O que eu posso fazer para me proteger do ebola?
Se você não costuma viajar aos países onde o surto da doença está ocorrendo ou não teve contato com alguém que possa estar infectado com o vírus, não precisa se preocupar com o ebola. Caso você tenha retornado de uma viagem à região endêmica e apresente algum dos sintomas, procure assistência médica.

Fonte: Revista saúde

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Infarto em mulheres: saiba como os sintomas são diferentes dos que os homens apresentam

Ele mata mais do que o câncer de mama e, no sexo feminino, suas manifestações nem sempre dão pistas de que o problema está no coração. Descubra quais são os sinais de um ataque cardíaco.

Sintomas clássicos: são os mesmos que aparecem nos homens
- Dor no peito em aperto, que pode irradiar para o braço esquerdo, o pescoço, a mandíbula, o estômago e até as costas
- Náusea
- Vômito
- Suor frio
- Desmaio

Sintomas atípicos: mais frequentes no sexo feminino
- Enjoos
- Falta de ar
- Cansaço inexplicável
- Desconforto no peito
- Arritmia


Como surgem os sintomas

Não existe uma regra para a forma como os sinais do infarto dão as caras. Eles podem tanto se manifestar todos juntos como surgir separadamente. Isso quer dizer que a dor no peito, por exemplo, pode tanto vir acompanhada de suor frio ou vômito como aparecer sozinha.

Quando me preocupar

O fato de você sentir uma dor no peito, um enjoo ou um cansaço não significa, é claro, que se trata de um piripaque no coração. De qualquer forma, é bom ficar atenta, principalmente se você se encaixa no grupo de risco para sofrer um ataque cardíaco. "Somente por meio de exames clínicos é possível saber se a pessoa está tendo um infarto. Por isso, o ideal é que, na dúvida, o paciente vá a um hospital", orienta o cardiologista Cesar Jardim, coordenador do Clinic Check-Up do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo.

Como sei se estou no grupo de risco?

Entre os fatores que aumentam a probabilidade de uma mulher sofrer um ataque cardíaco estão: hipertensão, diabetes, colesterol alto, sedentarismo, estresse, obesidade, histórico familiar e tabagismo. No caso desse último item, vale alertar para os casos em que o hábito de fumar é associado ao uso de pílulas anticoncepcionais. "Essa combinação é trombogênica, ou seja, propicia a formação de coágulos que podem entupir os vasos", explica Jardim.
Outro ponto de atenção deve ser a menopausa, período em que a mulher perde a proteção vascular proporcionada pelos hormônios femininos, como o estrógeno. "Ele facilita a circulação do sangue pelas artérias e protege o endotélio, tecido que reveste o interior dos vasos", esclarece o cardiologista Carlos Costa Magalhães, diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Uma vida saudável é a melhor prevenção

Além de tratar os fatores de risco - isto é, controlar a pressão, o diabetes e o colesterol, parar de fumar, perder peso... –, é fundamental adotar um estilo de vida saudável. Por isso, pratique atividade física regularmente, procure relaxar e adote uma alimentação balanceada – com muitas frutas, verduras e legumes e baixo consumo de itens ricos em sódio, nutriente que contribui para o aparecimento da hipertensão.

Fonte: Revista saúde